Relação Médico Paciente: os desafios na inclusão de pessoas transgêneros e transexuais no SUS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10973Palavras-chave:
Pessoas transgêneros; Acesso Universal aos serviços de saúde; Sexismo; Minorias sexuais e de gênero; Atenção primária à saúde.Resumo
Objetivo: Suscitar reflexão e compreender as dificuldades enfrentadas por pessoas transgêneros e transexuais, população marginalizada e estigmatizada que sofre desde sua infância com a violência simbólica e física acarretando uma vulnerabilidade social e psicológica no sistema único de saúde (SUS). Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que visa a interpretação, reflexão e análise do assunto, de natureza qualitativa, foi realizada uma busca online nas bases de dados SCIELO, PUBMED E LILACS que se restringiam no ano de 2009 a 2020 encontrando 16 artigos depois dos critérios de inclusão e exclusão. Revisão bibliográfica: Após pesquisar os artigos, foi percebido que grande parte dos artigos que correlacionavam transexualidade e atenção médica falam de patologias relacionadas à caracterização social e ao estigma de prostituição e de infecções sexualmente transmissíveis que essa minoria sexual e de gênero carrega. Além disso, observou-se dificuldade no tratamento de maneira adequada para deixar o paciente confortável, e, com isso construir para uma boa relação médico-paciente, o que influencia para que haja hiatos no atendimento e consequentemente uma anamnese deficitária, pois se deve levar em conta o quadro psicológico, social e ambiental para uma boa consulta. Considerações finais: O combate ao preconceito para que haja melhora na relação médico-paciente e um sistema mais hábil para receber transexuais evitando a evasão dessa população, que carece de atenção e acompanhamento médico, é urgente.
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