Direito à saúde e judicialização no acesso a tratamentos de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13091Palavras-chave:
Direito; Direito à Saúde; Judicialização da Saúde; Acesso aos Serviços de Saúde; Sistema Único de Saúde; Acesso Efetivo aos Serviços de Saúde; Bioética.Resumo
O presente artigo pauta-se na judicialização do acesso aos atendimentos de alta e média complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), assim consideradas as demandas judiciais movidas contra o SUS pedindo atendimentos que demandam alta densidade tecnológica e/ou exigência de expertise e habilidades especiais acima dos padrões médios, com baixa frequência relativa; e com alto custo unitário e/ ou do tratamento. Iniciado através de revisão bibliográfica, valendo-se de raciocínio indutivo, o trabalho desenvolvido busca expor a ineficiência e omissão do Sistema Único de Saúde pela apreciação de resultados de estudos referentes às demandas judiciais que tocam ao direito à saúde, considerando que a necessidade de intervenção judicial nesta matéria reflete a falha na via administrativa de cumprir com a proteção constitucional ao direito à saúde, fortemente positivada no ordenamento jurídico brasileiro, da Lei Maior às normas infraconstitucionais e atos administrativos dos órgãos que compõem o Sistema Único de Saúde, bem como, de forma complementar, na iniciativa privada.
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