Avaliação do conhecimento e atitudes de alunos do curso de Odontologia sobre o HIV/AIDS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15019Palavras-chave:
Avaliação Educacional; Estudantes de Odontologia; HIV; Ensino.Resumo
O objetivo da presente pesquisa consistiu na avaliação do conhecimento e atitudes dos estudantes da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (FOUFU) sobre o HIV/AIDS. Este estudo transversal, utilizou um instrumento em forma de inquérito, a fim de coletar informações individuais, com graduandos do 7º e 8º períodos. Os resultados foram lançados no Microsoft Excel, sendo avaliados qualitativamente e quantitativamente. A amostra foi constituída por 61 discentes. Quanto a percepção sobre o HIV e experiências vivenciadas, 59% dos participantes afirmaram ter prestado atendimento a pelo menos um paciente autodeclarado HIV positivo. Neste cenário ainda, 26% dos participantes pesquisados relataram ter sofrido algum tipo de acidente biológico. Cerca de 31% dos entrevistados afirmaram que um cirurgião-dentista soropositivo não deve continuar exercendo sua profissão sem informar seu status sorológico aos seus pacientes. Sobre o uso de óculos de proteção, 19% dos participantes não o citaram como equipamento de proteção individual nos atendimentos. Desta forma, a avaliação do conhecimento e atitudes dos discentes é adequado quanto ao desenvolvimento, transmissão do vírus e manifestações orais. Todavia, foi observado que faltou maior compreensão por parte da amostra ao que tange as medidas de biossegurança, manejo após acidente biológico, e responsabilidade civil e criminal.
Referências
Associação Brasileira Interdisciplinar De Aids (ABIA). (2016). ABIA esclarece dúvidas a transmissão do HIV. Observatório Nacional de Política de AIDS.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70.
Brasil. (1940). Decreto-Lei 2.848. Código Penal. Diário Oficial da União.
Brasil. (1978). História da Aids – 1977 e 1978. Ministério da Saúde. Departamento de doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis.
Brasil. (1982). História da Aids – 1982. Ministério da Saúde. Departamento de doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis.
Brasil. (2000). Seminário de Cooperação Brasil / França: profissionais de saúde frente ao manejo da infecção pelo HIV: aspectos psicossociais e técnicos. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância da Saúde.
Brasil. (2006). Exposição a materiais biológicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Brasil. (2008). Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV: manual de bolso. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.
Brasil. (2013). Perguntas frequentes. Sistema de Informação de Agravo de Notificação.
Brasil. (2017). Boletim epidemiológico HIV AIDS. Brasília. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância da Saúde.
Brasil (2018a). Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Ministério da Economia. Instituto Nacional do Seguro Social.
Brasil. (2018b). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para profilaxia pós exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, IST e hepatites virais. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância da Saúde. Departamento de doenças crônicas e infecções sexualmente transmissíveis.
Brasil. (2020). Aids / HIV: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Ministério da Saúde.
Conselho Federal de Odontologia (CFO). (2012). Resolução CFO nº 118, de 11 de maio de 2012. Revoga o Código de Ética Odontológica aprovado pela Resolução CFO 42/2003 e aprova outro em substituição. Diário Oficial da União. Brasília; Seção 1, nº 114. p. 118. Conselho Federal de Odontologia.
Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.
Garbin, C. A. S., Wakayama, B., Saliba, T. A., Saliba, O. & Garbin, A. J. I. (2018). Discriminación y prejuicio. La influencia del VIH/SIDA y la Hepatitis B en la actitud de los académicos en odontología. Rev. Cienc. Salud, 16(2) 279-93.
Hermenegildo, N. J. (2019). Risco ocupacional em estudantes da área da saúde acerca do HIV/AIDS: uma revisão integrativa da literatura. Monografia (Graduação em Biomedicina) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Honório, E. F., Sganzerla, J. T., Mayer, S. N., Oliveira, M. C., Hernandez, P. A. G & Miguens Jr, S. A. Q. (2019). Conhecimento e disposição de cirurgiões-dentistas no atendimento de portadores de HIV/AIDS no Sistema Único de Saúde de dois municípios do Sul do Brasil. Stomatos, 25(49).
Lages, S. M. R., Santos, A.F., Junior, F. F. S. & Costa, J. G. (2015). Formação em odontologia: O papel das instituições de ensino na prevenção do acidente com exposição a material biológico. Cienc. Trab. 17(54), 182-7
Lopes, A. L., Rodrigues, L. G., Zina, L. G., Palmier, A. C., Vargas-Ferreira, F., Abreu, M. H. N. G. & Vasconcelos, M. (2019). Biossegurança em Odontologia: conduta dos estudantes antes e após uma ação educativa. Revista da Abeno. 19 (2), 43-53.
Lucena, N. T., Petruzzi, M., Cherubini, K., Salum, F. & de Figueiredo, M. (2016). Conhecimento, atitudes e práticas dos estudantes de Odontologia com relação a pacientes HIV positivos. Revista da Faculdade de Odontologia, Passo Fundo. 21(3), 388-94.
Maranhão, T. A. & Pereira, M. L. D. (2018). Determinação social do HIV/aids: revisão integrativa. Revista baiana de enfermagem.
Melo, T. R. N. B., Costa, P. S., Oliveira, V. S., Diniz, M. A. G. & Oliveira J. A. G. (2020). Avaliação do controle das medidas de biossegurança adotadas por acadêmicos de Odontologia. Revista Eletrônica Acervo Científico. 8, 2112.
Miotto, M. H. M. B. & Rocha, R. M. (2012). Acidente ocupacional por material perfurocortante entre acadêmicos de Odontologia. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 25, 97-102.
Miranzi, M. A. S. (2003) Conhecimentos, atitudes e práticas frente a exposição ocupacional ao HIV entre estudantes, docentes e funcionários do curso de odontologia da Universidade de Uberaba. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Nogueira, A. S., Bastos, L. F. & Costa, I. C. C. (2010). Riscos Ocupacionais em Odontologia: Revisão da Literatura. UNOPAR Científica, Ciências Biológicas e da Saúde. 12, 11-20.
Olivial, A. R. B., Charone, S. & Groisman, S. (2018). A importância do exame odontológico periódico ocupacional: uma proposta de prontuário odontológico. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 20, 37-45.
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) (2017). UNAIDS Dados 2017. < https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2015/06/20170720_DaDOS_unaids_Brasil.pdf>
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) (2020). Informações básicas. <https://unaids.org.br/informacoes-basicas/>
Radicchi, R. (2001). Responsabilidade civil e criminal do atendimento odontológico ao paciente HIV soropositivo. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Piracicaba.
Roca, P., Landau, D. C., Mainardi, C., Kurpis, M. & Lascano, A. R. (2019). Sarcoma de Kaposi en pacientes VIH: a propósito de dos casos. Rev. argent. dermatol. 100(2), 101-10.
Sanabria, G. V. (2017). Ciência, justiça e antropologia no debate sul-africano da AIDS: produção de sensibilidades e regulação moral entre especialista. Sexualidad, Salud y Sociedad, 26, 191-212.
Sanches, R. S., Souza, A. R. & Lima, R. S. (2018). Fatores relacionados ao desenvolvimento de estresse e burnout entre profissionais de enfermagem que atuam na assistência a pessoas vivendo com HIV/aids. Revista Fundamental Care Online. 10, 276-82.
Santos, J. L., Coser, J., Hammes, T. P., Mugnol, T., Garlet, A. M. & Moreira, P. R. (2020). Comorbidades em Idosos Vivendo com HIV/Aids, 2020. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano. 8, 1.
Silva, M. F. R., Ribeiro, J. A. A., Cavalcante, G. M. S., Germano, S. C. F. & Paredes, S. E. (2019). Perfil sociodemográfico e interesses profissionais de graduandos de Odontologia do Centro Universitário de Patos, 2019. Revista da Abeno. 19(4), 34-45.
Silva, M. M., Vasconcelos, A. L. R. & Ribeiro, A. K. N. P. (2013). Caracterização epidemiológica dos casos de Aids em pessoas com 60 anos ou mais. Cadernos de Saúde Pública. 29(10), 2131-35.
Teixeira, L. O., Figueiredo, V. L. M. & Mendonza-Sassi, R. A. (2016). Etapa Inicial da adaptação transcultural para o português do Brasil do HIV Knowledge Questionnaire (HIV-K-Q). Medicina (Ribeirão Preto). 49(4), 303-20.
Trezena, S., Farias, L. P. M., Barbosa, G. F. A., Costa, S. M., Barbosa, J. E. S. & Coelho, P. M. Q. (2020). Práticas em biossegurança frente aos acidentes ocupacionais entre profissionais da odontologia. Arquivos em Odontologia, 56.
Velos, G. S. M. (2007). HIV/AIDS: conhecimento, atitudes e comportamento de cirurgiões-dentistas no estado de Mato Grosso. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Piracicaba.
Wakayama, B. (2016). Hepatite B e HIV/AIDS: a representação social das doenças e a análise da imunização contra o vírus da hepatite B entre os alunos de odontologia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araçatuba.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Washington Henrique Themoteo da Silva; Paula Caetano Araújo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
