Ação de fármacos sedativos para o desenvolvimento de delirium e perfil funcional de pacientes internados em unidades de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13588Palavras-chave:
Delirium; Sedativos; Disfunção Cognitiva; Limitação da mobilidade.Resumo
Introdução: Os sedativos são fármacos utilizados como auxiliares terapêuticos em pacientes sob cuidados intensivos. Dentre os possíveis desfechos controversos ao seu uso, as alterações cognitivas são pontuadas na literatura, com a encefalopatia aguda ou delirium, sendo a mais descrita. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium e caracterizar o perfil funcional dos indivíduos com delirium. Material e métodos: Estudo longitudinal, realizado em um hospital público da rede estadual, durante os meses de junho de 2019 a outubro (primeira quinzena) de 2020, com indivíduos acima de 18 anos, internados em unidades de terapia intensiva e enfermarias, por meio de escalas para avaliação de sedação, delirium e funcionalidade (Richmond Agitation Sedation Scale - RASS, Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit - CAM-ICU e Status Score for the Intensive Care Unit - FSS, respectivamente), com capacidade de verbalização e sem admissão via transferência externa. Resultados: Inclusos 104 pacientes com idade média de 59,7 ± 15,3 anos, sendo 53,2% do sexo masculino, com 49% sendo hipertensos e 79,8% negando tabagismo. Não houve significância estatística entre os fármacos sedativos para o desencadeamento de delirium. A maioria dos pacientes com delirium estavam no intervalo da FSS entre 0-15 no ambiente intensivo e 16-25 nas enfermarias. Considerações finais: Não há associação entre o uso de fármacos com ação sedativa e delirium. Houve alteração do perfil funcional, com os pacientes tornando-se dependentes moderados a máximos nas unidades intensivas e dependentes mínimos ou independentes nas enfermarias.
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