Adoção de ferramenta de software como instrumento para redução do tempo resposta em acidentes de transporte rodoviário no Município do Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14947

Palavras-chave:

Acidente de trânsito; Atendimento Pré-hospitalar; Tempo resposta.

Resumo

O atendimento pré-hospitalar de emergência é o primeiro socorro especializado a chegar até a vítima em casos de acidentes de trânsito, sendo o tempo resposta fundamental nesse tipo de agravo à saúde. Esse tempo pode sofrer variações importantes em todas as suas etapas. Objetivo: analisar se a adoção de um software de gestão de recursos utilizados em socorro de emergência contribuiu para melhorar o processo de despacho de viaturas de socorro de APH e, consequentemente, para a redução do tempo resposta. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso com caráter exploratório e descritivo, realizado em duas etapas. Na primeira etapa, foi realizado estudo de caráter retrospectivo e transversal das solicitações de socorro recebidas pela Central de Regulação Médica de Urgência do CBMERJ no ano de 2018, e na segunda etapa foi realizada avaliação qualitativa, mediante estudo transversal prospectivo por meio da análise dos dados da referida central, no ano de 2019. Resultados e Discussão: Foram utilizados dados secundários, referentes ao atendimento às vítimas de agravo à saúde, no município do Rio de Janeiro, nos anos de 2018 e 2019 (n = 69.922) extraídos do banco de dados do CBMERJ. Após o tratamento de dados, tendo sido retirados eventos duplicados, cancelados, inconcludentes e, TLIAs, foram selecionados (n = 31.600). Conclusão: Constatou-se melhora no tempo de ativação da resposta em 50,9 %, demonstrando a efetividade na implantação da ferramenta.

Biografia do Autor

Andreia Pereira Escudeiro, Universidade Federal Fluminense - Instituto Militar de Engenharia - Corpode Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda pelo Instituto Militar de Engenharia. Mestre em Sistema de Gestão pela Universidade Federal Fluminense (2003), Líder NEPUR/UFF. Pós graduada em Saúde Coletiva -UFF, Medicina e Cirurgia Estética -CBMCE. Residencia Medica em Clínica Médica (UNIRIO), Residencia medica em Medicina de Tráfego (UNIRIO). Especialização em Operações de Salvamento em Desastres - CBMERJ. Professora da Universidade Federal Fluminense, Oficial Médica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Possui ampla experiência teórico prática em emergências médicas e desastres

Renata Albergaria de Mello Bandeira, Instituto Militar de Engenharia

Graduada em Engenharia de Fortificação e Construção pelo Instituto Militar de Engenharia (2002), mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Sistemas de Transportes pela e doutora em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006 e 2009). Doutora em Engenharia de Transportes pela COPPE/UFRJ (2018). Possui experiência profissional como engenheira na Comissão Regional de Obras/3, no Exército Brasileiro, e em empresas como a Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga e E.I Associates. Desde 2011, é professora do curso de graduação em Engenharia de Fortificação e Construção e dos Programas de Pós-graduação em Engenharia de Transporte e em Engenharia de Defesa do Instituto Militar de Engenharia com experiência nas áreas de Logística e Transportes, Planejamento de Transportes e Planejamento de Obras. Foi professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com experiência em Estatística, e no Centro Superior de Tecnologia TECBrasil, na área de Logística. É Pesquisadora Produtividade 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), além de pesquisadora do Laboratório de Transporte de Carga (LTC) da COPPE/UFRJ e do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável (IBTS). Considerando relações com instituições, tem desempenhado várias posições de pesquisadora, consultora e coordenadora de projetos junto de entidades públicas e privadas como: Ministério do Desenvolvimento Regional, Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável; GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH); Laboratório de Transporte de Carga; Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Programa de Logística Verde Brasil (PLVB) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). Em seus 15 anos de atuação acadêmica publicou 65 artigos científicos (17 em importante revistas indexadas, como Climatic Change, Renewable Energy, Energy Policy, Journal of Cleaner Production, Transportation Research Part D, International Journal on Sustainable Transportation, Sustainability, International Journal of Disaster Risk Reduction e Natural Hazards) nas linhas de pesquisa de transporte, sustentabilidade em mobilidade e logística. Possui consolidada experiência profissional em gestão da mobilidade e logística, transporte, sustentabilidade em transportes, transporte urbano de carga, logística humanitária e gestão de projetos.

Vania Barcellos Gouvea Campos, Instituto MIlitar de Engenharia

Graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ( dez 1978), mestrado em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia (dez 1980) , doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (mar 1997) e pós-doutorado na Universidade do Minho em Portugal (2004/2005). Professora Titular do Instituto Militar de Engenharia atuando principalmente no Mestrado em Engenharia de Transportes desde de 1986. Pesquisadora do CNPq. Tem experiência na área de Engenharia de Transportes, com ênfase em Planejamento de Transportes, principalmente, nos seguintes temas: transporte urbano de passageiro e de carga, controle de tráfego,mobilidade, uso do solo e logística de transporte.

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Publicado

05/05/2021

Como Citar

ESCUDEIRO, A. P.; BANDEIRA, R. A. de M. .; CAMPOS, V. . B. G. . Adoção de ferramenta de software como instrumento para redução do tempo resposta em acidentes de transporte rodoviário no Município do Rio de Janeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e24710514947, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14947. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14947. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde