Propriedades funcionais da farinha do mesocarpo do coco babaçu: uma alternativa nutricional contra a Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12851Palavras-chave:
Babaçu; Alimento funcional; Infecções por coronavírus.Resumo
Com o avanço da pandemia do patógeno Coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença Covid-19 (Coronavirus Disease), sendo considerada hoje uma grande ameaça em escala global, recomenda-se uma alimentação rica em propriedades funcionais no combate e na prevenção dos agravos de sintomatologia dessa patologia. Dessa forma, a pesquisa traz como objetivo apresentar a importância das propriedades funcionais do coco babaçu no aporte imunológico e no combate a síndrome inflamatória causada pela Covid-19. Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva com abordagem qualitativa da literatura científica, compreendendo o período de 2010 a janeiro de 2021. Como resultado, o aporte nutricional com propriedades funcionais melhora a função imune e auxilia no enfretamento de inflamações, reduzindo a gravidade de doenças inflamatórias. Desta forma, controlar a inflamação é uma estratégia efetiva para reduzir a gravidade da Covid-19, e a farinha do mesocarpo do coco babaçu é uma opção de suplementação no combate a processos inflamatórios justamente por se tratar de um alimento antioxidante e anti-inflamatório natural. Conclui-se que a farinha do mesocarpo do coco babaçu por se constituir como um complemento alimentar altamente nutritivo e com uma grande capacidade para tratar diversas patologias, justifica-se seu provável potencial para tratar a sintomatologia da Covid-19, incluindo ainda a Síndrome Respiratória Aguda Grave, pois sua composição é formada por diversas vitaminas e minerais, tornando-o um alimento profundamente anti-inflamatório e antioxidante.
Referências
Almeida, R. R., Lacerda, L. G., Murakami, F. S., Bannach, G., Demiate, I. M., Soccol, C. R., . . . & Schnitzler, E. (2011). Thermal analysis as a screening technique for the characterization of babassu flour and its solid fractions after acid and enzymatic hydrolysis. Thermochimica Acta, 519(1-2): 50-54.
Associação Brasileira de Nutrição. (2020). Guia para uma alimentação saudável em tempos de Covid-19. 2020. São Paulo: ASBRAN.
Baldez, R. N, Malafaia, O., Czeczko, N. G., Martin, N. L. P., Ferreira, L. M; Ribas C. A. P. M., . . .& Araújo, L. R. R. (2017). Análise da cicatrização do cólon com uso do extrato aquoso da Orbignya phalerata (Babaçu) em ratos. Revista Acta Cirúrgica Brasileira, 21: 31-38.
Barros, I. C. (2011). Avaliação Biofarmacotecnica de potencial excipiente farmaceutico: pó de mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata Mart.) (Dissertação de Mestrado) - Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil.
Cardoso, L. O., Carvalho, M. S., Cruz, O. G., Melere, C., Luft, V. C., Molina, M. C. B., . . .& Chor, D. (2016). Eating patterns in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil): an exploratory analysis. Cadernos de Saúde Pública, 32(5), e00066215.
Cavalcante Neto, A. A. (2012). Desenvolvimento de Massa Alimentícia Mista de Farinhas de Trigo e Mesocarpo de Babaçu (Orbignya sp.) (Dissertação de Mestrado) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Conselho Federal de Nutricionistas. (2020). Boas práticas para atuação do nutricionista e do técnico em nutrição e dietética durante a pandemia de coronavírus. São Paulo: CFN.
European Food Safety Authority. (2020). Coronavirus: no evidence that food is a source or transmission route. Parma: EFESA.
Garófolo, A., Qiao, L., & Maia-Lemos, P. S. (2020). Approach to Nutrition in Cancer Patients in the Context of the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic: perspectives. Nutrition And Cancer, 22(5):1-9.
Grant, W. B., Lahore, H., Mcdonnell, S. L., Baggerly, C. A., French, C. B., Aliano, J. L., & Bhattoa, H. P. (2020). Evidence that Vitamin D Supplementation Could Reduce Risk of Influenza and COVID-19 Infections and Deaths. Nutrients, 12(4): 988.
Khalifa, I., Zhu, W., Mohammed, H. H. H., Dutta, K., & Li, C. (2020). Tannins inhibit SARS‐CoV‐2 through binding with catalytic dyad residues of 3CL pro: An in silico approach with 19 structural different hydrolysable tannins. Journal of Food Biochemistry. e13432.
Levy, R. B., Claro, R. M., Bandoni, D. H., Mondini, L., & Monteiro, C. A. (2012). Availability of added sugars in Brazil: distribution, food sources and time trends. Revista Brasileira de Epidemiologia, 15(1), 3-12.
Lima, V. W. S., Azevedo, A. L. S., Nunes, D. G., Fernandes, M. B. C. C., Bento, C. T., Campos, S. D., . . . & Uehara, S. K. (2020). Doença renal crônica: cuidados com a alimentação e a saúde mental no contexto da Covid-19. Rio de Janeiro: UFRJ; HUCFF; Serviço de Nutrição e Dietética.
Melo, J. H. G, et al. (2007). Análises físico-químicas do pão enriquecido com mesocarpo de babaçu. Anais do II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica, João Pessoa, PB, Brasil.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. (2009). Promoção Nacional da Cadeia de Valor do Coco Babaçu. Brasília: MDS; MDA; MMA.
Morais, A. H. A., Maia, J. K. S., Damasceno, K. S. F. S. C., Seabra, L. M.’A. J., & Passos, T. S. (2020). Orientações nutricionais para o enfrentamento do COVID-19. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Núcleo de Estudos e pesquisas em Alimentação. (2011). Tabela brasileira de composição de alimentos. 4 ed. Campinas: NEPA; UNICAMP.
Oliveira, S.P., & Reyes, F. G. R. (1990). Biscoito com alto teor de fibra de milho: preparo, caracterização química e tecnológica e teste de aceitabilidade. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 10(2): 273-86.
Oliveira, T. C., Abranches, M. V., & Lana, R. M. (2020). Food (in) security in Brazil in the context of the SARS-CoV-2 pandemic. Cadernos de Saúde Pública, 36(4): e00055220.
Organização Mundial de Saúde. (2020). Coronavirus disease 2019 (COVID-19). Geneva: OMS.
Organização Pan-Americana da Saúde. (2019). Folha Informativa Alimentação Saudável. Brasília: OPAS.
Pinto, A., Amaral, P., Gaia, C., & Oliveira, W. (2010). Boas Práticas para Manejo Florestal e Agroindustrial – Produtos Florestais Não Madeireiros: açaí, andiroba, babaçu, castanha do Brasil, copaíba e unha de gato. Belém: Imazon; SEBRAE.
Silva, A. P. S. (2011). Caracterização fisico-quimica e toxicologica do pó de mesocarpo do babaçu (Orbignya phalerata Mart): subsidio para o desenvolvimento de produtos (Dissertação de Mestrado) - Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI, Brasil.
Silva, K. G. S., Batista, I. V., Costa, T. T., Simplicio, A. P. M., Landim, L. A. S. R., & Gomes, F. O. (2017). Propriedades Funcionais do Coco Babaçu, Uma Revisão. Nutrição em pauta, 37: 39-42.
Silva, N. R., Ferreira, A. C. H., Faturi, C., Silva, G. F., Missio, R. L., Neiva, J. N. M., . . . & Alexandrino, E. (2012). Desempenho em confinamento de bovino de corte, castrados ou não, alimentados com teores crescentes de farelo do mesocarpo de babaçu. Revista Ciência Rural, 42(10): 1882–1887.
Souza, A. M., Barufaldi, L. A., Abreu, G. A., Giannini, D. T., Oliveira, C. L., Santos, M. M., . . . & Vasconcelos, F. A. G. (2016). ERICA: intake of macro and micronutrients of brazilian adolescents. Revista de Saúde Pública, 50(1): 1-15.
Zaitune, M. P. A., Barros, M. B. A., Lima, M. G., César, C. L. G., Carandina, L., Goldbaum, M., & Alves, M. C. G. P. (2012). Fatores associados ao tabagismo em idosos: Inquérito de Saúde no Estado de São Paulo (ISA-SP). Cadernos de Saúde Pública, 28(3), 583-596.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Kaio Germano Sousa da Silva; Karine Costa Melo; Maria Eduarda Leal de Carvalho Santos ; Atalia Talita da Silva; Alanna Sanlai Sousa Lima; Natália Monteiro Pessoa; Letícia Aparecida Santos Silva; Liejy Agnes dos Santos Raposo Landim ; Ana Paula de Melo Simplício; Fernanda de Oliveira Gomes; Janaina Oliveira Morais; Francisca Thawanny de Souza Silva; Elis Regina Oliveira Morais; Telvanise Oliveira Morais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
