Recobrimento comestível em jacas minimamente processadas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11044Palavras-chave:
Artocarpus heterophyllus; amido de batata doce branca; Amido de batata doce roxa; Amido de fruta-pão; Quitosana.Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de jaca dura minimamente processada submetida a diferentes recobrimentos comestíveis, a base de amido de batata doce branca, de batata doce roxa, de fruta-pão e quitosana. Foram desenvolvidos oito tratamentos, T1: sem recobrimento; T2: Quitosana 1% + Glicerol 2%; T3: Batata doce branca 1% + Glicerol 2%; T4: Batata doce roxa 1 % + Glicerol 2%; T5: Quitosana 1% + Batata doce branca 1% + Glicerol 2%; T6: Quitosana 1% + Batata doce roxa 1% + Glicerol 2%; T7: Fruta-pão 1% + Glicerol 2%; T8: Quitosana 1% + Fruta-pão 1% + Glicerol 2%, sendo estes aplicados as bagas das jacas que em seguida foram armazenadas durante 12 dias a 3°C acondicionadas em bandejas de poliestireno expandido e recobertas com filme de cloreto de polivinila (PVC). As bagas sem recobrimento e as submetidas aos demais tratamentos, apresentaram teores elevados de Polifenóis Extraíveis Totais no 12º dia de armazenamento. As bagas tratadas com Quitosana 1% + Glicerol 2% (T2) obtiveram a melhor manutenção da aparência, com características de frescor, superfície brilhosa e ausência de manchas. O uso do recobrimento comestível com base de Quitosana 2% + Amido de Fruta Pão 1% + Glicerol 2% (T8) proporcionou melhor qualidade físico-química, com a menor perda de massa, melhor correlação entre perda de massa e aparência, e melhor constância dos sólidos solúveis, acidez, pH e SS/AT, mantendo-as de forma satisfatória para a comercialização, sem prejuízos as características físico-químicas de qualidade por um período de 10 dias.
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