O processo de pacificação nas favelas cariocas: Elementos para uma crítica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11707Palavras-chave:
Segurança pública; Cidade; Território.Resumo
O presente artigo é resultado do interesse em analisar como é pensada a segurança pública no Estado do Rio de Janeiro a partir da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em 2008, marcado por uma “nova forma” de intervenção policial nos espaços populares. Tem como objetivo analisar o impacto das UPPs nos espaços favelados, marcado pelo aumento do poder punitivo e da aceitação da sociedade no recrudescimento de políticas autoritárias, historicamente marcado pela militarização da segurança pública nos territórios populares. A partir do aprofundamento das leituras e a análise do desenvolvimento dessa “nova proposta” de segurança pública observa-se que as UPPs são assinaladas pela ocupação militarizada das favelas e disciplinamento dos corpos. Além disso, busca compreender o fenômeno da violência nesses espaços e a necessidade aparente de um agente externo que fiscalize e regule as ações dessa população. Foram utilizados os seguintes instrumentos metodológicos: levantamento e leitura sobre o tema, artigos de jornais e revistas de grande circulação e especializadas.
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