Detecção de brucelose em bovinos e avaliação de fatores de risco associados a doença em trabalhadores de frigorífico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13248Palavras-chave:
Brucella spp.; Abate bovino; Magarefe; Zoonose.Resumo
A brucelose é uma antropozoonose causada por Brucella spp. Entre as espécies zoonóticas, B. abortus é a mais importante que afeta bovinos e pode ser facilmente transmitida aos seres humanos. O objetivo deste estudo foi investigar, a partir de levantamento epidemiológico e análise sorológica, a saúde animal e humana em relação a cepas lisas de Brucella spp. em um matadouro localizado na região sul do estado da Bahia. Para esse fim, foram coletadas amostras de sangue de trabalhadores e animais de um matadouro que possui Serviço de Inspeção Estadual. Em seguida, o teste de antígeno tamponado acidificado foi realizado para animais e humanos; o teste de aglutinação em tubo, foi realizado apenas para humanos; e o teste de fixação do complemento e 2-mercaptoetanol foram realizados apenas em animais. Em adição, foi realizada, pesquisa epidemiológica a partir da aplicação de questionários aos trabalhadores para avaliar os fatores de risco para a doença. Após análise dos dados, concluiu-se que a infecção por cepas lisas de Brucella spp. foi detectada em 14,0% dos bovinos. Além disso, um trabalhador de 41 funcionários avaliados foi reativo à doença.
Referências
Alves, A. J. S., Gonçalves, V. S. P., Figueiredo, V. C. F. D., Lôbo, J. R., Bahiense, L., Amaku, M., ... & Dias, R. A. (2009). Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado da Bahia. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 61, 6-13. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-09352009000700002
Antoniassi, N. A. B., Juffo, G. D., Pescadora, C. A., Corbellini, L. G., Sonne, L., Gomes, M. J. P., ... & Driemeier, D. (2016). Ocurrence and caracterization of bovine abortion caused by Brucella abortus infection in southern Brazil. Archivos de Medicina Veterinaria, 48(1), 43-49. doi: 10.4067/S0301-732X2016000100006
Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. (2017a) Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT).
Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. (2017b) IN 34, de 9 de setembro de 2017 Requisitos para diagnóstico de brucelose por laboratórios da Rede Mapa.
Brasil. Ministério da agricultura pecuária e abastecimento. (2017c) Decreto No 9.069, de 31 de março de 2017 dispõe sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal (RIISPOA).
Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. (2017d) Instrução Normativa SDA 10, de 3 de Março De 2017. Capítulo III que dispões acerca da Vacinação Contra a Brucelose.
Brasil. Ministério da Saúde. (2019) Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Estadual de Brucelose Humana: Manejo clinico e vigilância em saúde. Núcleo de Comunicação DIVE/SC.
Corbel, M. J. (2006). Brucellosis in humans and animals. World Health Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/43597
de Macedo, A. A., Galvão, N. R., Sá, J. C., da Silva, A. P. D. C., da Silva Mol, J. P., Dos Santos, L. S., ... & de Carvalho Neta, A. V. (2019). Brucella-associated cervical bursitis in cattle. Tropical animal health and production, 51(3), 697-702. doi: https://doi.org/10.1007/s11250-018-1745-x
Emy, K. S., Misaco, W., Chusniati, S. & Maslachah, L. (2018) Isolation and identification of Brucella suis in pigs as zoonotic disease in endemic areas of east Java, Indonesia. African Journal of Infectious Diseases;12(1),148-51. doi: 10.2101/Ajid.12v1S.22
Foster, G., Osterman, B. S., Godfroid, J., Jacques, I., & Cloeckaert, A. (2007). Brucella ceti sp. nov. and Brucella pinnipedialis sp. nov. for Brucella strains with cetaceans and seals as their preferred hosts. International journal of systematic and evolutionary microbiology, 57(11), 2688-2693. doi: 0.1099/ijs.0.65269-0
Hyeda, A., & Sbardellotto, F. Exposição acidental à vacina da brucelose. https://cdn.publisher.gn1.link/rbmt.org.br/pdf/v9n2a02.pdf
Jahans, K. L., Foster, G., & Broughton, E. S. (1997). The characterisation of Brucella strains isolated from marine mammals. Veterinary microbiology, 57(4), 373-382. doi: https://doi.org/10.1016/S0378-1135(97)00118-1
Kang, Y. S., Brown, D. A., & Kirby, J. E. (2019). Brucella neotomae recapitulates attributes of zoonotic human disease in a murine infection model. Infection and immunity, 87(1). doi: https://doi.org/10.1128/IAI.00255-18
Meirelles-Bartoli, R. B., & Mathias, L. A. (2010). Estudo comparativo entre os testes adotados pelo PNCEBT para o diagnóstico sorológico da brucelose em bovinos. Arquivos do Instituto Biológico, 77(1), 11-17. doi: https://doi.org/10.1590/1808-1657v77p0112010.
Mühldorfer, K., Wibbelt, G., Szentiks, C. A., Fischer, D., Scholz, H. C., Zschöck, M., & Eisenberg, T. (2017). The role of ‘atypical’Brucella in amphibians: are we facing novel emerging pathogens?. Journal of applied microbiology, 122(1), 40-53. doi: 10.1111/jam.13326
Osterman, B., & Moriyon, I. (2006). International committee on systematics of prokaryotes; subcommittee on the taxonomy of Brucella: minutes of the meeting, 17 September 2003, Pamplona, Spain. International journal of systematic and evolutionary microbiology, 56(5), 1173-1175. doi: https://doi.org/10.1099/ijs.0.64349-0
Paula, C. L. D., Mioni, M. D. S. R., Appolinário, C. M., Katayama, E. R., Allendorf, S. D., & Megid, J. (2015). Detection of Brucella spp. in unpasteurized cow milk by polymerase chain reaction (PCR). Arquivos do Instituto Biológico, 82. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1808-1657000252013
Paulin, L. M., Prado, G. E. S., Federsoni, I. S. P., Teixeira, A. C., Castro, V., & Genovez, M. E. (2002). Estudo comparativo dos testes 2-mercaptoetanol e reação de fixação do complemento no sorodiagnóstico da brucelose bovina. Arquivos do Instituto Biológico, 69(4), 41-47. http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/docs/arq/V69_4/paulin.pdf
Petry, A. C., Castro, B. G., & Freitas, F. (2019). Research of antibodies anti-Brucella abortus e anti-Brucella canis in dogs domiciled in dairy farms in the medium-north region of Mato Grosso. Scientific Electronic Archives, 12(2), 114-117. doi: https://doi.org/10.36560/1222019636
Ribeiro, A. C., McAllister, A. J., & Queiroz, S. A. D. (2003). Effect of culling reasons on lifetime profitability measures of dairy cows in Kentucky. Revista Brasileira de Zootecnia, 32(6), 1737-1746. doi: https://doi.org/10.1590/S1516-35982003000700025
Ribeiro, C. M., de Carvalho, J. L. B., de Santis Bastos, P. A., Mendes, R. G., Katagiri, S., & da Costa, V. M. (2020). Spatial and temporal trend analysis of bovine brucellosis in Brazil, 2014 to 2018. Semina: Ciências Agrárias, 41(4), 1279-1290. doi: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n4p1279
Rónai, Z., Kreizinger, Z., Dán, Á., Drees, K., Foster, J. T., Bányai, K., ... & Gyuranecz, M. (2015). First isolation and characterization of Brucella microti from wild boar. BMC veterinary research, 11(1), 1-6. doi: https://doi.org/10.1186/s12917-015-0456-z
Schneider, R. C., Santos, M. D., Lunardi, M., Benetti, A. H., Camargo, L. M., Freitas, S. H., ... & Costa, D. S. (2013). Prevalence of brucellosis and risk factors associated with its transmission to slaughterhouse employees in the Cuiaba metropolitan area in the state of Mato Grosso. Semina: Ciências Agrárias, 34(5), 2367-2373. doi: 10.5433/1679-0359.2013v34n5p2367
Scholz, H. C., Hofer, E., Vergnaud, G., Fleche, P. L., Whatmore, A. M., Dahouk, S. A., ... & Tomaso, H. (2009). Isolation of Brucella microti from mandibular lymph nodes of red foxes, Vulpes vulpes, in lower Austria. Vector-borne and zoonotic diseases, 9(2), 153-156. doi: 10.1089/vbz.2008.0036
Scholz, H. C., Hubalek, Z., Sedláček, I., Vergnaud, G., Tomaso, H., Al Dahouk, S., ...& Nöckler, K. (2008). Brucella microti sp. nov., isolated from the common vole Microtus arvalis. International journal of systematic and evolutionary microbiology, 58(2), 375-382. doi: 10.1099/ijs.0.65356-0
Scholz, H. C., Nöckler, K., Göllner, C., Bahn, P., Vergnaud, G., Tomaso, H., ... & De, B. K. (2010). Brucella inopinata sp. nov., isolated from a breast implant infection. International journal of systematic and evolutionary microbiology, 60(4), 801-808. doi: 10.1099/ijs.0.011148-0
Skendros, P., & Boura, P. J. R. S. T. (2013). Immunity to brucellosis. Revue scientifique et technique (International Office of Epizootics), 32(1), 137-147. doi: 10.20506/rst.32.1.2190
Soares, C. D. P. O. C., Teles, J. A. A., Santos, A. F. D., Silva, S. O. F., Cruz, M. V. R. A., & Silva-Júnior, F. F. D. (2015). Prevalencia de la Brucella spp en humanos. Revista latino-americana de enfermagem, 23(5), 919-926. doi https://doi.org/10.1590/0104-1169.0350.2632.
Tortora, G. J., Funke, B. R., case, C.L. (2012). Microbiologia. 10ed. Porto alegre: artmed,. 934p.
Whatmore, A. M., Davison, N., Cloeckaert, A., Al Dahouk, S., Zygmunt, M. S., Brew, S. D., ... & Schlabritz-Loutsevitch, N. E. (2014). Brucella papionis sp. nov., isolated from baboons (Papio spp.). International journal of systematic and evolutionary microbiology, 64(Pt 12), 4120. doi: 10.1099/ijs.0.065482-0
Zygmunt, M. S., Jacques, I., Bernardet, N., & Cloeckaert, A. (2012). Lipopolysaccharide heterogeneity in the atypical group of novel emerging Brucella species. Clinical and Vaccine Immunology, 19(9), 1370-1373. doi: 10.1128/CVI.00300-12
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Thaise Marques Alves; Poliana de Castro Melo; Lilia Marcia Paulin Silva; Nathana Kyolla Santos de Carvalho; Amora Ferreira Menezes Rios ; Raphaella Barbosa Meirelles Bartoli; Carlos Augusto de Oliveira Júnior; Henrique Fernando Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.