Câncer de pênis e fatores associados a metástases em linfonodos inguinais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12854

Palavras-chave:

Câncer de Pênis; Metástase linfática; Carcinoma de células escamosas; Prevalência.

Resumo

Objetivo: O câncer de pênis tem alta incidência em alguns países em desenvolvimento e a metástase em linfonodos da cadeia inguinal é um grande desafio no tratamento dessa neoplasia. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de metástases em linfonodos inguinais e seus fatores associados em pacientes com câncer de pênis.Métodos: Conduzimos uma análise retrospectiva de todas as consultas de lesões penianas realizadas por homens adultos em nossa instituição. Metástase em linfonodos inguinais constituiu o evento de interesse e foi definida a partir da presença de carcinoma escamocelular em linfonodos inguinais, confirmado por exame anatomopatológico. Foi realizada análise de regressão logística bivariada e a magnitude das associações expressa pelo Odds Ratio como estimativa do risco relativo com intervalo de confiança de 90%. Resultados: A prevalência de metástases observada entre os 179 casos de carcinoma escamocelular de pênis foi de 24%. A presença de linfonodos palpáveis na região inguinal no momento do diagnóstico (p = 0,008) e o uso abusivo de álcool (p = 0,07) foram fatores associados independentes para que a doença se tornasse mais agressiva.Conclusões: Pacientes com diagnóstico de carcinoma epidermóide de pênis, que apresentam linfonodos palpáveis na região inguinal durante o exame clínico e aqueles que fazem uso de bebidas alcoólicas, devem ser alvo precoce de intervenções nos serviços de urooncologia.

Referências

Aita, G. A., Zequi, S. C., Costa, W. H., Guimarães, G. C., Soares, F. A., & Giuliangelis, T. S. (2016). Tumor histologic grade is the most important prognostic factor in patients with penile cancer and clinically negative lymph nodes not submitted to regional lymphadenectomy. Int Braz J Urol, 42(6),1136-1143.

Bada, M., Berardinelli, F., Nyiràdy, P., Varga, J., Ditonno, P., Battaglia, M., Chiodini, P., De Nunzio, C., Tema, G., Veccia, A., Antonelli, A., Cindolo, L., Simeone, C., Puliatti, S., Micali, S., & Schips, L. (2019). Adherence to the EAU guidelines on Penile Cancer Treatment: European, multicentre, retrospective study. J Cancer Res Clin Oncol, 145(4), 21-926.

Brien, J. O’B., Perera, M., & Manning, T. (2017). Penile Cancer: Contemporary Lymph Node Management. J Urol, 197, 1387-1395.

Clark, P. E., Spiess, P. E., Agarwal, N., Boorjian, S. A., Buyyounouski, M. K., & Efstathiou, M. K. (2016). Guidelines in Oncology Penile Cancer. NCCN, 2, 1-41.

Couto, T. C., Arruda, R. M. B., Couto, M. C., & Barros, F. D. (2014). Epidemiological study of penile cancer in Pernambuco: experience of two reference centers. IBJU, 40, 738-44.

Cubilla, A. L. (1981). The role of pathologic prognostic factors in squamous cell carcinoma of the penis. World J Urol, 27, 169-177.

Hakenberg (Chair), O. W., Compérat, E., Minhas, S., Necchi, A., Protzel, C., & Watkin, N. (2016). Guidelines on Penile Cancer. EAU, 1-34.

Jiun-Hung, G. A., Shu-Pi, H. A. B., & Chao-Yuan, H. (2015). Prognostic factors in Taiwanese patients with penile-invasive squamous cell carcinoma. KJMS, 31, 523-8.

Li, K., Sun, J., Wei, X., Wu, G., Wang, F., Fan, C., & Yuan, H. (2019). Prognostic value of lymphovascular invasion in patients with squamous cell carcinoma of the penis following surgery. BMC Cancer, 19(1), 476.

Li, Z., Li, X., Zhang, X., Chen, P., Wang, B., Chen, X., Han, H., & Zhou, F. (2020). Prognostic significance of common preoperative laboratory variables in penile squamous cell carcinoma. Int J Urol, 27(1), 76-82.

Magoha, G. A., & Ngumi, Z. W. (2000). Cancer of the penis at Kenyatta National Hospital. East Afr Med J, 77(10), 526-30.

Menach, O. P., Patel, A., & Oburra, H. O. (2014). Demography and Histologic Pattern of Laryngeal Squamous Cell Carcinoma in Kenya. Int J Otol, 7.

Munhoz, T. N., Santos, I. S., & Nunes, B. P. (2017). Trends in alcohol abuse in Brazilian state capitals from 2006 to 2013: an analysis of data from the VIGITEL survey. Cad Saude Publica, 7(7), 33.

Narayama, A. S. (1982). Onley LE, Loening AS. Carcinoma of the penis, analysis of 219 cases. Cancer, 15, 2185-2191.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.https://repositorio.ufsm.br/bi tstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Ornellas, A. A., Seixas, A. L., Marota, A., Wisnescky, A., Campos, F. de., & Moraes, J. R. (1994). Surgical treatment of invasive squamous cell carcinoma of the penis: Retrospective analysis of 350 cases. J Urol, 151, 1244.

Shah, A. A., Shah, H. A., & Panjwani, G. N. (2017). Prognostic factors and 5 year survival of patients with carcinoma penis: Tertiary health center study Indian. J Cancer, 11, 309-312.

Teh, J., Duncan, C., Qu, L., Guerra, G., Narasimhan, V., Pham, T., & Lawrentschuk, N. (2020). Inguinal lymph node dissection for penile cancer: a contemporary review. Transl Androl Urol, 9(6), 3210-3218.

Wen, S., Ren, W., Xue, B., Fan, Y., Jiang, Y., & Zeng, C. (2018). Prognostic factors in patients with penile cancer after surgical Management. World J Urol, 6(3),435-440.

Downloads

Publicado

28/02/2021

Como Citar

SANTOS, K. M. dos; BARROS, F. D. de; ARAUJO-MARIZ, C. de . Câncer de pênis e fatores associados a metástases em linfonodos inguinais. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e55810212854, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12854. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12854. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde