Ensino de Astronomia para pessoas com deficiência visual: Um levantamento sobre a produção bibliográfica em congressos no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.14604

Palavras-chave:

Astronomia; Deficiência visual; Cego; Ensino.

Resumo

Uma das ciências mais antigas, a Astronomia sempre instigou a curiosidade do ser humano. No entanto, ela não vem sendo ensinada dentro das escolas da maneira como deveria ser. Além disso, com o surgimento da Lei Brasileira de Inclusão[1], o número de alunos com deficiência visual vem aumentando nas escolas. Porém, os educadores, em grande parte, não são preparados para trabalhar Astronomia na sala de aula, muito menos com alunos com deficiência visual. Diante dessa realidade, foi proposto neste trabalho, uma revisão bibliográfica, para investigar as tendências da pesquisa brasileira em Ensino de Astronomia para pessoas com deficiência visual, além de auxiliar educadores em sua busca por fontes para trabalhar este tópico com seus alunos. A pesquisa foi realizada junto aos anais de seis congressos brasileiros. A análise dos dados foi feita com base na Análise de Conteúdo por categorização a partir de três descritores. Algumas conclusões obtidas mostram que o número de pesquisas na área, apesar de serem poucas, vem aumentando nos últimos anos. Além disso, pesquisas vêm sendo feitas não somente no ambiente escolar, mas também fora das escolas. Notou-se também que a maioria das publicações envolvem fabricação e uso de matérias táteis, por serem mais fáceis e práticos de trabalhar, além da possibilidade de serem fabricados com materiais de baixo custo.    

 

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Publicado

28/06/2021

Como Citar

SANTOS, A. L. M. .; PAGANOTTI, A.; LEÃO, A. R. C. . Ensino de Astronomia para pessoas com deficiência visual: Um levantamento sobre a produção bibliográfica em congressos no Brasil . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 7, p. e44310714604, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i7.14604. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14604. Acesso em: 22 abr. 2025.

Edição

Seção

Ciências Educacionais