Efeito do gel de cafeína e do gel de cafeína associado à iontoforese em mulheres com lipodistrofia ginóide: um ensaio piloto randomizado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13813

Palavras-chave:

Iontoforese; Cafeína; Celulite; Lipodistrofia ginóide; Termografia; Tratamento.

Resumo

A cafeína tem sido amplamente utilizada para tratar a lipodistrofia ginóide (LDG). Apesar da cafeína ter sido considerada um tratamento promissor, faltam evidências científicas quanto ao seu efeito sobre o LDG quando associada à iontoforese ou outros equipamentos. Objetivamos avaliar os efeitos de um gel de cafeína sozinho e associado à iontoforese no tratamento de LDG. Em um ensaio clínico randomizado simples-cego, mulheres com LDG leve / moderado nas nádegas foram randomizadas para o grupo de cafeína tópica em gel (GC; n=10); grupo de cafeína em gel mais iontoforese (GCI; n=11) ou grupo iontoforese (GI; n=10). Os grupos foram tratados com 10 sessões, duas vezes / semana, 20 min / sessão. Os sujeitos foram avaliados pré e pós-tratamento por escala foto numérica de gravidade de LDG, imagem de ultrassom, termografia e questionário de qualidade de vida com avaliador cego. Houve redução estatística na espessura do tecido subcutâneo (P≤0,046), bem como no tecido subcutâneo mais a espessura da derme (P≤0,044) nas nádegas tanto no GC quanto no GCI. A redução de LDG foi semelhante entre CG e GCI, e essas reduções foram mais pronunciadas do que no GI (P<0,0001). Além disso, a qualidade de vida melhorou em todos os grupos (P<0,017). Concluímos que a cafeína usada topicamente, bem como a cafeína associada à iontoforese, foi eficaz para diminuir a camada de gordura subcutânea em mulheres com LDG.

Referências

Akomeah, F. K., Martin, G. P., & Brown, M. B. (2009). Short-term iontophoretic and post iontophoretic transport of model penetrants across excised human epidermis. International Journal of Pharmaceutics, 367, 162–168.

Atamoros, F. M. P., Pérez, D. A., Sigall, D. A., Romay, A. A. Á., Gastelum, J. A. B., Salcedo, José A de la Peña Salgado, Pablo E Escalante Palacios, G. J. G., Guerrero-Gonzalez, G. A., la Cerda, R. M. De, Olivera, R. M. P., Soriano, F. R., Tinoco, E. S., & Hernández, E. C. W. (2018). Evidence-based treatment for gynoid lipodystrophy: A review of the recent literature. J Cosmet Dermatol, 17(6), 977–983.

Bertin, C., Zunino, H., Pittet, J. C., Beau, P., Pineau, P., Massonneau, M., Robert, C., & Hopkins, J. (2001). No A double-blind evaluation of the activity of an anti-cellulite product containing retinol, caffeine, and ruscogenine by a combination of several non-invasive methodsTitle. J Cosmet Sci, 52(4), 199–210.

da Silva, C., Pinto, M., Barbosa, L., Filho, S., Rocha, L., & Gonçalves, R. (2013). Effect of ultrasound and hyaluronidase on gynoid lipodystrophy type II–An ultrasonography study. Journal of Cosmetic and Laser Therapy, 15(4), 231–236.

Emanuele, E. (2013). Cellulite: Advances in treatment: Facts and controversies. Clinics in Dermatology, 31(725), 730.

Hamishehkar, H., Shokri, J., Fallahi, S., Jahangiri, A., Ghanbarzadeh, S., & Kouhsoltani, M. (2015). Histopathological evaluation of caffeine-loaded solid lipid nanoparticles in efficient treatment of cellulite. Drug Development and Industrial Pharmacy, 41(10), 1640–1646.

Hexsel, D., do Prado, D. Z., Rao, J., & Goldman, M. P. (2006). Topical Management of Cellulite.

Hexsel, D. M., Dal’Forno, T., & Hexsel, C. L. (2009). A validated photonumeric cellulite severity scale. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, 23(5), 523–528.

Hexsel, D., & Soirefmann, M. (2011). Cosmeceuticals for Cellulite. Seminars in Cutaneous Medicine and Surgery, 30(3), 167–170.

Hexsel, D., Weber, M. B., Taborda, M. L., Dal’Forno, T., & Zechmeister-Prado, D. (2011). Celluqol® - instrumento de avaliação de qualidade de vida em pacientes com celulite. Surgical and Cosmetic Dermatology, 3(2), 96–101.

Iqbal, B., Ali, J., & Baboota, S. (2018). Recent advances and development in epidermal and dermal drug deposition enhancement technology. Journal of Dermatology, 57(6), 646–660.

Janda, K., & Tomikowska, A. (2014). Cellulite - causes, prevention, treatment. Ann Acad Med Stetin, 60(1), 29–38.

Kanikkannan, N. (2002). Iontophoresis-based transdermal delivery systems. BioDrugs, 16(5), 339–347.

Luo, L., & Lane, M. E. (2015). Topical and transdermal delivery of caffeine. International Journal of Pharmaceutics, 490(1–2), 155–164. https://doi.org/10.1016/j.ijpharm.2015.05.050

Mlosek, R. K., Debowska, R. M., Lewandowski, M., Malinowska, S., Nowicki, A., & Eris, I. (2011). Imaging of the skin and subcutaneous tissue using classical and high frequency ultrasonographies in anti cellulite therapy. Skin Research and Technology, 17, 461–468.

Nkengne, A., Papillon, A., & Bertin, C. (2013). Evaluation of the cellulite using a thermal infra-red camera. Skin Research and Technology, 19(1), 1–7.

Semalty, A., Semalty, M., Singh, R., Saraf, S., & Saraf, S. (2007). Iontophoretic drug delivery system: A review. Technology and Health Care, 15, 237–245.

Velasco, M. V. R., Tano, C. T. N., Machado-Santelli, G. M., Consiglieri, V. O., Kaneko, T. M., & Baby, A. R. (2008). Effects of caffeine and siloxanetriol alginate caffeine, as anticellulite agents, on fatty tissue: Histological evaluation. Journal of Cosmetic Dermatology, 7(1), 23–29.

Wagner, D. R. (2013). Ultrasound as a tool to assess body fat. Journal of Obesity, 2013. https://doi.org/10.1155/2013/280713

Wilczyński, S., Koprowski, R., Deda, A., Janiczek, M., Kuleczka, N., & Błońska‐Fajfrowska, B. (2017). Thermographic mapping of the skin surface in biometric evaluation of cellulite treatment effectiveness. Skin Research and Technology, 23(1), 61–69.

Downloads

Publicado

10/04/2021

Como Citar

QUESSADA , A. R. F. .; FURLANETTO, K. C.; ALVES, T. B. .; PIRES , O. I. .; PINTO, A. L. .; LONNI, A. A. S. G. .; ANDRAUS, R. A. C. . Efeito do gel de cafeína e do gel de cafeína associado à iontoforese em mulheres com lipodistrofia ginóide: um ensaio piloto randomizado . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e25710413813, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.13813. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13813. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde