Docentes mulheres na coordenação do Bacharelado em Ciências & Tecnologia: entre conquistas e desafios

Autores

  • Julie Idália Araujo Macêdo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fredy Enrique González Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v8i8.1203

Palavras-chave:

Coordenação; Ciências Exatas; Ensino Superior; Mulheres.

Resumo

A origem do bacharelado em Ciências & Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está intimamente relacionada ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) ocorrido nas universidades públicas federais brasileiras a partir do ano de 2008. Ao longo da história do bacharelado é visível a ampliação dos espaços de participação das docentes mulheres nas funções de chefia e gestão. De modo que o objetivo do presente estudo é investigar a presença feminina ao longo dos 10 anos do bacharelado em Ciências & Tecnologia a frente da coordenação do curso enfatizando conquistas e desafios. No que se refere à metodologia, pode-se dizer que esta é uma pesquisa qualitativa de caráter histórico com enfoque biográfico, que faz uso de narrativas e da estratégia analítica de imersão e contemplação hermenêutica. Quanto aos procedimentos metodológicos são adotadas duas fontes para coleta de material empírico: fonte documental com a análise do Projeto Político Pedagógico do Bacharelado e o Regimento interno da Escola de Ciências & Tecnologia e; fonte empírica com a realização de entrevistas narrativas para conhecer as conquistas e desafios através das falas das docentes que trabalharam/trabalham na coordenação do curso. Por fim, o estudo evidenciou o processo de feminização dos quadros de gestão na UFRN, em especial da coordenação do Bacharelado em Ciências & Tecnologia, maior curso de graduação do Estado do Rio Grande do Norte.

Referências

Almeida, J. S. (2006). Mulheres na educação: missão, vocação e destino. In: SAVIANI, Demerval et al. O legado educacional do século XX no Brasil. (p. 61-98.) 2.ed. Campinas: Autores Associados.

Barreto, A. (2014). A mulher no Ensino Superior distribuição e representatividade. Cadernos do GEA, Rio de Janeiro: Flacso/Brasil - Cadernos do GEA, n. 6, jul./dez.

BRUSCHINI, C. (1991). Mulher e Mundo do Trabalho: Ponto de Vista Sociológico. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

Cabral, C. (2005). As mulheres nas escolas de engenharia brasileiras: história, educação e futuro. Cadernos de Gênero e Tecnologia, v. 1, n° 4. Disponível em https://periodicos.utfpr.edu.br/cgt/article/view/6139

Cabral, C. (2015). Os Estudos Feministas da Ciência e da Tecnologia no Brasil: Reflexões sobre Estilos e Coletivos de Pensamento. Revista Ártemis , v. 20, p. 76-91. Disponível em http://www.periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/27047

Catani, D. B. (2003). Lembrar, narrar, escrever: memória e autobiografia em história da educação e em processos de formação. In: BARBOSA, Raquel Lazzari L. Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP.

Catani, D. B. (1997). Docência, memória e gênero. São Paulo: Escrituras.

Del priore, M. (1994). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.

Ferrarotti, F. (1988). Sobre a autonomia do método biográfico. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. (Orgs.). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde. Depart. de Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional.

GALVÃO, C. (2005). Narrativas em educação. Ciência & Educação, Bauru, v. 11, n. 2, p. 327-345.

GONZÁLEZ, F. E.; VILLEGAS, M. M. (2009). Fundamentos Epistemológicos en la Construcción de una Metódica de Investigación. Atos de Pesquisa em Educação –PPGE/ME FURB v. 4, nº 1, p. 89-121, jan./abr.

GUEDES, M. (2012). Gênero e ciência: um balanço dos avanços e estagnação na última década. Revista do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. Brasília, ano 2, n. 4, dez. Publicação da Presidência da República Federativa do Brasil. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Disponível em: http://www.observatoriodegenero.gov.br/revista-observatorio2-30-11-final1.pdf

JOSSO, M. (2006). Os relatos de histórias de vida como desvelamento dos desafios existenciais da formação e do conhecimento: destinos sócio-culturais e projetos de vida programados na invenção de si. In: SOUZA, E.C., ABRAHÃO, M.H.M.B. (orgs). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. Porto Alegre/Salvador, EDIPUCRS/EDUNEB.

LOMBARDI, M. R. (2005) Perseverança e resistência: a Engenharia como profissão feminina. 292 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas.

MAGALHAES, L. G. (Org.). (2017). Lugar de Mulher: feminismo e política no Brasil. 1ed.Rio de Janeiro: Oficina Raquel.

NÓVOA, A.; FINGER, M. (Orgs.). (1988). O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: Ministério da Saúde. Depart. de Recursos Humanos da Saúde/Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional.

PAIM, Rose Maria de Oliveira. (2007). A escolha profissional sob um olhar psicanalítico. Revista Recrearte, n. 07, secção VI, 07/2007. Disponível em: http://www.iacat.com/Revista/recrearte/Indice07.htm#seccion6

PASSEGGI, M. C.; SOUZA, E. C.; VICENTINI, P. P. (2011). Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. Educ. rev. [online]. vol.27, n.1, pp. 369-386.

PASSEGGI, M.C.; SOUZA, E.C. (Orgs.) (2008). (Auto) Biografia: formação, territórios e saberes. Natal: EDUFRN.

REGO, T. C.; AQUINO, J. G.; OLIVEIRA, M. K. de. (2006). Narrativas autobiográficas e constituição de subjetividades. In SOUZA, E. C. de. (Org.). Autobiografias, histórias de vida e formação: pesquisa e ensino. Porto Alegre: Edipucrs.

SOUZA, E. C. (2006). Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto)biográfica: análise compreensiva-interpretativa e política de sentido. In: Educação | Santa Maria | v. 39 | n. 1 | p. 39-50 | jan./abr.2014. SOUZA, E. C. O Conhecimento de si – Estágio e narrativas de formação de professores. Salvador, BA, UNEB.

TEIXEIRA, A. B. M.; FREITAS, M. A. (2016). Mulheres cientistas no curso de física e de educacao fisica na Universidade Federal de Minas Gerais. Instrumento - Revista em estudo e pesquisa em educação, v. 18, p. 167-174.

UFRN. (2014). Projeto Pedagógico do Curso de Ciências e Tecnologia – Bacharelado. Natal/RN.

UFRN. (2015). Regimento Interno da Escola de Ciências e Tecnologia. Natal/RN.

Downloads

Publicado

02/06/2019

Como Citar

MACÊDO, J. I. A.; GONZÁLEZ, F. E. Docentes mulheres na coordenação do Bacharelado em Ciências & Tecnologia: entre conquistas e desafios. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 8, p. e22881203, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i8.1203. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1203. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais