Residência médica de pediatria: Limites e possibilidades
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14868Palavras-chave:
Pós-Graduação; Residência Médica; Pediatria; Saúde; Ensino.Resumo
A Pós-Graduação em Medicina é uma etapa peculiar na Educação Médica, tendo na Residência Médica sua forma de especialização de caráter regular e permanente, e considerada padrão ouro na formação do médico. O estado do Maranhão tem uma das médias mais baixas, no que tange à relação profissionais médicos para cada grupo de mil pessoas. Em 2016 foi implementada a residência em Pediatria na rede estadual de saúde e buscamos através deste trabalho compreender a percepção dos médicos, residentes em Pediatria e preceptores, acerca de sua experiência nesse Programa de Residência Médica. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com abordagem qualitativa, e utilizamos como método para coleta de dados a entrevista semiestruturada onde entrevistamos 7 residentes e 13 preceptores. A pesquisa foi realizada de maio de 2019 a março de 2020, em um hospital de referência em Pediatria da rede estadual. Os resultados reafirmam a importância da residência médica, bem como apontam para a necessidade de redimensionamento da política de preceptoria médica da Secretaria de Saúde do Estado, no que se refere principalmente a importância de protocolos clínicos nos hospitais da rede, educação continuada na formação de médicos preceptores, revisão de contratos com grupos médicos que incluam a responsabilidade quanto à preceptoria médica, implementação de processo de avaliação de preceptores e definição de suas competências pedagógicas e responsabilidades técnicas.
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