Da teorização sobre o ensino-aprendizagem à prática da educação permanente em enfermagem e sua contribuição para a autoeficácia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i7.1144Palavras-chave:
Educação permanente em saúde; Simulação; Autoeficácia.Resumo
O objetivo desse estudo foi conhecer e problematizar as teorias explicativas sobre o processo de aprender, com foco no uso de uma metodologia de ensino baseada na aprendizagem experiencial, denominada simulação in situ, e a relação do resultado dessa experiência com o nível de confiança de profissionais de enfermagem para executar ressuscitação cardiopulmonar. Foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem quantitativa, onde os participantes foram divididos em 3 grupos com periodicidades de intervenção diferentes. Por meio de um questionário baseado em uma escala do tipo Likert em nível de concordância, investigou-se a percepção dos participantes em relação às suas competências no atendimento à parada cardiorrespiratória antes e após participar de cada simulação in situ. Evidenciou-se médias de autoconfiança dos profissionais mais elevadas na avaliação Pós simulação, em comparação com a Pré simulação na maioria dos grupos. Verificou-se que o fato de uma metodologia de aprendizagem promover a prática dentro do contexto de trabalho do profissional, e fornecer feedback imediato de seu desempenho, pode melhorar a confiança do profissional, e quando causa desconforto por um desempenho ineficaz, promove a reflexão e gera motivação para melhorias futuras. O uso da simulação in situ, na educação permanente de profissionais de enfermagem mostrou-se potencializadora de aprendizagem experiencial, onde, a partir da experimentação de uma situação em um contexto real do serviço, pode-se observar o aumento da autoeficácia dos aprendizes.
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