A Formação Continuada e suas Implicações na prática pedagógica de professores: uma reflexão possível
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13224Palavras-chave:
Formação continuada; Prática pedagógica; Prática reflexiva.Resumo
A formação continuada passou a ser uma das apostas da educação para o desenvolvimento profissional docente, considerando as rápidas mudanças que ocorrem no contexto educacional que requerem dos profissionais investimentos na própria formação. Este artigo refere-se a um recorte da pesquisa de revisão da literatura realizada para a fundamentação de um estudo em andamento em nível de mestrado e se propõe responder as seguintes problemáticas. Qual a relevância da formação continuada para o desenvolvimento das práticas pedagógicas dos professores? E qual é a contribuição da teoria do professor reflexivo na formação continuada? A metodologia foi de natureza qualitativa, a partir do método da revisão da literatura com o aporte da pesquisa bibliográfica e exploratória e, para as análises das informações extraídas de leituras realizadas em trinta artigos que dialogavam o tema em questão. Buscou-se apoio ao método da análise de conteúdo. Assim, o caminho metodológico do estudo permitiu ir em fontes confiáveis que exigem a maior compreensão crítica do pesquisador sobre relatos já existentes. Concluímos, então, que de acordo com o pensamento dos autores estudados: a) estar em constante processo de formação implica em investimento pessoal e é um contributo para a construção da identidade docente; b) a formação continuada é uma necessidade pessoal e institucional que acompanha a trajetória profissional do professor; c) O processo contínuo de formação não se caracteriza como a reciclagem, ou não se limita a uma mera atualização, treinamento ou capacitação do professor; d) A formação continuada requer aprendizagem ao longo da vida; e) Essa formação precisa ser vista como mecanismo de permanente capacitação reflexiva. Portanto, a relevância da formação continuada está na ampliação do conhecimento e na necessidade de reflexão sobre o ensinar e o aprender.
Referências
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70.
Barbosa, S. H. P. B., & Fernandes, M. C. da S. G. (2018). A teoria do professor reflexivo na formação continuada de professores: discurso vazio de conteúdo. Revista Eletrônica de Educação, v. 12, n. 1, p. 6-19. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf. Acesso em: 20 de jun. 2020.
Brasil. (2018). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96 de 20 de Dezembro de 1996. 2.ed. Brasília: Senado Federal, coordenação de Edições Técnicas.
Brasil. Mistério da Educação. (2006). Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Educação Básica. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Rede/catalg_rede_06.pdf. Acesso em: 19 de julho de 2019.
Contreras, J. (2002). Autonomia de Professores. Trad. Sandra Trabuco Valenzuela. São Paulo: Cortez.
Cunha, M. I. de. (2014). Pressupostos do desenvolvimento profissional docente e o assessoramento pedagógico na universidade em exame. In: Cunha, M. I. de. (Org.). Estratégias institucionais para o desenvolvimento profissional docente e as assessorias pedagógicas universitárias. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, p. 27-57.
Chizzotti, A. (2013). Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. 5. ed. Petrópolis-RJ: Vozes.
Ferreira, N. S. C. (2006). Formação continuada e gestão da educação no contexto da “cultura globalizada”. In: FERREIRA, N. S. C. (Org.). Formação Continuada e Gestão da Educação. 2.ed. São Paulo: Cortez.
Gil. A. C. (2008). Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.
Imbernón, F. (2010). Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed.
Imbernón, F. (2001). Formação docente e profissional - formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez.
Lima, M. S. L., & Pimenta, S. G. (2001). A formação contínua do professor nos caminhos e descaminhos do desenvolvimento profissional. Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/001183634. Acesso em 20 de jun. de 2020.
Nóvoa, A. (1992). Coord. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote. Disponível em: http://hdl.handle.net/10451/4758. Acesso em; 8 ago. 2019.
Pereira, A.S., Shitsuka, D.M., Parreira, F.J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [eBook]. Santa Maria. Ed. UAB / NTE / UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em 02 de março de 2021.
Schön, D. A. (1987). Educating the reflective practitioner. San Francisco: Jossey-Bass, p. 355.
Veloso. C., & Sobrinho. J. A. de C. M. (2019). Contribuições da formação continuada na ótica do professor de Ciências Naturais. Revista Retratos da Escola. Brasília, v.11, n.20, p. 309-321, jan. / jun. 2017. Disponível em: http://www.esforce.org.br. Acesso em 16 jun.
Silva, V. L. R. da, & Cunha, M. I. (2018). Formação e desenvolvimento profissional docente: desafios para o contexto inicial da docência universitária. In: Wiebusch, E. M., & Vitória, M. I. C. (Org.). Estreantes no ofício de ensinar na educação superior. Porto Alegre: EDIPUCRS, p.43-63.
Vasconcellos, K. R., & Bernardo, E. (2016). Profissionalização docente: reflexões e perspectivas no Brasil. Educação & Formação, v. 1, n. 2, p. 208-222.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cristiane Cruz de Oliveira Menezes; Dnávia Miranda Neves Lobato; Vera Lúcia Reis da Silva Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.