Parâmetros fisiológicos de uma sessão de exercício calistênico intermitente de alta intensidade em praticantes avançados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14480

Palavras-chave:

Treinamento intervalado de alta intensidade, Esforço físico, Sistema cardiovascular.

Resumo

O exercício calistênico intermitente de alta intensidade (ECIAI) é considerado um método eficaz e de baixo custo para a melhora da aptidão física e da composição corporal. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos agudos de uma sessão de ECIAI sobre percepção subjetiva ao esforço (PSE), saturação de oxigênio (SpO2) e variáveis hemodinâmicas em praticantes avançados. Foram avaliados 8 homens praticantes da modalidade Cross Training e CrossFit®. O protocolo consistiu em 4 séries com o máximo de execuções durante 30 segundos, seguido de 2 minutos de descanso. A PSE foi avaliada imediatamente após cada série. A SpO2, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram aferidas no repouso e imediatamente após cada série. Os valores foram expressos como a média ± desvio padrão da média. Não ocorreu diferenças entre as séries na PSE. Houve aumento da FC (bpm) após a realização das séries 1, 2, 3 e 4. Quanto a PAS (mmHg), foi observado aumento após as séries 2 e 3 quando comparado ao repouso. A PAD (mmHg) não foi alterada. A PAM (mmHg) aumenta imediatamente após série 2 e 3 quando comparado ao repouso. O Duplo Produto também apresentou aumento imediatamente após todas as séries quando comparado ao repouso. Os resultados do presente estudo indicam que o ECIAI promoveu importantes ajustes cardiorrespiratórios em adultos com experiência nessa modalidade de exercício. Estes efeitos caracterizam um esforço físico vigoroso e reforçam a importância do controle fisiológico da carga interna durante a sessão de treinamento.

Biografia do Autor

  • Tharciano Luiz Teixeira Braga da Silva, Centro Universitário Estácio de Sergipe

    Graduado em Educação Física pela Universidade Tiradentes/Sergipe (2005). Especialista em Fisiologia do Exercício Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2007). Mestre e Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe (2011 e 2015). Foi coordenador Adjunto do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio de Sergipe (2016-2019). Atualmente é docente do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio de Sergipe e colabora diretamente com os cursos de Biomedicina, Enfermagem e Fisioterapia. Pesquisador colaborador do Grupo de Pesquisa Biotecnologia e Inovação Terapêutica da Universidade Federal de Sergipe (Coordenador: Prof. Dr. Lucindo José Quintans Júnior) e do Grupo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Exercício da Universidade Estácio de Sá (Coordenador: Prof. Dr. Roger de Moraes). Possui experiência principalmente nas seguintes áreas de atuação: Exercício Físico, Medidas e Avaliações, Treinamento Desportivo, Esportes de Combate, Metodologia da Musculação, Anatomia (sistêmica e do aparelho locomotor), Cinesiologia e Biomecânica, Fisiologia (humana e do exercício), Farmacologia Cardiovascular, Educação Física Hospitalar, Prevenção e/ou Tratamento de doenças crônicas

  • Jadisson Gois da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

    Graduado em Educação Física Licenciatura (2016) e Bacharelado (2018) pela Faculdade Estácio de Sergipe (FASE). Especialização em Docência e Gestão do Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá (UNESA/2018). Durante a graduação foi membro da Liga Acadêmica de Cardiovascular (FASE); membro do Grupo de Pesquisa em Fisiologia do Esforço Físico (FASE); membro (representante discente) da Comissão Própria de Avaliação-CPA (FASE). Possui também Especialização em Saúde Mental pelo Programa de Pós-graduação (Lato sensu) em caráter de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde pelo Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), em que esteve lotado nos seguintes equipamentos de saúde: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III) Liberdade; CAPS infanto-juvenil Ivone Lara, Consultório na Rua e Projeto de Redução de Danos (PRD) - Aracaju/SE. Além disso, também cursa pós-graduação em Atenção à Saúde das Pessoas com Sobrepeso e Obesidade pelo Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS) financiado pelo Ministério da Saúde. Possui experiência em Educação Física Escolar com ênfase no processo de ensino e aprendizagem inclusivo e experiência em atividade física relacionada a saúde e melhora da qualidade de vida. Tem interesse nos temas: Educação Física Escolar, Práticas Corporais e Promoção da Saúde; Saúde Coletiva/Mental e Atividade Física no processo de saúde-doença-cuidado.

  • André Luiz Silva Santos, Universidade Federal de Sergipe

    Graduado em Educação Física Licenciatura (2014) e Bacharelado (2018) pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe/FASE. Especialista em Bases Fisiológicas do Treinamento Personalizado e Nutrição Esportiva pela Faculdade Casa do Estudante. Mestre em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de Sergipe. Integrante do Grupo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Exercício (GPFBE). Membro do Laboratório em Neurociência (LAPENE). Possui experiência em Fisiologia do Esforço com ênfase no sistema cardiovascular e na neurociência da dor.

  • Mycaelle Emily Santana da Cruz, Centro Universitário Estácio de Sergipe

    Graduada em Educação Física Bacharelado pela FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE (2018). Integrante do Grupo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Exercício (GPFBE). Principais áreas de estudo: Exercício resistido, artes marciais e grupos especiais com ênfase no sistema cardiovascular

  • Fabricio Nunes Macedo, Centro Universitário Estácio de Sergipe

    Bacharel em Ciências da Atividade Física e Esporte e doutor em Ciências Fisiológicas - Universidade Federal de Sergipe (UFS ). Mentre e Doutor em Ciências Fisiológicas (UFS ). Atua em pesquisas com enfoque no controle autonômico cardiovascular no exercício resistido e em diferentes doenças do sistema cardiovascular.

  • Vitor Ulisses de Melo, Universidade Federal de Sergipe

    Bacharel em Educação Física com habilitação em Ciência da Atividade Física e do Esporte pela Universidade Federal de Sergipe. Mestre e Doutor em Ciências Fisiológicas na mesma universidade com estágio doutoral na The University of Iowa (EUA). Integrante do Laboratório de Pesquisa em Neurociência, membro da American Physiological Society e Sociedade Brasileira de Fisiologia, pesquisador na área cardiovascular com ênfase no controle autonômico cardíaco.

  • Michael Nadson Santos Santana, Centro Universitário Estácio de Sergipe

    Graduado em Educação física com Habilitação em Ciências da Atividade Física e Esportes pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2013). Mestre em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2015). Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Sergipe (2019). Possui experiência na área de exercício resistido e controle autonômico cardiovascular com ênfase no controle neural da pressão arterial. Atualmente é Professor Adjunto II da Faculdade Estácio de Sergipe e exerce pesquisas sobre o efeito do exercício físico sobre o sistema cardiovascular

  • Marcelo Mendonça Mota, Centro Universitário Estácio de Sergipe

    Possui graduação em Educação Física pela Universidade Tiradentes (2005), especialização em Fisiologia do Exercício Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2007), mestrado (2010) e doutorado (2014) em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe. Atualmente é coordenador e professor dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física da Estácio de Sergipe. Pesquisador Líder do Grupo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Exercício (GPFBE) atuando em pesquisas relacionadas aptidão física e risco cardiovascular, efeitos agudos e crônicos do exercício físico na terceira idade e efeitos fisiológicos e bioquímicos dos esportes de combate. Pertence também ao Grupo de Pesquisa em Biotecnologia e Inovação Terapêutica do Departamento de Fisiologia da UFS/SE. Recentemente passou a integrar o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - BaSis/INEP para os atos regulatórios de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação.

Referências

Chaves, L. M. S. et al. (2020). Calisthenics and bodyweight exercises: different concepts or scientific synonyms? Rev Bras Fisiol Exerc. 2020 19(1):13-15. https://doi: https://doi.org/10.33233/rbfe.v19i1.3985.

Forjaz, C. L. et al. (1998). Post-exercise changes in blood pressure, heart rate and rate pressure product at different exercise intensities in normotensive humans. Braz J Med Biol Res. 1998. 31 (10): 1247-1255. https://doi: 10.1590/S0100-879X1998001000003.

Forjaz, C.L., & Tinucci T. (2000). A medida da pressão arterial no exercício. Rev Bras Hipertens. 7 (1): 79-87.

Foster, C. (1998). Monitoring training in athletes with reference to overtraining syndrome. Med Sci Sports Exerc. 30 (7): 1164-8. https://doi: 10.1097/00005768-199807000-00023.

Galy, O. (2005). Is exercise-induced arterial hypoxemia in triathletes dependent on exercise modality? Int J Sports Med. 26 (9): 719-26. https://doi: 10.1055/s-2005-837446.

Gist, N. H., Freese, E. C., & Cureton, K. J (2014). Comparison of responses to two high-intensity intermittent exercise protocols. Journal of Strength and Conditioning Research. 28 (11): 3033–40, https://doi: 10.1519/JSC.0000000000000522.

Kalra, S., & Roitman, J. L. (2007). Exercise and acute cardiovascular events: placing the risks into perspective: a scientific statement from the american heart association council on nutrition, physical activity, and metabolism and the council on clinical cardiology. Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation and Prevention. 27 (4): 255–6. https://doi: 10.1097/01.HCR.0000281778.10468.d8.

Machado, A. F. et al. (2017). High-intensity interval training using whole-body exercises: training recommendations and methodological overview. Clin Physiol Funct Imaging. https://doi: 10.1111/cpf.12433.

McRae, G. et al. (2012). Extremely low volume, whole-body aerobic–resistance training improves aerobic fitness and muscular endurance in females. Appl Physiol Nutr Metab. 37 (6): 1124–31, https://doi: 10.1139/h2012-093.

Neto, G. R. et al. (2016). Acute resistance exercise with blood flow restriction effects on heart rate, double product, oxygen saturation and perceived exertion. Clin Physiol Funct Imaging. 36 (1): 53-9. https://doi: 10.1111/cpf.12193.

Nummela, A., Hämäläinen, I., & Rusko, H. (2002). Effect of hyperoxia on metabolic responses and recovery in intermittent exercise. Scand J Med Sci Sports. 12 (5): 309-15. https://doi: 10.1034/j.1600-0838.2002.10157.x.

Paula , C. C. et al. (2020). Treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) como alternativa viável para induzir a prevenção de doenças respiratórias: um ponto de vista da imunologia do exercício durante o surto de COVID-19. Research, Society and Development, 9 (10), e7069109186. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9186

Peeling, P., & Andersson, R. (2011). Effect of hyperoxia during the rest periods of interval training on perceptual recovery and oxygen re-saturation time. J Sports Sci. 29 (2): 147-50. https://doi: 10.1080/02640414.2010.526133.

Santos, A. L. S et al. (2018). Comportamento da frequência cardíaca e da saturação de oxigênio durante um combate simulado de jiu-jitsu em participantes acima de 30 anos de idade. Revi Bras de Prescri e Fisiol do Exerc. 12 (74): 333-338.

Schaun, G. Z. et al. (2018). Whole-body high-intensity interval training induce similar cardiorespiratory adaptations compared with traditional high-intensity interval training and moderate-intensity continuous training in healthy men. Journal of Strength and Conditioning Research. 32 (10): 2730–42, https://doi: 10.1519/JSC.0000000000002594.

Schaun, G. Z., & Vecchio, F. B. D. (2018). High-intensity interval exercises’ acute impact on heart rate variability: comparison between whole-body and cycle ergometer protocols. Journal of Strength and Conditioning Research. 32 (1): 223-229, https://doi: 10.1519/JSC.0000000000002180.

Scott, B. R et al. (2015). Physical performance during high-intensity resistance exercise in normoxic and hypoxic conditions. J Strength Cond Res. 29 (3): 807-15. https://doi: 10.1519/JSC.0000000000000680.

Thomas, J. R. et al. (2012). Métodos de pesquisa em atividade física. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

Tucker, W. J. et al. (2015). Physiological responses to high-intensity interval exercise differing in interval duration. Journal of Strength and Conditioning Research. 29 (12): 3326–35, https://doi: 10.1519/JSC.0000000000001000.

Weston, M. et al. (2014). Effects of low-volume high-intensity interval training (HIT) on fitness in adults: A Meta-Analysis of Controlled and Non-Controlled Trials. Sports Med. 44:1005–1017:13, https://doi: 10.1007/s40279-014-0180-z.

Downloads

Publicado

2021-04-26

Edição

v. 10 n. 5

Seção

Ciências da Saúde

Licença

Copyright (c) 2021 Tharciano Luiz Teixeira Braga da Silva; Jadisson Gois da Silva; André Luiz Silva Santos; Mycaelle Emily Santana da Cruz; Fabricio Nunes Macedo; Vitor Ulisses de Melo; Michael Nadson Santos Santana; Marcelo Mendonça Mota

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.

Como Citar

Parâmetros fisiológicos de uma sessão de exercício calistênico intermitente de alta intensidade em praticantes avançados. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e2510514480, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14480. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/14480. Acesso em: 27 ago. 2025.