Residência médica de pediatria: Limites e possibilidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14868

Palavras-chave:

Pós-Graduação; Residência Médica; Pediatria; Saúde; Ensino.

Resumo

A Pós-Graduação em Medicina é uma etapa peculiar na Educação Médica, tendo na Residência Médica sua forma de especialização de caráter regular e permanente, e considerada padrão ouro na formação do médico. O estado do Maranhão tem uma das médias mais baixas, no que tange à relação profissionais médicos para cada grupo de mil pessoas. Em 2016 foi implementada a residência em Pediatria na rede estadual de saúde e buscamos através deste trabalho compreender a percepção dos médicos, residentes em Pediatria e preceptores, acerca de sua experiência nesse Programa de Residência Médica. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com abordagem qualitativa, e utilizamos como método para coleta de dados a entrevista semiestruturada onde entrevistamos 7 residentes e 13 preceptores. A pesquisa foi realizada de maio de 2019 a março de 2020, em um hospital de referência em Pediatria da rede estadual. Os resultados reafirmam a importância da residência médica, bem como apontam para a necessidade de redimensionamento da política de preceptoria médica da Secretaria de Saúde do Estado, no que se refere principalmente a importância de protocolos clínicos nos hospitais da rede, educação continuada na formação de médicos preceptores, revisão de contratos com grupos médicos que incluam a responsabilidade quanto à preceptoria médica, implementação de processo de avaliação de preceptores e definição de suas competências pedagógicas e responsabilidades técnicas.

Biografia do Autor

Claudia Barbastefano Monteiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac (1986), Habilitação em Enfermagem de Saúde Pública pela Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac (1987), Licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1995), pós-graduação lato sensu em Assistência ao Psicótico, pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ/IPUB (2000) e mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2004). Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2019). Servidora  do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil/UFRJ no cargo de enfermeira assistencial das enfermarias e  preceptora da Escola de Enfermagem Anna Nery e da Residência Multiprofissional do IPUB/UFRJ. Atualmente no Polo de assistência em saúde mental dos trabalhadores da UFRJ - SAPS.  Experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Psiquiátrica, atuando principalmente nos seguintes temas: enfermagem, enfermagem psiquiátrica, psiquiatria, saúde pública, atenção à saúde mental e saúde do trabalhador.

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Publicado

04/05/2021

Como Citar

ALBUQUERQUE , I. R. L. de .; SILVA , M. R. C. .; SILVA, F. de M. A. M. .; PACHECO, M. A. B. .; MONTEIRO, C. B. .; LOYOLA, C. M. D. . Residência médica de pediatria: Limites e possibilidades. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e20510514868, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14868. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14868. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde