Prevalência de ansiedade entre estudantes de Farmácia em períodos de avaliações de rendimento acadêmico em Universidade privada na cidade de São Paulo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12526Palavras-chave:
Ansiedade; Estudantes de Farmácia; Desempenho acadêmico.Resumo
Ansiedade é considerada crescente na sociedade moderna e relacionada à vida acadêmica, com destaque aos estudantes submetidos às avaliações de rendimento para comprovação de bom desempenho acadêmico. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de ansiedade no período de avaliações de rendimento acadêmico, entre estudantes do curso de Farmácia de uma Universidade privada da cidade de São Paulo, Brasil. O estudo foi realizado com 276 graduandos em Farmácia, com idade média entre 18 e 27 anos, (67%), solteiros (59,8%) e maioria do gênero feminino (74,6%). Os estudantes, antes das avaliações de rendimento, referiram ansiedade isolada (64,5%) ou associada com estresse, preocupação, insônia e impaciência (63%). Houve diferença estatística significante entre os estudantes ansiosos (16,9±12,2) e tranquilos (3,6±2,9) antes das avaliações de rendimento, com p<0,001. Após a realização das avaliações de rendimento, 50% dos estudantes relatou preocupação isoladamente e a associação de preocupação com impaciência, estresse e insônia foi relatada por 10,1%. Quanto à frequência ao estudar, 49,3% relataram que estudam quando há tempo e 45,3% relataram estudar com frequência. Este trabalho mostra que o ingressar na vida acadêmica é marcado por mudanças acerca de responsabilidades e a escolha de uma profissão, acompanhados de ansiedade e preocupações relacionadas ao bom desempenho, sugerindo a necessidade da adoção de políticas institucionais para prevenção de ansiedade.
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