Representações sociais da Libras como disciplina obrigatória por atores de escola pública e privada no Munícipio de Guarabira-PB

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11549

Palavras-chave:

Representações sociais; Língua Brasileira de Sinais; Inclusão educacional.

Resumo

O presente estudo objetivou apreender as representações sociais dos alunos e professores da educação básica do Município de Guarabira/PB no que diz respeito à inclusão da disciplina Libras nas escolas. Como aporte teórico optou-se pela teoria das representações sociais, por permitir compreender como os sujeitos sociais concebem acontecimentos do cotidiano - informações, sentimentos e experiências sociais - relacionados à área da surdez. Como suporte metodológico foi realizado uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa e quantitativa composta por uma amostra não-probabilística e de conveniência, formada por 50 sujeitos, sendo 22 alunos do curso de pedagogia e 18 professores da educação básica realizada em escolas pública e privada. Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário sócio demográfico e a técnica da Associação Livre de Palavras cujos estímulos indutores foram: surdo; libras; inclusão social do surdo; inclusão da disciplina de libras na escola. Os dados provenientes da associação livre foram processados e analisados pelo software Tri-Deux-Mots, por meio da análise fatorial de correspondência. O estímulo “Libras” foi representado como: “algo produzido pelas mãos”, uma “linguagem de sinais”, que proporciona “ensino e ajuda”, sendo, portanto, uma “linguagem gestual”. Os resultados apontaram a relevância do estudo das representações sociais no que tange sua importância e obrigatoriedade no aprendizado da Libras. Proporcionou uma melhor compreensão na urgência de debates e discussões sobre a valorização e popularização para a sociedade, bem como na capacitação e ampliação didático-pedagógico enquanto ferramenta de ensino e aprendizagem no universo pesquisado.

Referências

Abric, J. C. (1994). Pratiques sociales et représentations. Paris: Presses Universitaires de France.

Brasil (2002). Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. (Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm

Brito, L.F. (1993). Integração social e educação de surdos. BABEL Editora.

Castro, M. G. F. (2016). Representação Social da Libras por sujeitos surdos bilíngues. IV Seminário Internacional Inclusão em Educação: Universidade e Participação, inclusão, ética e interculturalidade, Rio de Janeiro, Brasil. https://eventos.ufrj.br/evento/iv-seminario-internacional-inclusao-em-educacao/

Cibois, U. F. R. (1995). Tri-deux-mots. Versão 2.2 Sciences Sociales.

Costa, S. S. C.& Kelman, C. A. (2013). Representações sociais dos surdos do curso de graduação em Letras-Libras. Revista Educação Especial, 26, (46), 437-450. http://dx.doi.org/10.5902/1984686X

Coutinho, M. P. L. & Saldanha, A. A. W. (2005). Representações Sociais e Práticas de Pesquisa. Editora Universitária/UFPB.

Coutinho, M. P. L. (2005). Depressão Infantil e Representação Social. Ed. Universitária UFPB.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Artmed.

Davis, H. & Silverman, S. R. (1970). Audição e Surdez. Rinehart and Winston.

Di Giacomo, J. P. (1981). Aspects méthodologiques de l’analyse des représentations sociales. Cahiers de Psychologie Cognitive, 1(1), 397-422.

Félix, L. B. & Santos, M. F. S. (2011). A velhice na mídia escrita: um estudo em representações sociais. RBCEH, 8 (3), 363-374.

Fernandes, E. (2003). Linguagem e surdez. Artmed.

Gesser, A. (2009). LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Parábola.

Gilly, Michel. (2001). As representações sociais no campo da educação. Em: Jodelet, D. As representações sociais. EdUERJ.

Jodelet, D. (2001). As representações sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ.

Junqueira, A. E. S. Algumas representações sociais do instrutor de libras na educação de surdos em Gado Bravo-PB. Congresso Internacional de Educação e inclusão, Campina Grande, Paraíba, Brasil. https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/cintedi/2014/Modalidade_1datahora_14_11_2014_19_17_50_idinscrito_5327_755c37904d0e1bdc1248be9adba0f660.pdf

Lafon, J. C. (1989). A deficiência Auditiva na Criança. São Paulo: Manole.

Minayo, M. C. de S. (2002). O desafio da pesquisa social. Em: Deslandes, S. F.; Gomes, R. & Minayo, M. C. S. (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes.

Minayo, M. C. S. (2008). O conceito de representações sociais dentro da Sociologia clássica. Em: P. A. Guareschi e S. Jovchelovitch (Orgs.). Textos em representações sociais. (pp. 89-111). Vozes.

Moscovici, S. (2008). O conceito de Representações sociais dentro da sociologia clássica. Em: Guareschi, P. & Jovchelovitch, S. (Orgs). Textos em representações sociais. Vozes.

Moscovici, S. (2012). A Psicanálise, sua Imagem e seu Público. Petrópolis: Vozes.

Nóbrega, S. M. & Coutinho, M. P. L. (2003). O Teste de Associação Livre de Palavras. Em: Coutinho, M. P. L. & Cols. Representações Sociais: abordagem interdisciplinar (pp.67-77). Universitária UFPB.

Oliveira. L. A. (2012). Fundamentos Históricos, Biológicos e Legais da Surdez. IESDE Brasil S.A.

Organização mundial da saúde, (2000). Retardamento Mental: enfrentando o desafio. Washington DC: Organização Mundial da Saúde.

Quadros, R. M. & Karnopp, L. B. (2004). Língua de Sinais Brasileira: Estudos linguísticos. Artmed.

Sá, C. (2001). Núcleo Central das Representações Sociais. Vozes.

Sá, C. (1998). A construção do objeto de pesquisa em representações sociais. Rio de Janeiro: EdUERJ.

Sá, N.R.L. (2002). Cultura, poder e educação de surdos. Universidade Federal do Amazonas.

Saraiva, E. R. de A. (2010). Violência contra idosos: aproximações e distanciamentos entre a fala do idoso e o discurso da mídia impressa. Tese de Doutorado em Psicologia Social. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

Saraiva, E. R. A. (2007). A experiência materna mediada pela depressão pós-parto: um estudo das representações sociais (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil.

Sêga, R. A. (2000). O conceito de representação social nas obras de Denise Jodelet e Serge Moscovici. Anos 90. Porto Alegre, 13, 128-133. Recuperado de: http://www.ufrgs.br/ppghist/anos90/13/13art8.pdf

Silva, A.C & Nembri, A.G. (2008). Ouvindo o silêncio: educação, linguagem e surdez. Mediação.

Silva, M. P. S. (2016). Inclusão de libras como disciplina no ensino fundamental. Prospectiva.

Skliar, C. (1997). Uma análise preliminar das variáveis que intervêm no Projeto de Educação Bilíngüe para os Surdos. Espaço Informativo Técnico Científico do INES, 6(1), 49-57.

Souza, L. L. & Silva, L.V.L. (2018). Representações sociais sobre os artefatos da cultura surda. Revista TCBRASIL, 2(1), 384 – 403.

Vagula, E. & Veodato, S.C.M. (2014). Educação inclusiva e língua brasileira de sinais. UNOPAR.

Downloads

Publicado

08/01/2021

Como Citar

OLIVEIRA, A. B. R. de .; MOURA, G. B. de .; CIRINO, C. da S. .; SANTOS, W. da S. .; DINIZ, Ércules L. . Representações sociais da Libras como disciplina obrigatória por atores de escola pública e privada no Munícipio de Guarabira-PB. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e21110111549, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11549. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11549. Acesso em: 30 mar. 2025.

Edição

Seção

Ciências Educacionais