Estudo de caso: Em alojamento de aves poedeiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.13170Palavras-chave:
Produção animal; Risco químico; Bioaresois.Resumo
As emissões de poeira de aves de postura em grande escala podem ter impactos negativos à saúde e ao meio ambiente. Desta forma, o presente estudo objetivou medir e comparar as concentrações de poeira em ambientes de trabalho de galpões de poedeira. As medições de poeira foram realizadas durante um ciclo produtivo/dia em três galpões: galpão convencional (com e sem ventilação artificial) e galpão californiano, localizados no nordeste brasileiro. Para as variáveis ambientais (temperatura, umidade, velocidade do ar, carga térmica radiante e índice de bulbo úmido) foi utilizado equipamento analisador de ambiente multi-funções conectado a microcontrolador Arduino. A poeira foi coletada por bomba gravimétrica, calibrada para uma vazão de 1,7 min. L-1 de ar com 5% de variação admitida, acopladas a ciclone de poeira respirável com cassete, contendo filtro de membrana de PVC (polímero de cloreto de polivinila) de 5µm de poro e 37 mm de diâmetro previamente esterilizado. As bombas de amostragem foram acopladas a vestimenta do trabalhador, sendo retiradas ao final do dia de trabalho, o tamanho da poeira coletada foi analisado medição do tamanho das partículas por microscopia foi o diâmetro de Feret com o uso de microscópio ótico, com aumento óptico em 5x. Dentre as variáveis do ambiente, umidade e ventilação do ar estiveram dentro do que prescreve a NR-17, ergonomia, já temperatura este acima do desejado de 20ºC e 23ºC, no entanto para as aves, os galpões G1 e G2 mostraram condições térmicas adequadas, dentro dos limites de 21 e 28 ºC. A poeira analisada, em sua quantidade mostrou-se acima dos limites recomendados para poeira animal de 0,23mg/m3 para poeira animal, nos tamanhos e dimensões a maior frequência (42%) à poeira torácica (<25µm) e inalável (<100µm).
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