O cotidiano das enfermeiras na oncologia pediátrica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12249Palavras-chave:
Enfermagem Pediátrica; Enfermagem Oncológica; Cuidados de enfermagem.Resumo
Objetivos: Analisar as dimensões ação e afeto no contato cotidiano das enfermeiras na oncologia pediátrica e discutir as implicações das dimensões ação e afeto na prática das enfermeiras na oncologia pediátrica. Método: Estudo qualitativo a luz do referencial teórico de cotidiano de Agnes Heller. Participaram do estudo 21 enfermeiras selecionadas pela técnica de amostragem Bola de neve. Os dados foram produzidos por entrevista semiestruturada mediada por produção artística baseada na técnica de criatividade e sensibilidade e submetidos à análise temática. Resultados: Nas ações das enfermeiras se interpenetraram a especialidade oncologia e as especificidades da criança. Na dimensão afeto constatou-se uma inclinação, atitude de proteção da enfermeira para a criança e sua família diante da ruptura de vínculos e da copresença da morte resultando em compaixão. Conclusão: Para as enfermeiras, o contato cotidiano na oncologia pediátrica foi desafiante e as potencialidades se mostraram limitadas devido à demanda emocional gerada pela empatia e pelo envolvimento pessoal na assistência às crianças e suas famílias, gerando desgaste profissional e fadiga por compaixão.
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