Uso de agentes eletrofísicos por fisioterapeutas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10965Palavras-chave:
Modalidades de Fisioterapia; Terapia por Estimulação Elétrica; Hipertermia Induzida; Fototerapia.Resumo
Objetivo: avaliar fatores relacionados ao uso de Agentes Eletrofísicos (AE) por fisioterapeutas brasileiros. Metodologia: tratou-se de um estudo transversal e quantitativo, cujos dados foram coletados através de um questionário online semiestruturado, contendo informações gerais, demográficas e profissionais dos participantes, assim como questões relacionadas ao uso de AE na prática clínica fisioterapêutica e fatores relacionados ao não uso desses recursos. Resultados: a amostra foi composta por 407 fisioterapeutas com idade variando entre 20 e 67 anos (31,12 ± 7,72 anos). A maioria dos participantes concluíram a graduação em instituições da região Nordeste e apresentaram alguma dificuldade ao utilizar AE durante a formação. A especialização em traumato-ortopedia, atuação profissional em serviços públicos e uso da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) na prática clínica foram os mais descritos. Além disso, intercorrências com o uso de AE foram pouco relatadas pelos entrevistados e a maioria destes nunca realizaram cursos de atualização sobre o tema após a graduação. Conclusão: os resultados do presente estudo demonstraram que a disponibilidade e uso de AE por fisioterapeutas brasileiros ainda não é bem estabelecido, estando condicionado a fatores como área de atuação, local de trabalho e atualizações após a graduação.
Referências
Abe, Y., Goh, A. C., & Miyoshi, K. (2016). Availability, usage, and factors affecting usage of electrophysical agents by physical therapists: a regional cross-sectional survey. J Phys Ther Sci, 28(11), 3088-3094. doi:10.1589/jpts.28.3088
Badaró, A. F. V., & Guilhem, D. J. F. e. M. (2011). Perfil sociodemográfico e profissional de fisioterapeutas e origem das suas concepções sobre ética. 24(3), 445-454.
Bastos, J. L. D., & Duquia, R. P. J. S. M. (2007). Um dos delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo transversal. 17(4), 229-232.
Chipchase, L. (2012). Is there a future for electrophysical agents in musculoskeletal physiotherapy? Manual Therapy, 17(4), 265-266. doi:10.1016/j.math.2012.04.001
Chipchase, L. S., Williams, M. T., & Robertson, V. J. (2009a). A national study of the availability and use of electrophysical agents by Australian physiotherapists. Physiotherapy: Theory and Practice, 25(4), 279-296. doi:10.1080/09593980902782611
Chipchase, L. S., Williams, M. T., & Robertson, V. J. (2009b). A national study of the availability and use of electrophysical agents by Australian physiotherapists. Physiother Theory Pract, 25(4), 279-296. doi:10.1080/09593980902782611
da Silva Neto, F. S., Jericó, A. L. P. J. R., Society, & Development. (2020). Intervenções fisioterapêuticas no tratamento da dispareunia feminina: um estudo exploratório. 9(9), e209996570-e209996570.
de Lara, L. V., Salgueiro, A. C. F., Carvalho, M. T. X. J. R., Society, & Development. (2020). Estimulação elétrica funcional na reabilitação do membro superior de pacientes pós-Acidente Vascular Encefálico: revisão sistemática. 9(7), e168973856-e168973856.
Goulart, A. C., Bustos, I. R., Abe, I. M., Pereira, A. C., Fedeli, L. M., Bensenor, I. M., & Lotufo, P. A. (2010). A stepwise approach to stroke surveillance in Brazil: the EMMA (Estudo de Mortalidade e Morbidade do Acidente Vascular Cerebral) study. International Journal of Stroke: SAGE Journals, 5(4), 284-289. doi:10.1111/j.1747-4949.2010.00441.x
Goulart, C. P., Otto, G., Lima, N., Neves, M., Guimarães, A. T. B., & Bertolini, G. R. F. J. F. e. P. (2018). Adverse effects of electrothermal phototherapy in clinics in the city of Cascavel-PR. Fisioterapia e Pesquisa, 25(4), 382-387.
Laakso, E. L., Robertson, V. J., & Chipchase, L. S. (2002). The place of electrophysical agents in Australian and New Zealand entry-level curricula: is there evidence for their inclusion? Aust J Physiother, 48(4), 251-254. doi:10.1016/s0004-9514(14)60164-1
Lindsay, D. M., Dearness, J., & McGinley, C. C. (1995). Electrotherapy usage trends in private physiotherapy practice in Alberta. Physiotherapy Canada, 47(1), 30-34.
Matsumura, E. S. d. S., Sousa Júnior, A. S., Guedes, J. A., Teixeira, R. C., Kietzer, K. S., & Castro, L. S. d. F. J. F. e. P. (2018). Distribuição territorial dos profissionais fisioterapeutas no Brasil. Fisioterapia e Pesquisa, 25(3), 309-314.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica.
Rennie, S. (2003). Editorial explains why electrophysical agents are still important in physiotherapy education. (Comment on Laakso EL et al, Australian Journal of Physiotherapy 48: 251-254). Aust J Physiother, 49(1), 65. doi:10.1016/s0004-9514(14)60192-6
Ricci, N. A., Dias, C. N., & Driusso, P. J. B. J. o. P. T. (2010). The use of electrothermal and phototherapeutic methods for the treatment of fibromyalgia syndrome: a systematic review. Brazilian Journal of Physical Therapy, 14(1), 1-9.
Silva, F. P. d., Severo-Silveira, L., Plentz, R. D. M., Durigan, J. L. Q., & Baroni, B. M. J. F. e. P. (2020). Electrophysical agents in clinical practice of orthopedic and sports physical therapists in Brazil. 27(2), 202-209.
Springer, S., Laufer, Y., & Elboim-Gabyzon, M. (2015). Clinical decision making for using electro-physical agents by physiotherapists, an Israeli survey. Isr J Health Policy Res, 4, 14. doi:10.1186/s13584-015-0015-x
Tiktinsky, R., Chen, L., & Narayan, P. (2010). Electrotherapy: yesterday, today and tomorrow. Haemophilia, 16 Suppl 5, 126-131. doi:10.1111/j.1365-2516.2010.02310.x
Watson, T. (2000). The role of electrotherapy in contemporary physiotherapy practice. Manual Therapy, Posturology & Rehabilitation Journal, 5(3), 132-141. doi:10.1054/math.2000.0363
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Lucas Sinesio Santos; Emmily Santos Ribeiro; Vanessa Ariane Neves; Maria Heloyse Martins de Lima Silva; Caroline Freire Silva; Gabriela Lopes Gama

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.