Educação Física: “um bicho mais estranho que o ornitorrinco”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11224Palavras-chave:
Educação Física brasileira; Pluralidade; Identidade epistemológica.Resumo
O presente ensaio, com caráter reflexivo, se constitui a partir do objetivo de elucubrar sobre o campo da Educação Física (EF) brasileira através de uma analogia com o ornitorrinco. A justificativa para tal intuito é que existem “similitudes metafóricas” entre o ornitorrinco e a EF. Com a intenção de desenvolver esta metáfora, no primeiro tópico, apresentamos algumas “aproximações” entre o ornitorrinco e a EF. Já no segundo tópico, procuramos discutir e luzir algumas possibilidades para se pensar a EF, especialmente, no que concerne à pluralidade epistemológica do campo, como sendo uma possível alternativa de unidade (relativa) em meio as distintas Educações Físicas. Apostamos na disposição dialógica para a pluralidade do campo da EF brasileira, buscando reconhecimento pelas singularidades que o constituem (para desespero dos catalogadores de plantão).
Referências
Almeida, F. Q., Vaz, A. F. (2010). Do giro linguístico ao giro ontológico na atividade epistemológica em Educação Física. Movimento, 16(3), 11- 28.
Almeida, F. Q., Bracht, V., Vaz, A. F. (2012). Classificações epistemológicas na Educação Física: redescrições.... Movimento, 18(4), 241-263.
Arendt, H. A condição humana. (2010). Rio de janeiro: Forense-Universitária.
Betti, M. Educação física e sociedade. (1991). São Paulo: Editora Movimento.
Bracht, V. (2003). Educação física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. (2a ed.), Ed. Unijuí.
Bungenstab, G. C. (2020). Epistemologia da Educação Física brasileira: (re) descrições da atividade epistemológica no século XXI. Movimento, 26, 1-14.
Castellani Filho, L. (1988). Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Papirus Editora.
Daolio, J. (1996). Educação física escolar: em busca da pluralidade. Revista Paulista de Educação Física, (2), 40-42.
Fensterseifer, P. E. (2010). Educação Física: atividade epistemológica e objetivismo. Filosofia e Educação, 2(2), 99-110.
Feyerabend, P. K. (1977). Contra o Método. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Ghiraldelli Júnior, P. (1991). Educação Física Progressista. São Paulo: Edições Loyola.
Leonel, Z. (1994). Contribuição à história da escola pública: elementos para a crítica da teoria liberal da educação. Tese (Doutorado em Educação), Unicamp, Campinas. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/253849, acessado em: 18/09/2020.
Lima, H. L. A. de. (1999). Pensamento Epistemológico da Educação Física Brasileira: das controvérsias acerca do estatuto científico. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Lima, H. L. A. de. (2000). Pensamento epistemológico da educação física brasileira: das controvérsias acerca do estatuto científico. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 21(2), 95-112.
Medina, J. P. S. (1990). A Educação Física cuida do corpo e ... "mente". (9a ed.), Paplrus.
Oliveira, F. (2003). Crítica da razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo.
Romero, A. Jr. (1976). El ornitorrinco, ese absurdo mamífero ponedor huevos. CUNY Academic Works.
Souza, J. de. (2019a). Digressões acerca da ciência aplicada do movimento humano (ou sobre como podem prosperar revoluções simbólicas na área de Educação Física?). Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 27(4), 43-63.
Souza, J. (2019b). Educação física reflexiva – problemas, hipóteses e programa de pesquisa. Movimento, 25, 1-15.
Tani, G. (1996). Cinesiologia, educação física e esporte: ordem emanente do caos na estrutura acadêmica. Motus corporis, 3(2), 9-50.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Silas Alberto Garcia; Paulo Evaldo Fensterseifer; Ricardo Rezer
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.