A atuação do profissional de enfermagem no processo saúde-doença de crianças com agravos oncológicos: quando a morte se faz presente
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11850Palavras-chave:
Criança; Enfermagem oncológica; Morte.Resumo
O presente estudo teve como objetivo analisar as evidências científicas acerca da atuação do profissional de enfermagem e sua contribuição no processo de terminalidade de crianças com agravos oncológicos. O método foi a revisão integrativa, seguindo as etapas de Whittemore e Knalf, lançando a seguinte questão norteadora: Quais as contribuições da enfermagem no processo de terminalidade em crianças com agravos oncológicos? A busca ocorreu de maio a novembro de 2020, através das bases de dados: BDENF, LILACS, MEDLINE e SciELO. Utilizando os seguintes descritores: criança, enfermagem oncológica, morte - child, oncology nursing, death. Devido à limitação quanto aos estudos relacionados ao tema, utilizou-se dos mesmos como palavras-chave. Os critérios para a inclusão dos artigos foram: estudos qualitativos, quantitativos e estudos teóricos, publicações nos idiomas português do Brasil e Inglês e Espanhol, publicados nos últimos 10 anos, com acesso online e gratuito ao texto completo. Trabalhos que se caracterizavam como: teses, dissertações, textos em anais de congresso e publicações que não respondiam a questão norteadora foram excluídos da amostra final. Através da análise e interpretação dos 8 artigos selecionados, foi possível compreender a importância do profissional de enfermagem na atuação em oncologia pediátrica quando a morte se faz presente. Compreendeu-se que o cuidado vai além dos procedimentos inerentes a profissão, necessitando de um olhar humanizado para poder desenvolver competências como acolhimento do paciente e da família, respeito a autonomia e entender que cada ser humano que cuida do outro, também possuem suas limitações frente à finitude da vida.
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