Enfisema subcutâneo extenso após exodontia de terceiros molares: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14311Palavras-chave:
Enfisema subcutâneo; Complicações intraoperatórias; Extração dentária.Resumo
Introdução: O enfisema subcutâneo é um acidente onde ocorre a introdução forçada de ar para o interior dos tecidos, que na odontologia, pode surgir após o uso de caneta de alta rotação ou seringa tríplice. O aumento de volume associado ao enfisema pode ser confundido com hematomas, alergias ou infecções. O diagnóstico diferencial, por muitas vezes, é relacionado à presença de crepitações à palpação, associadas ou não, a dor. O tratamento se dá de forma profilática e paliativa, uma vez que o problema tende a se resolver de forma espontânea. Objetivo: Relatar um caso clínico de enfisema subcutâneo após a exodontia de terceiros molares, discutindo a importância do correto diagnóstico diferencial para guiar o tratamento desta complicação. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 22 anos, compareceu ao serviço de cirurgia buco-maxilo-facial de um hospital público de Recife-PE, queixando-se de dor em região de terceiro molar inferior esquerdo. Durante o procedimento cirúrgico foi necessário o uso de caneta de alta rotação para realizar a ostectomia e odontosecção do dente 38. Ao fim da cirurgia, observou-se um aumento de volume em região periorbital esquerda, compatível com enfisema subcutâneo. Após 7 dias de pós-operatório, observou-se a resolução espontânea do enfisema. Discussão: De acordo com literatura atual, após o enfisema já se encontrar sob a camada dérmica, pode o ar permanecer no local da cirurgia ou continuar se espalhando ao longo dos espaços faciais, a depender da permanência do jato de ar. Conclusão: O correto diagnóstico do enfisema subcutâneo foi eficaz para descartar outras complicações, guiar o manejo do caso reportado, além de evitar que o enfisema evolua para uma infecção com envolvimento da região cervicofacial ou torácica.
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