Análise do impacto da adequação nos processos operacionais de tecnologia da informação às exigências da lei Sarbanes-Oxley em empresa do ramo financeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11374

Palavras-chave:

Lei Sarbanes-Oxley; SOX; Governança corporativa; Governança de tecnologia da informação; Ramo financeiro.

Resumo

Na década de noventa algumas empresas norte-americanas de capital aberto, fraudaram seus resultados financeiros, gerando imagem de estabilidade irreal. Essa situação abalou o grau de confiança dos investidores, criando a Lei Sarbanes-Oxley (SOX), que obrigou as empresas a adequarem seus processos, inclusive os de Tecnologia da Informação (TI) às regras dessa lei. O objetivo deste trabalho foi analisar o impacto causado aos processos operacionais de TI com sua adequação às exigências da Lei SOX em empresa do ramo financeiro. Este objetivo foi buscado pela análise sobre as informações obtidas, comparando as situações de vários processos operacionais de TI nos períodos Pré e Pós SOX. Adotou-se a metodologia de pesquisa descritiva e a exploratória. Junto ao levantamento bibliográfico, dados reais relatados por profissionais que participaram das atividades abordadas no trabalho foram coletados por meio da aplicação de entrevista não estruturada. O levantamento bibliográfico mostrou, que apesar de importante são poucas as obras que apresentam o impacto e a adequação da Lei SOX aos seus processos operacionais de TI. Boa parte delas estão relacionadas à gestão de processos, o que revela a importância deste trabalho. Os resultados mostraram a necessidade de se implantar os processos de controle SOX, como a criação de uma tabela de controle para monitorar os processamentos, mostraram também que ocorreram aumentos nos tempos dos processamentos das rotinas batch e processamentos das aplicações online em virtude do aumento de informações geradas e armazenadas. Concluiu-se que ocorreu impacto nos processos operacionais com suas adequações às exigências da SOX.

Biografia do Autor

Renato José Sassi, Universidade Nove de Julho

Programa de Mestrado e Doutorado em Informática e Gestão do Conhecimento

Referências

Arrivabene, A., Sassi, R. J., & Romero, M. (2011). Corporate sustainability with security to investors: Analyses of Business Intelligence governance following the requirements of Sarbanes-Oxley Law. Proceedings of the 3rd International Conference On Communication Software And Networks (ICCSN), pp. 224- 228. DOI: 10.1109/ICCSN.2011.6013580.

Andrade, A., & Rossetti, J. P. (2004). Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. São Paulo: Atlas.

Agrawal, R., Johnson, C., Kiernan, J., & Leymann, F. (2006). Taming Compliance with Sarbanes-Oxley Internal Controls Using Database Technology. Proceedings of the 22nd International Conference On Data Engineering (ICDE '06), pp. 92. DOI: 10.1109/ICDE.2006.155.

Badele, C. S., & Fundeanu, D. (2014). Policy's Beneficiaries of Corporate Governance and Diversification Strategy. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 124(20), pp. 468-477. DOI: 10.1016/j.sbspro.2014.02.509.

Bequai, A. (2003). Safeguards for IT Managers and Staff under the Sarbanes Oxley Act. Computers & Security, 22(2), pp. 124-127.

Borgerth, V. M. C. (2007). SOX: Entendendo a Lei Sarbanes-Oxley. (1. ed.) Rio de Janeiro: Thomson.

Broni, G., & Velentzas, J. (2012). Corporate Governance, Control and Individualism as a Definition of Business Success. The Idea of a “Post - Heroic” Leadership. Procedia Economics and Finance, 1, pp. 61-70. DOI: 10.1016/S2212-5671(12)00009-3.

Chan, S. (2004). Sarbanes Oxley: The IT Dimension. The Internal Auditor, 61(1), pp. 31- 33.

Crespí-Cladera, R., & Pascual-Fuster, B. (2014). Does the independence of independent directors matter? Journal of Corporate Finance, 28, pp. 116-134. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2013.12.009.

Claessens, S., & Yurtoglu, B. B. (2013). Corporate governance in emerging markets: A survey. Emerging Markets Review, 15, pp. 1-33. http://dx.doi.org/10.1016/j.ememar.2012.03.002.

Defond, M. L., & Francis, J. R. (2005). Audit research after Sarbanes-Oxley. Auditing: A Journal of Practice & Theory, 24, pp. 5-30.

Gelatti, C. B., Meneghetti, D., & Silva, T. M. (2010). Análise da adequação das empresas brasileiras à Lei Sarbanes-Oxley. Revista Brasileira de Contabilidade, 186, pp. 69-84.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. (1. ed.) São Paulo: Atlas.

Hinde, S. (2004). Crime and punishment: corporate governance. Computer Fraud & Security, 6, pp. 4-7. http://dx.doi.org/10.1016/S1361-3723(04)00074-0.

IBGC. (2020). Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. O que é governança corporativa. Conhecimento. Recuperado. Disponível em: http://www.ibgc.org.br.

ISO/IEC JTC 1/SC 40 (2015). Information technology — Governance of IT for the organization. Technical Report #ISO/IEC 38500:2015.

Jain, S., Jain, P., & Rezaee, Z. (2010). Stock market reactions to regulatory investigations: Evidence from options backdating. Research in Accounting Regulation, 22(1), pp. 52-57. http://dx.doi.org/10.1016/j.racreg.2009.11.004.

Juiz C.; Palacios R. C. (2020). IEEE/ACM Extending Software Development Governance to meet IT Governance. Seoul, Republic of Korea, 2020.05.23. doi.org/10.1145/3387940.3392211.

Juiz, C. and Toomey, M. (2015). To Govern IT, or Not to Govern IT? Commun. ACM. 58, 2 (Jan. 2015), 58–64. doi:https://doi.org/10.1145/2656385.

Kaarst-Brown, M. L., & Kelly, S. (2005). IT Governance and Sarbanes Oxley: The Latest Sales Pitch or Real Challenges for the IT Function? Proceedings of the Ieee 38th Hawaii International Conference On System Sciences, pp. 236-246. DOI: 10.1109/HICSS.2005.361.

Karpoff, J. M. (2019). The future of financial fraud. Journal of Corporate Finance, in press. https://doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2020.101694.

Kim, E. H., & Lu, Y. (2013). Corporate governance reforms around the world and cross-border acquisitions. Journal of Corporate Finance, 22, pp. 236-253. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2013.05.005.

Labadessa, E.; Rosini, A. M.; Palmisano, A.; Conceição, M. M. Good hospital governance: planned adjustments for results in improving public care for patients. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e06921587, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.1587. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1587. Acesso em: 25 dec. 2020.

Leveson N. (2011). Engineering a safer world: Systems thinking applied to safety. MITpress.

Li, W., Chen, C. C., & French, J. J. (2012). The relationship between liquidity, corporate governance, and firm valuation: Evidence from Russia. Emerging Markets Review, 13(4), pp. 465-477. http://dx.doi.org/10.1016/j.ememar.2012.07.004.

Lo, D. (2012). OHS Stewardship - Integration of OHS in Corporate Governance. Procedia Engineering, 45, pp. 174-179. http://dx.doi.org/10.1016/j.proeng.2012.08.139.

Lunardi, G. L., Becker, J. L., & Maçada, A. C. G. (2012). Um estudo empírico do impacto da governança de TI no desempenho organizacional. Produção, 22(3), pp. 612-624. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012005000003.

Luo, Y. (2005). How does globalization affect corporate governance and accountability? A perspective from MNEs. Journal of International Management, 11(1), pp. 19-41, http://dx.doi.org/10.1016/j.intman.2004.11.003.

Lynch A. H.; Veland S. (2018). Urgency in the Anthropocene. MITPress.

Menezes, A. M. (2018). A Influência da Lei Sarbanes-Oxley (SOX) nas Normas e Regras Nacionais da Governança Corporativa no Setor de Telecomunicações do Brasil. 2018. 128. Dissertação – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018.

Paré, G., Guillemette, M.G. and Raymond, L. (2019). IT centrality, IT management model, and contribution of the IT function to organizational performance: A study in Canadian hospitals. Information & Management. (Aug. 2019), 103198. DOI:https://doi.org/10.1016/j.im.2019.103198.

Parkinson, J., & Bloom S. (2003). Surviving Sarbanes Oxley. Optimize, 73, pp. 31-42.

Posthumusa, S., & Solms, R. Von. (2005). IT oversight: an important function of corporate governance. Computer Fraud & Security, 2005(6), pp. 11-17. http://dx.doi.org/10.1016/S1361-3723(05)70222-0.

Purcinelli, L. M.; Abreu, R.; Roux, A. M. (2019). Automation Through an ERP System of the Accounting and Internal Control Procedures According with SOX Law. Coimbra, Portugal: IEEE 2019 14th Iberian Conference on Information Systems and Technologies (CISTI), 2019.07.15, DOI: 10.23919/CISTI.2019.8760666.

Rezaee, Z. (2004). Corporate Governance Role in Financial Reporting. Research in Accounting Regulation, 17, pp. 107-149, http://dx.doi.org/10.1016/S1052-0457(04)17006-9.

Schmitt, A., Raisch, S., & Volberda, H. W. (2016). Strategic renewal: Past research, theoretical tensions and future challenges. International Journal of Management Reviews, 00, 1–18.

Soh D. S. B.; Martinov N. B. (2011). The internal audit function: Perceptions of internal audit roles, effectiveness and evaluation. Managerial Auditing Journal 26,7(2011),605–622.

Solms, B. Von. (2006). Information Security – The Fourth Wave. Computers & Security, 25(3), pp. 165-168. DOI: 10.1016/j.cose.2006.03.004.

Souza, L. O. de; Pedreiro, I. L. D.; Barbosa, A. L. M. A.; Castro, W. A. de. (2019). The influence of Corporate Governance on the profitability of Financial Institutions. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 8, p. e09881179, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i8.1179. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1179. Acesso em: 25 dec. 2020.

Swartz, N. (2003). The Cost of Sarbanes Oxley. Information Management Journal, 37, pp.8 - 26.

Sievinen, H. M., Ik¨aheimonen, T., & Pihkala, T. (2020). Strategic renewal in a later- generation family-owned company. Long Range Planning, 53(2), 1–19.

Tan, Z. (2014). The construction of calculative expertise: The integration of corporate governance into investment analyses by sell-side financial analysts. Accounting, Organizations and Society, 39(5), pp. 362-384, http://dx.doi.org/10.1016/j.aos.2014.05.003.

Tariq, Y. B., & Abbas, Z. (2013). Compliance and multidimensional firm performance: Evaluating the efficacy of rule-based code of corporate governance. Economic Modelling, 35, pp. 565-575, http://dx.doi.org/10.1016/j.econmod.2013.08.015.

Tham D. K.; Madni M. A. (2014). IEEE SOX compliance with OEE, enterprise modeling and temporal-ABC. Waikoloa, HI, USA, 2014.10.27. DOI: 10.1109/WAC.2014.6935737.

Todeva, E. (2005). Governance, control and coordination in network context: the cases of Japanese Keiretsu and Sogo Shosha. Journal of International Management, 11(1), pp. 87-109. http://dx.doi.org/10.1016/j.intman.2004.11.008.

Turel, O., Liu, P. and Bart, C. (2019). Board-Level IT Governance. IT Professional. 21, 2 (Mar. 2019), 58–65. DOI:https://doi.org/10.1109/MITP.2019.2892937.

Weill, P., & Ross, J. W. (2004). IT Governance: How Top Performers Manage IT Decision Rights for Superior Results. Harward Business School Press.

Windsor, D. (2009). Tightening corporate governance. Journal of International Management, 15(3), pp. 306-316. http://dx.doi.org/10.1016/j.intman.2009.02.003.

Wintoki, M. B. (2007). Corporate boards and regulation: The effect of the Sarbanes–Oxley Act and the exchange listing requirements on firm value. Journal of Corporate Finance, 139(2-3), pp. 229-250. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2007.03.001.

Zalewska, A. (2014). Challenges of corporate governance: Twenty years after Cadbury, ten years after Sarbanes–Oxley. Journal of Empirical Finance, 27, pp. 1-9, http://dx.doi.org/10.1016/j.jempfin.2013.12.004.

Downloads

Publicado

03/01/2021

Como Citar

ARRIVABENE, A. .; SASSI, R. J.; ANDRELO, P. F. A. .; MOURA, M. L. A. de O. . Análise do impacto da adequação nos processos operacionais de tecnologia da informação às exigências da lei Sarbanes-Oxley em empresa do ramo financeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e7710111374, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11374. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11374. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra