Ação educacional na rotina de cuidados aos pacientes oncológicos com cânula metálica de traqueostomia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10963Palavras-chave:
Câncer; Traqueostomia; Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Filmes e Vídeos Educativos.Resumo
Introdução: A traqueostomia é um procedimento cirúrgico realizado com freqüência em pacientes oncológicos, havendo necessidade de cuidados especiais por parte dos profissionais de saúde, familiares e cuidadores. Objetivo: Analisar a rotina de cuidados com a higienização da cânula metálica aos pacientes oncológicos traqueostomizados. Método: Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, o estudo foi de intervenção preventiva com abordagem qualitativa realizado com os profissionais de saúde do Hospital Ophir Loyola (HOL) – Belém-PA, no período de Abril a Setembro/ 2019, com a realização de um questionário de 9 questões abertas, repassado aos profissionais. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, e o software Iramuteq, realizou a codificação das falas. Resultados: A população foi composta de 25 participantes: 8 enfermeiros, 9 técnicos de enfermagem e 8 fisioterapeutas, sendo que 8 profissionais foram representados pelos residentes de enfermagem e fisioterapia; e 17 eram profissionais e 8 eram profissionais residentes. O Iramuteq gerou a nuvem de palavras em que palavras mais evocadas são visualizadas graficamente e a Classificação Hierárquica Descendente, que gerou um corpus com 76,44% de aproveitamento, e 6 classes de segmentos de textos diferentes entre si. Conclusão: Foi possível a análise rotineira de como os profissionais de saúde realizam os cuidados com a cânula metálica, um percentual significativo de profissionais demonstraram possuir um conhecimento incompatível com a literatura, um vídeo educacional foi criada para o profissional de saúde para facilitar na transmissão dos cuidados de higienização da traqueostomia em benéfico ao paciente.
Referências
Agra, G., Medeiros, M. V. S., Brito, D. T. F., Andrade, F. L. M.., Pimentel, E. R. S., & Costa, M. M. L. (Edição especial). (2017). Conhecimento e prática de enfermeiros no controle de feridas neoplásicas. Revista de Enfermagem Atual.. Recuperado de: https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/549/520. doi: https://doi.org/10.31011/reaid-2017-v.2017-n.0-art.549.
Almico, T. & Faro, A. (2014). Enfrentamento de cuidadores de crianças com câncer em processo de quimioterapia. Psicologia, saúde & doenças, 15(3), 723-737.
Araújo, A. M. B. de; Santos, E. C. B. dos & Pernambuco, L. (2017). Autoavaliação de aspectos respiratórios e vocais após uso do umidificador de traqueostomia em laringectomizados totais. Audiology-Communication Research, 22. Recuperado em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100702&lng=en&nrm=iso. doi https://doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1820.
Avelino, M.A.G., Maunsell, R., Valera, F.C.P., Lubianca, J.F., Neto, Schweiger, C., Miura, C.S., Chen, V.G., Manrique, D., Oliveira, R., Gavazzoni, S., Picinin, I.F.M., Bittencourt, P., Camargos, P., Peixoto, F., Brandão, M.B., Sih, T.M. & Anselmo-Lima, W.T. (2017). Primeiro Consenso Clínico e Recomendações Nacionais em Crianças Traqueostomizadas da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (ABOPe) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 83(5),498-506. Recuperado em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942017000500498&lng=en&nrm=iso. doi http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2017.06.002.
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. Lisboa – Portugal: Edições 70, p. 280.
Bedwell, J. R., Vinciya, P. Roberson, D.W., McGrath, B.A., Cameron, T.S. & Brenner, M.J. (2019). Multidisciplinary tracheostomy care: how collaboratives drive quality improvement. Otolaryngologic Clinics of North America, 52,(1), 135-147. Doi https://doi.org/10.1016/j.otc.2018.08.006.
Bodenham, A, Bell, D., Bonner, S., Branch, F., Dawson, D., Morgan, P., McGrath, B. & Mackenzie, S. (2014). Standards for the care of adult patients with a temporary tracheostomy; Standards and Guidelines. Intensive Care Society.
Castro, A. P. , Oikawa, S.E., Domingues, T.A.M., Hortense, F.T.P. & Domenico, E.B.L. (2014). Educação em saúde na atenção ao paciente traqueostomizado: percepção de profissionais de enfermagem e cuidadores. Revista Brasileira de Cancerologia,, 60(4) 305-313. Recuperado em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_60/v04/pdf/04-.
Cavalcanti, I. et al. (2011). Tópicos de anestesia e dor. Rio de Janeiro: Saerj, p. 445-474.
Conselho Federal de Enfermagem - COFEN . (2015). Pesquisa inédita traça perfil da enfermagem. Cofen. Recuperado em: http://www.cofen.gov.br/pesquisa-inedita-traca-perfil-da-enfermagem_31258.html.
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde – CONASEMS. (2020). Protagonismo feminino na saúde: mulheres são a maioria nos serviços e na gestão do SUS, Conasems. Recuperado em:
Costa, L. et al. (2016). Urgent tracheostomy: four-year experience in a tertiary hospital. World journal of emergency medicine,7(3), 227. Recuperado em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4988114/pdf/WJEM-7-227.pdf. Acesso em: 21 ago. 2020.
Costa, E. C. L. da et al. (2019). Cuidados para a prevenção de complicações em pacientes traqueostomizados. Rev. enferm. UFPE on line, pp. 169-178. doi https://doi.org/10.5205/1981-8963-v01i01a238545p169-178-2019.
Conselho Regional de Enfermagem do Piauí- COREN-PI. (2020). Profissionais de Enfermagem representam mais de 50% da força de trabalho na saúde. Coren-PI.. Recuperado em:
Cruz, F. O. de A. M. da et al. (2016). Validação de manual educativo para pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 24. Recuperado em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v24/pt_0104-1169-rlae-24-02706.pdf.
Da Silva Castro, M. C.; Da Silva Teixeira, L. (2019). Pacientes com traqueostomia: conhecimentos, atitudes e práticas das equipes do serviço de atenção domiciliar. Revista Sustinere, 7(2) 324-361.
Da Silva M. A. et al. (2016). Work ability of nurses in primary health care. International Archives of Medicine, 9.
Dal’astra, A. P. L. et al. (2017). Traqueostomia na infância: revisão da literatura sobre complicações e mortalidade nas últimas três décadas. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology,83(2) 207-214. Recuperado em: http:www.scielo.br=sci_arttex&pid=S180886942017000200207&ing=em&nrm=isso. doi https:doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.04.005.
Dawson, D. (2014). Essential principles: tracheostomy care in the adult patient. Nursing in critical care, 19(2) 63-72. doi 10.1111/nicc.12076.
Epstein, S K. (2005). Late complications of tracheostomy. Respiratory care, 50(4,) 542-549.
Fernandez-Bussy, S. et al. (2015). Tracheostomy tube placement. Journal of bronchology & interventional pulmonology, 22(4) 357-364. doi 10.1097/LBR.0000000000000177.
Freitas, A. A. de S.(2012). Os cuidados cotidianos aos homens adultos hospitalizados com traqueostomia por câncer na laringe (Dissertação de Mestrado em Enfermagem). Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Gaspar, M. do R. de F. et al. (2015). A equipe de enfermagem e a comunicação com o paciente traqueostomizado. Revista CEFAC, 17(3) 734-744. Recuperado em: https://www.scielo.br/pdf/rcefac/v17n3/1982-0216-rcefac-17-03-00734.pdf.
Genden, E. M. et al. (2010). Contemporary management of cancer of the oral cavity. European Archives of Oto-Rhino-Laryngology, 267(7) 1001-1017.
Gonçalves, G. C. (2012). Qualidade de vida da pessoa com traqueostomia na área do grande Porto (Tese de Doutorado). Recuperado em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/9367/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20definitiva.pdf.
Gupta, P.; Modrykamien, A. (2014). Fatal case of tension pneumothorax and subcutaneous emphysema after open surgical tracheostomy. Journal of Intensive Care Medicine, 29(5) 298-301. Doi 10.1177/0885066613486739.
Hernandes, N. A. (2019). Recomendação Brasileira de Fisioterapia na Fibrose Cística: um guia das boas práticas clínicas. ASSOBRAFIR Ciência, 10(1). Recuperado em: www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis/article/download/36.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA. (2019). Estimativa 2020 – Incidência de Câncer no Brasil, INCA, Rio de Janeiro.. Recuperado em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva- INCA. (2017). Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil, INCA, Rio de Janeiro.
Lages, A. C. R. et al. (2017). Protocolo de cuidados e procedimentos desde a realização da traqueostomia até a decanulação de pacientes traqueostomizados. Revista de Trabalhos Acadêmicos–Universo Belo Horizonte, 1(2). Recuperado em: http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=3universobelohorizonte3&page=article&op=view&path%5B%5D=3914.
Lee, S. T. et al. (2016). Analysis of morbidity, mortality, and risk factors of tracheostomy-related complications in patients with oral and maxillofacial cancer. Maxillofacial plastic and reconstructive surgery, 38(1) 32, 2016. doi10.1186/s40902-016-0078-9.
Lenza, N. de F. B. et al. (2013). Fístula faringocutânea em paciente oncológico: implicações para a Enfermagem. Revista Brasileira de Cancerologia, 59(1) 87-94.
Leudke, M., Andre, M. E. D. A.(2013). Pesquisa em educação: uma abordagem qualitativa 2.ed. São Paulo: EPU.
Mackean, G. L.; Thurston, W. E. & Scott, C. M. (2005). Bridging the divide between families and health professionals’ perspectives on family‐centred care. Health expectations, 8(1) 74-85
Mendonça, et.al. (2017).Vivência do cuidador familiar de homem com traqueostomia por câncer. Revista Estima, 15(4)207-213.
Mitchell, R. B. et al. (2013). Clinical consensus statement: tracheostomy care. Otolaryngology--Head and Neck Surgery, 148(1) 6-20.
National Cancer Institute –NIH. (2017). Types cancer: Head and Neck Cancers, NIH. Recuperado em: https://www.cancer.gov/types/head-and-neck/head-neck-fact-sheet.
National Cancer Institute -NIH. (2018). Types cancer: Head and Neck Cancers, NIH. Recuperado em:https://www.cancer.gov/types/head-and-neck/head-neck-fact-sheet#what-are-the-symptoms-of-head-and-neck-cancers.
Nogueira, S. J. R.; Pereira, VNC & Trevisam, J. (2010). O Uso da Traqueostomia em Pacientes na Unidade de Terapia Intensiva.. Recuperado em: http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/
artigos/4d6269af44729ab35ac6ac4224a7524a.pdf.
Nunes, K. et al. (2016). Assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência respiratória aguda (IRA). Recuperado em: ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA.pdf (faccat.br).
Oliveira, A. P. V. et al. (2016). Protocolo assistencial de enfermagem a portadores de traqueostomia em ventilação mecânica. HU Revista, 42(1). Recuperado em:
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2353/853.
Pires, E.& Sugeno, L.A. (2014). Uso do teste de corante azul na avaliação da deglutição. In: _. Disfagias em Unidades de Terapia Intensiva. São Paulo: Roca, p.133-138.
Puig, P. V. et al. (2016). Historia de la traqueostomía. Contenido Contents, 61(2) 163, 2016. Recuperado em: http://www.medigraphic.com/pdfs/anaotomex/aom-2016/aom162k.pdf.
Ricz, H. M. A. et al. (2011). Traqueostomia. Medicina (Ribeirão Preto. Online), 44(1),63-69. Recuperado em: http://revista.fmrp.usp.br/2011/vol44n1/Simp7_Traqueostomia.pdf.
Rubin, H. J., Rubin, I. S. (2011). Qualitative interviewing: The art of hearing data. Sage.
Rugeri, Aline et al. (2015). Capacidade de avaliação do técnico de enfermagem frente às complicações respiratórias. Revista de Enfermagem, 11(11) 11-25. Recuperado em: http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeenfermagem/article/view/1623.
Sagiv, D. et al. (2018). Awake tracheostomy: indications, complications and outcome. World journal of surgery, 42(9) 2792-2799. doi https://doi.org/10.1007/s00268-018-4578-x
Schreiber, M. L. Tracheostomy: site care, suctioning, and readiness. Medsurg Nursing, 24(2) 121-125, 2015.
Shettar, S. C. et al. (2015). Metallic Tracheostomy Tube Fracture-Case Report with Review of Literature. International Journal of Clinical Case Reports, 5(8). doi 10.5376/ijccr.2015.05.0008.
Sherman, J. M. et al.(2000). Care of the child with a chronic tracheostomy. This official statement of the American Thoracic Society was adopted by the ATS Board of Directors, July 1999. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, 161(1) 297. Recuperado em: https://pdfs.semanticscholar.org/f0ee/d7bb197026f4208b13611f38a31f4a7aeecd.pdf.
Silva, L. S. & Natal, S.(2019). Residência multiprofissional em saúde: análise da implantação de dois programas pela universidade federal de santa catarina, brasil. Trabalho, Educação e Saúde, 17(3). Recuperado em: https://www.scielo.br/pdf/tes/v17n3/1678-1007-tes-17-03-e0022050.pdf.
Souza, P. C. et al.(2018). Findings of postoperative clinical assessment of swallowing in infants with congenital heart 79 efect. CoDAS, São Paulo, 30(1). In: Dias, S. F. C. Situação-problema de cliente hospitalizado com disfagia orofaríngea: protocolo de cuidado em fonoaudiologia e enfermagem. 2018 (Dissertação de mestrado).
Núcleo de Telessaúde Santa Catarina - TELESSAÚDE SC. (2015). Qual a periodicidade para aspiração de traqueostomia em indivíduo que está em cuidados domiciliares?. Recuperado em:https://aps.bvs.br/aps/qual-a-periodicidade-para-aspiracao-de-traqueostomia-em-individuo-que-esta-em-cuidados-domiciliares/.
Urrestarazu P, Varón J, Rodríguez A, Ton V, Vila F, Cipriani S, et al. (2016). Consenso sobre el cuidado del niño con traqueostomía. Archivos argentinos de pediatria, 114(1) 89-95.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Angélica Menezes Bessa Oliveira; Luiz Euclides Coelho de Souza; Flávia Luciana Pinheiro de Souza Pinto Martins ; Rangel Pereira Brasil; Ana Beatriz Nunes Pereira; Maria Margarida Costa Carvalho; Valéria Marques Ferreira Normando
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.