Experiências de Migração Ilegal de Retornados para o Distrito de Omo Nada, Zona Jimma, Estado Regional Nacional de Oromia, Sudoeste da Etiópia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i10.1243Palavras-chave:
migração ilegal; retornados; abuso; exploração Omo NadaResumo
Apesar do fato de que as experiências de migração ilegal dos retornados são importantes para projetar programas efetivos para reintegrá-los à comunidade, há escassa informação para os retornados ao distrito de Omo Nada. O objetivo deste estudo é investigar o abuso e a exploração física, econômica e social enfrentados pelos retornados em trânsito e no local de destino. Para este fim, entrevistas em profundidade, entrevistas com informantes-chave e discussões em grupo foram realizadas para coletar dados qualitativos necessários para o estudo. Os dados foram transcritos e analisados por temas. Os resultados das descobertas mostraram que os migrantes estavam fisicamente exaustos no caminho com fome e sede, sujeitos a abusos físicos como insultos, espancamentos, tapa, chutes e queimaduras corporais dos contrabandistas. Lesões infligidas incluíam feridas corporais, membros quebrados e costelas. Além do abuso físico, os contrabandistas e traficantes roubavam e exploravam os migrantes economicamente, cobrando-os por serviços extras em diferentes pontos de trânsito. Isso, por sua vez, fez com que os migrantes terminassem em servidão por dívida. As mulheres ficaram sujeitas a abuso sexual por contrabandistas e empregadores. O abuso continuou no país de destino pelos próprios empregadores. A exploração econômica assumiu a forma de longas jornadas de trabalho com pouco descanso, cargas de trabalho difíceis, salários reduzidos ou salários totalmente retidos. A punição foi particularmente dura para aqueles com pouca ou nenhuma habilidade. Além disso, a situação privou os participantes do estudo de obter alimentos suficientes ou saudáveis, e sua comunicação com as famílias deixadas no país de origem foi restrita. As mulheres, geralmente domésticas, foram vítimas de abuso sexual por empregadores e suas famílias.
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