Tratamento conservador versus cirúrgico das fraturas condilares: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11418Palavras-chave:
Traumatismos mandibulares; Mandíbula; Cirurgia Buco-maxilo-facial; Fixação interna.Resumo
As fraturas condilares são as fraturas maxilofaciais com maior controvérsia na literatura a respeito das formas de tratamento, uma vez que, no procedimento de escolha, envolve questões relacionadas à idade, localização e tipo de fratura, grau de deslocamento do segmento fraturado, presença de outras fraturas faciais associadas, ausência de dentes, o restabelecimento da oclusão dentária e o tempo decorrido do trauma, fatores estes que direcionam a escolha do tipo de abordagem terapêutica (cirúrgica ou conservadora, estática ou funcional). Este estudo teve como objetivo principal realizar uma revisão integrativa da literatura atual sobre o tratamento das fraturas condilares, destacando suas indicações, limitações, vantagens e desvantagens. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa da literatura por meio de pesquisa bibliográfica, por meio de uma busca de artigos científicos na base de dados eletrônica PubMed e Medline, utilizando os descritores mandibular condyle, mandibular fractures, mandibular injuries, indexados no período de 2015 a 2020, que tratavam de estudos transversais, ensaios clínicos e randomizados. Após os critérios de elegibilidade, foram analisados 27 artigos integralmente publicados em língua inglesa. Os estudos demonstraram qual conduta de tratamento traz mais segurança para a intervenção, apresentando alta confiabilidade, permitindo uma evidência científica previsível e rápida, além de proporcionar um tratamento com menor custo e tempo de internação.
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