Percepção dos alunos da disciplina Ludicoterapia sobre o cuidado lúdico: uma pesquisa-ação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11038Palavras-chave:
Ludoterapia; Humanização da Assistência; Ensino; Educação em enfermagem.Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a percepção sobre o cuidado lúdico dos graduandos em Enfermagem matriculados na disciplina optativa Ludicoterapia. Estudo de abordagem qualitativa do tipo pesquisa ação, realizado com alunos da disciplina optativa Ludicoterapia, graduandos em Enfermagem de uma Universidade pública do Sul do país. Participaram desse estudo, 25 alunos (11 calouros e 14 veteranos). A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado para diagnóstico situacional e grupo focal após a conclusão da disciplina. Os dados foram submetidos à análise temática do conteúdo de Bardin (pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Emergiram duas categorias resultantes da aplicação do grupo focal: “O enfermeiro é ativo na promoção do cuidado lúdico”, com duas subcategorias: o enfermeiro se coloca no lugar do paciente, e o enfermeiro é ético e verdadeiro; a segunda categoria foi “O paciente é passivo no cuidado lúdico”, e a subcategoria: o paciente cria/vive e recria fantasias por meio do lúdico. Os participantes narraram que o enfermeiro deve ser propositivo para o cuidado lúdico, conhecer o contexto do paciente que está cuidando, e reconhecer os preceitos como ética, respeito, sigilo, empatia e que o cuidado lúdico se configura como um elo entre o enfermeiro e o paciente. Os participantes narraram que a ludicoterapia inclui o toque, o carinho, afeto, ouvir, ter empatia, ser educado, ético e verdadeiro, e entenderam que este cuidado alivia tensões e o sofrimento do paciente.
Referências
Bardin L. (1977) L’Analyse de contenu. Editora: Presses Universitaires de France.
Braga, G. C., Jantara, R. D., de Jesus Ferreira, M., Costa, M. S. D. O. D., & de Oliveira, A. M. N. (2020). Enfermagem e o trabalho com grupos infantis: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(7), e727974531-e727974531.
Campos, L. R. S. A, Carvalho, L. B. de O. (2020). Estratégias de ensino da humanização nos estágios curriculares nas graduações em enfermagem. Brazilian Journal of Development, 6(10), 77044-77053.
Castanha, M. D. L., Lacerda, M. R., & Zagonel, I. P. S. (2005). Hospital: lugar para o enfermeiro cuidar do imaginário?. Acta Paulista de Enfermagem, 18(1), 94-99.
da Silva, C., Schmidt, F. M., Grigol, A. M., & Schultz, L. F. (2020). O enfermeiro e a criança: a prática do brincar e do brinquedo terapêutico durante a hospitalização. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 41(1), 95-106.
de Araújo, E. R., & Reis, S. C. (2017). O lúdico como instrumento de humanização em pacientes infantis com leucemia hospitalizados. Revista Saber Científico, 6(2), 125-135.
Ito, E. E., Peres, A. M., Takahashi, R. T., & Leite, M. M. J. (2006). O ensino de enfermagem e as diretrizes curriculares nacionais: utopia x realidade. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 40(4), 570-575.
Minayo, M.C.S. (2010). O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec.
Oliveira, G. P., Durães, B. A., & dos Santos Maia, L. F. (2020). A atuação do enfermeiro junto ao trabalho do psicopedagogo no atendimento da criança hospitalizada. Revista Atenas Higeia, 2(2), 33-38.
Pacheco, L. D. S. P., dos Santos, G. S., Machado, R., da Silva Granadeiro, D., de Melo, N. G. S., & Passos, J. P. (2020). O processo de comunicação eficaz do enfermeiro com o paciente em cuidados paliativos. Research, Society and Development, 9(8), e747986524-e747986524.
Resolução cofen nº 546/2017. Revoga a Resolução Cofen n° 295/2004. Recuperado de: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05462017_52036.html
Resolução cofen nº 564/2017. Aprova o novo código de ética dos profissionais de enfermagem. Recuperado de: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html
Resolução nº 573, de 31 de janeiro de 2018. Aprova o Parecer Técnico nº 28/2018 contendo recomendações do Conselho Nacional de Saúde (CNS) à proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de graduação Bacharelado em Enfermagem. Recuperado de: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso573.pdf
Savieto, R. M., & Leão, E. R. (2016). Assistência em Enfermagem e Jean Watson: Uma reflexão sobre a empatia. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 20(1), 198-202.
Segal, H. (1982). Notas a Respeito da Formação de Símbolos. A Obra de Hanna Segal: Uma Abordagem Kleiniana à Prática Clínica.Rio de janeiro: Imago, 1982
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Natacha Bolorino; Jéssica Ribeiro Reghin; Kelly Holanda Prezotto; Carina Bortolato-Major
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
