A inserção das atividades do nutricionista no âmbito do PNAE em escolares no município de Picuí-PB
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13630Palavras-chave:
Alimentação escolar; Avaliação nutricional; Teste de aceitabilidade.Resumo
Sendo um dos mais antigos programas públicos de complementação alimentar, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) desfruta de propostas como a suplementação das necessidades diárias dos escolares matriculados, com o objetivo de garantir a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e colaborar para a formação de bons hábitos alimentares. A obesidade e/ou sobrepeso associam-se com a quantidade e a qualidade da ingestão alimentar de crianças, fase essa onde a mesma não é totalmente independente e não tem autonomia em suas escolhas, incluindo as suas preferências. O estudo tem o objetivo de realizar e analisar antropometria para identificar agravos à saúde relacionados com a alimentação das crianças. A mesma pesquisa também objetivou identificar as porcentagens de aceitação dos cardápios, com o intuito de reconhecer prováveis inadequações sensoriais nas refeições oferecidas. Os resultados obtidos retrataram características da transição nutricional, que é marcada pelo aumento do indicador de sobrepeso/obesidade, tornando-se necessário atentar para o fato de que, mesmo que as porcentagens de eutrofia tenham se sobressaído em comparação as outras classificações, não deve ser descartada a presença de crianças abaixo ou acima do peso e/ou altura recomendados. A avaliação sensorial mostrou que a preparação não foi bem aceita obtendo nível médio de adesão e da mesma forma na creche não constatou-se boa aceitabilidade em função das características bem marcantes do prato servido, sendo uma delas o próprio sabor do ingrediente principal da refeição. Conclui-se então que os escolares necessitam de ações voltadas a educação nutricional e o cardápio servido deve ser repensado.
Referências
Avila, C., & Pinheiro, T. (2020). Aceitabilidade de preparações com cacau na alimentação escolar. Nutrição Brasil, 18(3), 127. doi: 10.33233/nb.v18i3.2159
Brasil. Ministério da Saúde. (2015). NutriSUS – Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó: manual operacional. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nutrisus_estrategia_fortificacao_alimentacao_infantil.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2011). Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf
Cordeiro, M. C., Pereira, B. A. D., & Ibiapina, D. F. N. (2020). Hábito alimentar, consumo de ultraprocessados e sua correlação com o estado nutricional de escolares da rede privada. Research, Society and Development, 9(3), e21932300-e21932300. doi: 10.33448/rsd-v9i3.2300
Costa, M. C., Sousa, A. F., Nascimento Lima, J. T., Sousa, S. D. F., Ferreira, F. V., & Azevedo Marques, A. R. (2018). Estado nutricional, práticas alimentares e conhecimentos em nutrição de escolares. Revista de Atenção à Saúde, 16(56), 12-17. doi: 10.1590/S0103-05822010000300008
Facchini, A., & Campagnolo, P. D. B. (2020). Consumo da alimentação escolar e qualidade da dieta de escolares. Revista da Associação Brasileira de Nutrição - RASBRAN, 11(1), 115-127. https://doi.org/10.47320/rasbran.2020.1377
Ferreira, D. T. D. O. (2017). Condição de peso em crianças de creches participantes do Programa Escola com Saúde. Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil. https://bdm.ufmt.br/handle/1/90
Ferreira, L. D., Dellandrea, S., Kormann, K., Vargas, D. M., & Azevedo, L. C. (2020). Um estudo sobre a eficiência da educação nutricional em adolescentes escolares. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 14(85), 199-206. http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1229
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Manual para aplicação dos testes de aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). http://Teste%20de%20%20 Aceitabilidade%20_%202a%20edicao%202017.pdf
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. (2020). Programa Nacional de Alimentação Escolar. Resolução Nº 06, De 08 De Maio De 2020. Recuperado de: https://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/13511-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-6,-de-08-de-maio-de-2020.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Área Territorial Estimada. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Recuperado em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pb/picui.html?.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Estimativa populacional. Recuperado de: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/picui/panorama.
LandimL. A. dos S. R., CordeiroM. C., BarbosaA. M., SeveroJ. S., IbiapinaD. F. N., & PereiraB. A. D. (2020). Avaliação nutricional, consumo alimentar e frequência de ultraprocessados em escolares da rede pública. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(5), e2427. https://doi.org/10.25248/reas.e2427.2020
Medeiros, M. S. (2016). Avaliação do estado nutricional dos pré-escolares de uma creche no município de Santa Cruz-RN (Bachelor's thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Recuperado de: https://monografias.ufrn.br/jspui/handle/123456789/2374
Oliveira, T.C.; Albuquerque, I.Z.; Stringhini, M.L.F.; Mortoza, A.S.; Morais, B.A. (2017). Estado nutricional de crianças e adolescentes hospitalizados: comparação entre duas ferramentas de avaliação nutricional com parâmetros antropométricos. Revista Paulista de Pediatria, v. 35, n. 3, p. 273-280. https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;3;00006
OMS. Organização Mundial de Saúde. (2006;2007). Growth reference data for 0-5 and 5-19 years. Recuperado em: http://www.who.int/childgrowth/en/ e http://www.who.int/growthref/en/
Pedraza, D. F., & de Menezes, T. N. (2016). Caracterização dos estudos de avaliação antropométrica de crianças brasileiras assistidas em creches. Revista Paulista de Pediatria, 34(2), 216-224.
Pedraza, D. F., Silva, F. A., Melo, N. L. S. D., Araujo, E. M. N., & Sousa, C. P. D. C. (2017). Estado nutricional e hábitos alimentares de escolares de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Ciência & saúde coletiva, 22, 469-477. Doi: 10.1590/1413-81232017222.26252015
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. AB/NTE/UFSM. Recuperado em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Prodanov, C. C., & de Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale.
Rocha, NP, Filgueiras, MDS, Albuquerque, FM de, Milagres, LC, Castro, APP, Silva, MA, Costa, GD da, Priore, SE, & Novaes, JF de. (2018). Análise do programa nacional de alimentação escolar no município de Viçosa, estado de Minas Gerais. Revista De Saúde Pública , 52 , 16. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052007090
Rocha, T., & Etges, B. (2019). CONSUMO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS E ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES. Biológicas & Saúde, 9(29). doi: 10.25242/886892920191402
Santos, A. F., Fernandes, C., Cardia, S., Fernandes, M., Bost, K. K., & Veríssimo, M. (2020). Concordância entre dados antropométricos reportados vs. medidos e relação com as práticas parentais alimentares em idade pré-escolar. Análise Psicológica, 38(1). Recuperado em : https://core.ac.uk/download/pdf/324203637.pdf
Silva, J. D. D., & Garcia, P. P. C. (2018). Avaliação e aceitabilidade do cardápio da alimentação escolar de uma creche pública no DF. Revista Científica. v. 1 n. 1 (2019). Recuperado em: http://189.112.117.16/index.php/revista-cientifica/article/view/175
Silva, T. F., & Vieira, V. B. R. (2019). Adesão e Aceitabilidade de Preparações do Cardápio de uma Escola Municipal do Interior do Estado de São Paulo/Sp. Revista Científica, 1(1). http://189.112.117.16/index.php/revista-cientifica/article/view/175
Souza, J., dos Santos, R. B., Cavalheiro, M. P., Soares, R. C., Sommer, R. M., & Dos Santos, L. P. (2017). Comparação da Classificação do Estado Nutricional Realizadas Manualmente e Utilizando o Anthro e Anthro Plus. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 9(2). Recuperado de https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/98816.
Souza, V. R., Ferreira, I., Leão, D. P., Barbosa, K. J. F., Guimarães, F. M. T., & Silva, A. R. A. (2020). Avaliação do Estado Nutricional de Escolares de uma Escola da Zona Leste da Cidade de Manaus. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia, 16(10), 1-13. https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/7168
Steil, W., & Poll, F. (2017). Estado nutricional, práticas e conhecimentos alimentares de escolares. Cinergis, 18(3), 226-232. doi: 10.17058/cinergis.v18i3.9385
Sturion, G. L. (2002). Programa de alimentação escolar: avaliação do desempenho em dez municípios brasileiros. Recuperado de: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/254938
Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP - Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição do Escolar da (CECANE). (2010). Manual para Aplicação dos Testes de Aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar–PNAE. Recuperado de: https://www.unifesp.br/campus/san7/images/cecane/manual_aplicacao_testes_aceitabilidade_programa_nacional_alimentacao_escolar.pdf
Viana, R., Fumagalli, L., & Ilha, P. (2020). Estado nutricional e fatores relacionados de escolares. Research, Society And Development, 9(1), 1-14. doi: 10.33448 / rsd-v9i1.1649
WHO. World Health Organization. (2008). child growth standards: training course on child growth assessment. Recuperado de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43601/9789241595070_B_eng.pdf.
Woyniak, R. P., & Ghisleni, C. P. (2012). Aceitação da proteína texturizada de soja em uma escola municipal rural de Barão de Cotegipe, RS. Recuperado em: https://www.uricer.edu.br/cursos/arq_trabalhos_usuario/3298.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jair Francisco de Lima Segundo; Maria Luiza Alves Souza; Ana Alice Domingos Pontes; Heloísa Maria Ângelo Jerônimo; Jefferson Carneiro de Barros; Ediane Deijaly dos Santos; Angélica Ferreira Barros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.