Plantas alimentícias não convencionais: existem potenciais consumidores e locais para comprar?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14146Palavras-chave:
Soberania Alimentar; Biodiversidade; Agroecologia; Educação ambiental.Resumo
A procura por alimentos mais saudáveis e de maior qualidade, coletados em ambientes naturais e sem o uso de agrotóxicos são o destaque das plantas alimentícias não convencionais ganhando assim reconhecimento pela capacidade de melhorar a qualidade na alimentação de muitas famílias rurais e urbanas. As hortaliças não convencionais são aquelas com distribuição limitada, restringidas a determinadas localidades, tendo grande peso na alimentação e na cultura de populações tradicionais. Além disso, são espécies que não estão organizadas enquanto cadeia produtiva, não despertando o interesse comercial por parte das empresas do setor. Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi realizar pesquisa de campo com grupos de interesse potencial em PANC traçando seu perfil de consumo e identificar as PANC mais comumente encontradas em feiras de produtos orgânicos e agroecológicos no interior e capital Alagoana. Foram feitas visitas de campo as feiras de Maceió em que haviam relatos de comercialização das PANC e pesquisa com grupos de potencial interesse na temática de PANC: grupos de consumidores de produtos orgânicos e agroecológicos, grupos sobre o tema em redes sociais e alunos de agroecologia do campus Maragogi/IFAL. Todos os participantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa com grupos de interesse indicou que há público alvo tanto para a comercialização das PANC como também para produtos educacionais voltados a essa temática. Há várias opções de PANC que poderiam ser comercializadas pelos moradores dos assentamentos, seja in natura ou em produtos processados (agregando valor), assim podendo contribuir com a renda familiar.
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