Influência do uso de chip de carvalho francês na composição físico-química e colorimétrica de vinho tinto da cultivar Syrah

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11111

Palavras-chave:

Quercus petraea; Polifenóis; Submédio do Vale do São Francisco; Vinho tropical.

Resumo

A região do Submédio do Vale do São Francisco (SVSF) é a segunda maior região produtora de vinhos elaborados com as cultivares Vitis vinífera L. do país, na qual a variedade Syrah destaca-se como a mais utilizada na região para a elaboração de vinhos tintos. Os vinhos elaborados com essa cultivar dispõem de alta capacidade de amadurecimento, para isso, avaliou-se o efeito da utilização de chips de carvalho francês de média tostagem na composição físico-química e colorimétrica de vinho tinto ‘Syrah’ elaborado no SVSF. Foram testados dois tratamentos, um controle (sem utilização de chip) e o outro utilizando chip de carvalho francês de média tostagem (6 g L-1). Os parâmetros avaliados foram: pH, acidez total e volátil, açúcares redutores, densidade, dióxido de enxofre livre e total, teor alcoólico, extrato seco, índice de polifenóis totais (IPT), intensidade de cor, tonalidade, e análise colorimétrica pelo sistema CIELabe CIEL*C*h. Os resultados mostraram que a utilização de chip de carvalho francês pode contribuir para maiores estabilidades microbiológica e da cor dos vinhos em razão do menor valor de pH encontrado. Evidenciou-se que a utilização de chip influenciou significativamente nos parâmetros inerentes à cor, obtendo-se maior índice de polifenóis totais no vinho com emprego do chip de carvalho francês.

Referências

Alencar, N. M. M. (2018). Vinho Syrah do Vale do São Francisco: Caracterização físico-química, perfil sensorial e estudo de consumidor. Tese (Doutorado em Alimentos e Nutrição) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas- São Paulo.

Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. M., & Sparovek, G. (2014). Koppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711–728.

Association of official analytical chemists (2005). Gaithersburg, USA: AOAC International The Scientific Association.

Brasil, Ministério da Agricultura e do Abastecimento. (2019). Complementação dos padrões de identidade e qualidade do vinho e dos derivados da uva e do vinho.

Cejudo-Bastante, M. J., Hermosín-Gutiérrez, I., & Pérez-Coello, M. S. (2011). Micro-oxygenation and oak chip treatments of red wines: Effects on colour-related phenolics, volatile composition and sensory characteristics. Part I: Petit Verdot wines. Food Chemistry, 124(3), 727–737.

Chira, K., & Teissedre, P. (2013). Extraction of oak volatiles and ellagitannins compounds and sensory profile of wine aged with French winewoods subjected to different toasting methods: Behaviour during storage. Food Chemistry, 140(1-2),168-177.

Delanoe, D., Maillard, C., & Maisondieu, D. (2003). O vinho da análise à elaboração. Coleção EUROAGRO. Publicações Europa-América.

Durner, D. (2016). Improvement and Stabilization of Red Wine Color. In: Handbook on Natural Pigments in Food and Beverages: Insdustrial Applications for Improving Food Color. [s.1] Elsevier Ltd, 240-264.

Eiriz, N., Oliveira, J. F. S., & Clímaco M. C. (2007). Fragmentos de Madeira de Carvalho no Estágio de Vinhos Tintos. Ciência e Técnica Vitivinícola, 22(2), 63-71.

Gabur, D., Peinado, R. A., Cotea, V. V., & López de Lerma, N. (2019). Volatilome fingerprint of red wines aged with chips or staves: Influence of the aging time and toasting degree. Food Chemistry, 310, 125801.

Gallego, M. A. G., Sánchez-Palomo E., Hermosín-Gutiérrez, I., & M. A. Gonzále z Viñas (2015). Effect of oak chip addition at different winemaking stages on phenolic composition of Moravia Agria red wines. South African Journal for Enology and Viticulture, 36(1), 21-31.

Harbertson, J, & Spayd, S. (2006). Measuring phenolics in the winery. American Journal Enological and Viticultural, 57, 280-288.

International Organization of vine and wine (OIV). (2005). OENO 03/2005. Recuperado de: http://www.oiv.int/public/medias/775/oeno-3-2005-en.pdf.

Jackson, R. S. (2014). Vineyard Practice. In: Wine Science. Elsevier, 143-306.

Kanakaki, E., Siderakou, D., Kallithraka, S., Kotseridis, Y., & Makris, D. P. (2015). Effect of the degree of toasting on the extraction pattern and profile of antioxidant polyphenols leached from oak chips in model wine systems. Eur Food Res Technol 240(5), 1065–74.

Le Grottaglie L, Garc´ıa-Estevez I, Romano R, Manzo N, Rivas-Gonzalo J, Alcalde-Eon C, & Escribano-Bailon M. (2015). Effect of size and toasting degree of oak chips used for winemaking ´ on the ellagitannin content and on the acutissimin formation. LWT - Food Sci Technol 60(2), 934–40.

Liu, S., Wang, S., Yuan, G., Ouyang, X., Liu, Y., Zhu, B., & Zhang, B. (2016). Effect of Oak Chips on Evolution of Phenolic Compounds and Color Attributes of Bog Bilberry Syrup Wine During Bottle-Aging. Journal of Food Science, 81(11), 2697-2707.

Martínez-Gil, A. M., del Alamo-Sanza, M., Nevares, I., Sánchez-Gómez, R., & Gallego, L. (2020). Effect of size, seasoning and toasting level of Quercus pyrenaica Willd. wood on wine phenolic composition during maturation process with micro-oxygenation. Food Research International, 128, 108703.

Oliveira, W. P. de, Biasoto, A. C. T., Marques, V. F., Santos, I. M. dos, Magalhães, K., Correa, L. C., & Shahidi, F. (2017). Phenolics from Winemaking By-Products Better Decrease VLDL-Cholesterol and Triacylglycerol Levels than Those of Red Wine in Wistar Rats. Journal Od Food Science, 82(10), 2432-2437.

Ough, C. S., & Amerine, M. A. (1986). Methods for analysis of musts and wines. (2a ed.), Davis: John Wiley & Sons.

Padilha, C. V. S., Biasoto, A. C. T., Correa, L. C., Lima, M. dos S., & Pereira, G. E. (2017). Phenolic compounds profile and antioxidant activity of commercial tropical red wines (Vitis vinifera L.) from São Francisco Valley, Brazil. Journal of Food Biochemistry, 41(3), 1-9.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e - book]. Santa Maria. Ed. AB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/

Lic_Computacao_Metodologia–Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Pereira, G. E. (2013). Os vinhos tropicais em desenvolvimento no Nordeste do Brasil. Com Ciência. Campinas, 149,1-3.

Pereira, G. E., & Biasoto, A. C. T. (2015). Vinhos tropicais brasileiros em busca de certificação. Cadernos do Semiárido: Riquezas e Oportunidades, 1(1), 14-15.

Ribéreau-Gayon, P., & Glories, Y. (2006). Handbook of Enology: Volume 2. The Chemistry of Wine Stabilization and Treatments. (2a ed.), John Wiley & Sons Ltd.

Sapatinha, M. M. G. (2015). Conteúdo em Polifenóis totais do vinho em contato com aparas de madeira e subsequentes características colorimétricas, Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Química Bioorgânica.

Souza, R. C. A., & Cordeiro, T. S. T. (2014). Turismo: reflexões sobre a dimensão territorial. Salvador: Editora Unifacs, 194.

VINHOVASF. (2020). Notas técnicas. Instituto do Vinho do Vale do São Francisco. Recuperado de: https://www.vinhovasf.com.br/site/arquivos/NotasTecnicas.pdf.

Downloads

Publicado

27/12/2020

Como Citar

SILVA, I. S. .; SANTOS, R. G. de B. .; NOGUEIRA, E. T.; BARROS, A. P. A. .; BIASOTO, A. C. T. . Influência do uso de chip de carvalho francês na composição físico-química e colorimétrica de vinho tinto da cultivar Syrah. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p. e37491211111, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i12.11111. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11111. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas