O Turnover dos profissionais de saúde na Estratégia Saúde da Família do Município de Rio Grande do Piauí-PI
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14744Palavras-chave:
Rotatividade; Estratégia saúde da família; Satisfação no trabalho; Saúde pública.Resumo
Este estudo analisa o turnover dos profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família do município Rio Grande do Piauí. Busca verificar a influência desse fenômeno nos integrantes das equipes e na qualidade dos serviços de saúde prestados à população. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, em que foi aplicada entrevista com os sujeitos da pesquisa e analisado o índice e a média anual de turnover, além dos tipos de vínculos das contratações da ESF do município. Os resultados demonstram uma taxa de rotatividade instável, sendo alta em determinados períodos, além disso, a instabilidade também predomina na forma de contratação dos profissionais, sendo 75% por prazo determinado. A análise das entrevistas indica como principais causas da rotatividade a insatisfação desses profissionais, devido ao estilo de gestão autoritário, às condições de trabalho precárias, problemas de estrutura, sobrecarga de trabalho, ausência de leis trabalhistas que tragam segurança ao servidor e, sendo o principal problema, o fato de profissionais residirem em outros municípios. Esse contexto demonstra a necessidade de buscar melhorias em relação à liderança, às condições de trabalho, ao modo de gerir os recursos públicos, para que as práticas da ESF sejam realizadas na sua integralidade.
Referências
Arantes, L. J., Shimizu, H. E., & Hamann, E. M. (2016). Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade de Brasília. Brasília DF.
Agapito, P. G., Filho, A. P., & Siqueira, M. M. M. (2015). Bem-estar no trabalho e percepção de sucesso na carreira como antecedentes de intenção de rotatividade. RAM, Rev. Adm. Mackenzie, 16(6), 71-93.
Borges, N. S., Santos, A. S., & Fischer, L. A. (2019). Estratégia de Saúde da Família: Impasses e desafios atuais. Saúde em Redes.
Bardin, L. (2004). Análise de Conteúdo (L' Analyse de Contenu). Lisboa: Presses Universitaires de France.
Campos, C. V. A. (2005). Por que o médico não fica? Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família do município de São Paulo. São Paulo: Escola de Administração de Empresas.
Campos, C. V. D. A., & Malik, A. M. (2008). Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família. Rio de Janeiro: RAP.
Cunha, N. C., & Martins, S. M. (2015). Retenção de talentos frente às mudanças no mercado de trabalho: uma pesquisa bibliográfica. Revista Getec, 4 (8), 90-109.
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE. (2016). Rotatividade no mercado de trabalho brasileiro: 2012 a 2014. São Paulo, SP.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatatística - IBGE. Censo demográfico, 2010. (2020). Obtido em 02 de dezembro de 2020, de https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados.
Korn Ferry 2019. (2020). The Global Talent Crunch. Obtido em 10 de novembro de 2020 em http://www.kornferry.com/future-of-work.
Longo, F. (2007). Mérito e flexibilidade: gestão das pessoas no setor público. São Paulo: Fundap.
Medeiros, C. R. G., Junqueira, A. G. W., Schwingel, G., Carreno, I., Jungles, L. A. P., & Saldanha, O. M. F. L. (2010). A rotatividade de enfermeiros e médicos: um impasse na implementação da Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva.
Mota, M. M., Levy, E., & Coelho, F. (2016). Fatores que Afetam a Rotatividade e Evasão de Talentos na Administração Pública Brasileira – O Caso dos Gestores Públicos. Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração - CONSAD.
Magnago, C., & Pierantoni, C. R. (2015). Dificuldades e estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, na perspectiva dos gestores locais: a experiência dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ) Saúde Debate, 39(104), 9-17.
Minayo, M. C. S. (2001). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.
Santos, R. C. A., & Miranda, F. A. N. (2016). Importância do vínculo entre profissional-usuário na Estratégia Saúde da Família. Revista de Enfermagem/ UFSM, 6(3), 350-359.
Política Nacional de Atenção Básica – PNAB. (2012). Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde.
Tonelli, B. Q., Leal, A. P. R., Tonelli, W. F. Q., Veloso, D. C. M. D., Gonçálves, D. P., & Tonelli, S. Q., (2018). Rotatividade de profissionais da Estratégia Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Revista da Faculdade de Odontologia/UPF, Passo Fundo, 23(2), 180-185.
Tamayo, A., & Paschoal, T. (2003). A relação da motivação para o trabalho com as metas do trabalhador. Revista de Administração Contemporânea, 7(4), 33-54.
Universidade Federal do Piauí. (2018). Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Administração à Distância. Teresina: UFPI.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marceane Barros Lourenço; Kairlane Soares da Silva; Flávia Lorenne Sampaio Barbosa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.