Conhecimento das práticas de autocuidado em diabetes: compasso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15062

Palavras-chave:

Diabetes mellitus tipo 2; Autocuidado; Enfermagem; Doença crônica; Educação em saúde.

Resumo

Objetivo: Este estudo tem como objetivo conhecer as práticas de autocuidado, autopercepção e as dificuldades relacionadas às complicações em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 por meio da aplicação do protocolo Compasso por telefone. Métodos: Estudo transversal com abordagem quantitativa que incluiu 222 pessoas com diabetes tipo 2. Foram aplicados dois instrumentos: o primeiro composto por informações sociodemográficas e variáveis clínicas e o segundo, o protocolo Compasso. Resultados: As dificuldades no gerenciamento do autocuidado foram: atividade física (33,33%) e seguir o plano alimentar (32,43%). As possíveis complicações do diabetes que os pacientes acreditam ter maior incidência foram problemas de visão (24,32%), complicações cardiovasculares (22,52%), seguidas de amputação (19,82%). A maioria dos participantes relatou seguir o plano alimentar de três a quatro vezes na semana (27,5%), 44,6% não realizavam nenhuma atividade física pelo menos uma vez na semana. 94,6% dos participantes relataram usar a medicação todos os dias da semana. Em relação às variáveis clínicas, 58,6% dos participantes estão fora da meta glicêmica, com hemoglobina glicada> 7%, 44,6% dos pacientes são obesos, sendo que 61,5% dos homens e 88,5% das mulheres apresentam circunferência abdominal acima do desejável. Conclusões: Este estudo demonstrou que seguir o plano alimentar e praticar atividade física têm sido as maiores barreiras para o autocuidado do diabetes. A maioria dos pacientes relata que problemas de visão e complicações cardiovasculares são as possíveis consequências da falta de autocuidado.

Biografia do Autor

Natália Wilcesky Tosini Neves, Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Enfermagem, Student

Jéssica da Silva Cunha Breder, Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Enfermagem, PhD Student

Joaquim Barreto Antunes, Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Ciências Médicas, doctor.

Heloisa Carvalho Torres, Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de enfermagem, PhD.

Andrei Carvalho Sposito, Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Ciências Médicas, PhD.

Maria Helena de Melo Lima, Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Enfermagem, PhD.

Referências

Albright, C. L., Pruitt, L., Castro, C., Gonzalez, A., Woo, S., & King, A. C. (2005). Modifying physical activity in a multiethnic sample of low-income women: one-year results from the IMPACT (Increasing Motivation for Physical ACTivity) project. Ann Behav Med, 30(3):191-200.

Andrès, E., Meyer, L., Zulfiqar, A. A., Hajjam, M., Talha, S., Bahougne, T., et al. (2019). Telemonitoring in diabetes: evolution of concepts and technologies, with a focus on results of the more recent studies. J Med Life, 12(3):203-14.

Andrès, E., Talha, S., Jeandidier, N., Meyer, L., Hajjam, M., & Hajjam, A. (2018). Telemedicine in chronic diseases: the time of maturity with telemedicine 2.0 in the setting of chronic heart failure and diabetes mellitus. Cur Res Diabetes Obes J, 6:4.

Anjana, R. M., Deepa, M., Pradeepa, R., Mahanta, J., Narain, K., Das, H. K., et al. (2017). Prevalence of diabetes and prediabetes in 15 states of India: results from the ICMR-INDIAB population-based cross-sectional study. Lancet Diabetes Endocrinol, 5(8):585-596.

Arda Sürücü, H., & Büyükkaya, B. D. (2018, Nov). Predictors of Empowerment in Individuals With Type 2 Diabetes Mellitus. J Transcult Nurs, 29(6):506-513.

Association AD. (2020) 2. Classification and Diagnosis of Diabetes. Diabetes Care, 43(Suppl 1):S14-S31.

Association AD. (2020). 9. Pharmacologic Approaches to Glycemic Treatment. Diabetes Care, 43(Suppl 1):S98-S110.

Balaminut, T., Landim, C., Becker, T., Santos, E., Olivatto, G., Zanetti, M., et al. (2012). Cultural adaptation and reliability for Brazil of the Automated Telephone Disease Management: Preliminary results. Acta Paul Enferm, 25(5):6.

Busnelo, E. D. S., Moreschi, C., Silva, S. O., Rodrigues, S. O., Siqueira, D. F., & Soares, A. L. R. (2019). Epidemiological profile of people with diabetes mellitus treated in family health strategies. Rev Enferm atenção saúde, 8(2):12.

Caruso, R., Rebora, P., Dellafiore, F., Fabrizi, D., Riegel, B., Ausili, D., et al. (2019). Clinical and socio-demographic determinants of inadequate self-care in adults with type 1 diabetes mellitus: the leading role of self-care confidence. Acta Diabetol, 56(2):151-161.

Charpentier, G., Benhamou, P. Y., Dardari, D., Clergeot, A., Franc, S., Schaepelynck-Belicar, P., et al. (2011). The Diabeo software enabling individualized insulin dose adjustments combined with telemedicine support improves HbA1c in poorly controlled type 1 diabetic patients: a 6-month, randomized, open-label, parallel-group, multicenter trial (TeleDiab 1 Study). Diabetes Care, 34(3):533-539.

Chaves, F. F., Reis, I. A., Pagano, A. S., & Torres, H. C. (2017). Translation, cross-cultural adaptation and validation of the Diabetes Empowerment Scale - Short Form. Rev Saude Publica, 51(0):16.

Cochran, W. G. Sampling Techniques. (1977) (3rd ed.) John Wiley & Sons.

Coêlho, M. C. V. S., Almeida, C. A. P. L., Silva, A. R. V. D., Moura, L. K. B., Feitosa, L. G. G. C., & Nunes, L. B. (2018). Training in diabetes education: meanings attributed by primary care nurses. Rev Bras Enferm, 71(suppl 4):1611-1618.

Diabetes SBD. 2019-2020. Classificação e diagnóstico do diabetes mellitus. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Federation ID. IDF Diabetes Atlas. 9th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation. (2019). https://www.diabetesatlas.org/upload/resources/material/20200302_133351_IDFATLAS9e-final-web.pdf#page=42&zoom=auto.

Fernandes, B., et al (2016). Development, validation and cultural adaptation of the Compasso protocol: Adherence to self-care in diabetes. Acta paul enferm, 29(4):421-9.

Flor, L. S., & Campos, M. R. (2017). The prevalence of diabetes mellitus and its associated factors in the Brazilian adult population: evidence from a population-based survey. Rev Bras Epidemiol, 20(1):16-29.

Harding, J. L., et al (2019). Global trends in diabetes complications: a review of current evidence. Diabetologia, 62(1):3-16.

Iser, B., et al (2015). Self-reported diabetes prevalence in Brazil: results from National Health Survey 2013. Epidemiol Serv Saúde, 24(3):9.

Lao, X. Q., et al (2019). Increased leisure-time physical activity associated with lower onset of diabetes in 44 828 adults with impaired fasting glucose: a population-based prospective cohort study. Br J Sports Med, 53(14):895-900.

Liang, X., et al (2011). Effect of mobile phone intervention for diabetes on glycaemic control: a meta-analysis. Diabet Med, 28(4):455-63.

Lira, N., et al (2018). Prevalence of the metabolic syndrome and its components in people with type 2 diabetes mellitus. Texto Contexto Enferm, 27(3).

Macedo, M. M. L., et al (2017). Adherence to self-care practices and empowerment of people with diabetes mellitus: a randomized clinical trial. Rev Esc Enferm USP;51:e03278.

Medronho, R., et al (2008). Epidemiologia. (2th ed.).

Polit, D. F., & Hungler, BP. (1995). Fundamentos de pesquisa em enfermagem. (3th ed.), Alegre: Artes Médicas.

Quinn, C. C., et al (2016) Mobile Diabetes Intervention for Glycemic Control in 45- to 64-Year-Old Persons With Type 2 Diabetes. J Appl Gerontol, 35(2):227-243.

Rossi, V., et al (2015). Adherence to drug treatment among people with type 2 diabetes mellitus. Rev Enferm Cent -Oeste Min, 5(3):1820-1830.

Santos, G., et al (2018). Epidemiological profile of diabetic seniors registered in the Hiperdia Program in the state of Piauí, Brazil. Rev atenção saúde, 16(56):5.

Visaria, J., et al (2020). Healthcare Costs of Diabetes and Microvascular and Macrovascular Disease in Individuals with Incident Type 2 Diabetes Mellitus: A Ten-Year Longitudinal Study. Clinicoecon Outcomes Res, 12:423-434.

Von, S. K., et al (2019). Telemedicine-Assisted Self-Management Program for Type 2 Diabetes Patients. Diabetes Technol Ther, 21(9):514-521.

Waitman, J., et al (2017). Social vulnerability and hypoglycemia among patients with diabetes. Endocrinol Diabetes Nutr, 64(2):92-99.

Whitehead, L., et al (2018). The role of the family in supporting the self-management of chronic conditions: A qualitative systematic review. J Clin Nurs, 27(1-2):22-30.

Wild, S. H., et al (2016). Correction: Supported Telemonitoring and Glycemic Control in People with Type 2 Diabetes: The Telescot Diabetes Pragmatic Multicenter Randomized Controlled Trial. PLoS Med, 13(10):e1002163.

Downloads

Publicado

11/05/2021

Como Citar

NEVES, N. W. T. .; BREDER, J. da S. C. .; ANTUNES, J. B. .; TORRES, H. C. .; SPOSITO, A. C.; LIMA, M. H. de M. . Conhecimento das práticas de autocuidado em diabetes: compasso . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e41410515062, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.15062. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15062. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde