Enfermeiros intensivistas e não intensivistas e suas condutas de saúde diante do estresse profissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15088

Palavras-chave:

Estresse Ocupacional; Enfermeiros; Unidades de Terapia Intensiva; Cuidados intensivos; Comportamento saudável.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo verificar os fatores de estresse profissional e as condutas de saúde dos enfermeiros intensivista e não intensivista de uma unidade terciária de saúde no município de Fortaleza. Estudo transversal, descritivo, realizado de agosto a dezembro de 2019. A amostra constituiu-se de 83 enfermeiros intensivistas e não intensivistas convocados através da amostra por compatibilidade. Recorreu-se de um inquérito organizado com questões fechadas sobre o perfil socioeconômico, condutas de saúde, os indícios de estresse profissional e presença de fatores estressores. Os resultados mostraram que 64,7% dos intensivistas faziam uso de substâncias psicoativas, entre os não intensivistas esse percentual é apenas de 27,3%. Os dados revelam que todos os profissionais da UTI (100%) disseram apresentar algum sintoma de estresse. A presença de sintomas de estresse entre os participantes que não atuam na UTI alcançou 93,9%. Para os enfermeiros não intensivistas, os principais fatores desencadeadores de estresse no lugar onde são desenvolvidas suas funções são: ‘condição no ambiente insatisfatório e ausência de insumos’ (56,1%) e ‘ausência de reconhecimento profissional’ (53%). Verificou-se que 82,3% dos participantes da UTI apontaram a ‘insatisfação com a remuneração’ como primeiro agente estressor, acompanhado de ‘sobrecarga de atividades’ (70,6%) e ‘processo de trabalho desgastante’ (58,8%). Acredita-se que esse estudo possa ser favorável, afim de que os gerentes ponderem sobre os elementos influenciadores para o bem-estar dos profissionais enfermeiros, cooperando no sentido de implementar práticas que recuperem o estado laboral, favorecendo a autoconfiança no trabalho.

Referências

Azevedo, V. G. B., Alves, S. M., Viana, L. V. M., Veras, K. C. B. B, Carvalho, M. L. & Elias, C. M. V. M. V. (2017). Estresse ocupacional em profissionais de enfermagem que atuam em unidades de urgência e emergência. R. Interd, 10(4):112-124.

Ayoub, A. C. & Sousa, M. G. (2019). Prevalência do tabagismo em profissionais de enfermagem de um hospital cardiovascular. Rev. Bras. Enferm, 72, 1, 173-180.

Brochado C. & Ribas, J. L. C. (2018). Estresse Da Equipe De Enfermagem Na UTI. Rev. Saúde Desenvol., 12(13), 44-57.

Buchan, J., O`May, F. & Dussault, G. (2013). Nursing workforce policy and the economic crisis: a global overview. J Adv Nurs, 45(3), 298-307.

Carvalho, A. E. L., Frazão, I. S., Silva, D. M. R., Andrade, M, S., Vasconcelos, S. C. & Aquino, J. M. (2020). Estresse dos profissionais de enfermagem atuantes no atendimento pré-hospitalar. Rev. Bras. Enferm, 73(2), 1-6.

Cechin, P., Freitas, H. M. B., Ilha, S., Martins, E. S. R. & Souza, M. H. T. (2014). Alterações vivenciadas por profissionais de enfermagem que apresentam dupla jornada de trabalho. Rev enferm UFPE on line, 8(11), 3855-3861.

Correa, T. P. & Andrade, R. F. C. (2020): “A saúde do servidor público em Xeque: um olhar para as causas do seu adoecimento”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, https://www.eumed.net/rev/cccss/2020/06/saude-servidor-publico.html

Dias, M. O., Souza, N. V. D. de O., Penna, L. H. G., & Gallasch, C. H. (2019). Percepção das lideranças de enfermagem sobre a luta contra a precarização das condições de trabalho. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53, e03492. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018025503492

Freitas, R. J. M., Lima, E. C. A., Vieira, É. S., Feitosa, R. M. M, Oliveira, G. Y. M. & Andrade, L. V. (2015) Estresse do enfermeiro no setor de urgência e emergência. Rev. Enferm. UFPE on line. Recife, 9(Supl. 10):1476-83.

Guido, L. A., Linch, G. F. C., Pitthan, L. O. & Umann, J. (2011). Estresse, coping e estado de saúde entre enfermeiros hospitalares. Rev Escol Enferm da USP, 45(6), 1434-1439.

Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (2020) (IPEA). Ranking traz ocupações com os maiores salários. Brasília: IPEA. <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=18829>.

International Labour Organization. (2016) (ILO). WORKPLACE STRESS: A collective challenge. Turin.

Llapa-Rodriguez, E. O., Oliveira, J. K. A., Lopes Neto, D. L., Gois, C. F. L., Campos, M. P. A., Mattos, M. C. T. (2018). Estresse ocupacional em profissionais de enfermagem. Rev. Enferm. UERJ, 26, e19404.

Lindholm. M. (2006). Working conditions, psychosocial resources and work stress in nurses and physicians in chief managers’ positions. J. Nurs. Manage. 14(2), 300-309.

Malta, M., Cardoso, L. O., Bastos, F. I., Magnanini, M. M. F. & Da Silva, C. M. F. P. (2010). Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Rev. Saúde Pública, 44(3), 559-565.

Machado, M. H, Oliveira, E, Lemos, W, Lacerda, W. F, Filho, W. A, Wermelinger, M. et al. (2016). Mercado de trabalho da enfermagem: Aspectos Gerais. Enfermagem em Foco, 7, 35-53. <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/691>. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.691.

Maciel, M. P. G. S, Santana, F. L, Martins, C. M. A, Costa, W. T, Fernandes, L. S. & Lima, J. S. (2017). Uso de medicamentos psicoativos entre profissionais de saúde. Rev. enferm. UFPE on line, 11(7): 2881-2887.

Madewell, Z. J., Figueiredo, V. C., Harbertson, J., Pérez, R. L. & Novotny, T. (2017). Exposure to smoking in soap operas and movies: smoking cessation and attempts to quit. Cad Saúde Pública. 33(3).

Mello, R. C. C., Reis, L. B. & Ramos, F. P. (2018). Estresse em profissionais de enfermagem: importância da variável clima organizacional. Gerais, Rev. Interinst. Psicol. 11(2), 193-207.

Neall, R. A., Atherton, I. M. & Kyle, R. G. (2016). Nurses' health-related behaviours: protocol for a quantitative systematic review of prevalence of tobacco smoking, physical activity, alcohol consumption and dietary habits. J Adv Nurs, 72(1):197-204.

Oliveira, A. F. C. & Teixeira, E. R. (2016). Concepções sobre o uso da automedicação pelos trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica. Rev. Enferm. UFPE online. 10(1):24-31. <http://www.revista.ufpe.br/>.

Prado, C. E. P. (2016). Estresse ocupacional: causas e consequências. Rev. Bras. Med. Trab., 14(3), 285-289.

Ribeiro, R. P., Marziale, M. H. P., Martins, J. T., Galdino, M. J. Q. & Ribeiro, P. H. V. (2018). Estresse ocupacional entre trabalhadores de saúde de um hospital universitário. Rev. Gaúcha Enferm. 39, 1-6.

Robazzi, M. L. C. C., Mauro, M. Y. C., Secco, I. A. O., Dalri, R. C. M. B., Freitas, F. C. T., Terra, F. S., et al. (2012). Alterações na saúde decorrentes do excesso de trabalho entre trabalhadores da área de saúde. Rev Enferm UERJ. 20(4), 526-532.

Rocha, P. R. da, & David, H. M. S. L. (2015). Padrão de consumo de álcool e outras drogas entre profissionais de saúde: retrato de alunos de cursos lato sensu de uma instituição pública. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog, 11(1), 42-48. https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v11i1p42-48

Simões, J. S., Otani, M. A. P. & Siqueira Júnior, A. C. (2015). Estresse dos profissionais de enfermagem em uma unidade de urgência. REGRAD, UNIVEM/Marília-SP, 8(1), 75-95.

Schmidt, D. R. C., Dantas, R. A. S., Marziale, M. H. P. & Laus, A. M. (2009). Estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem do bloco cirúrgico. Texto Contexto Enferm, 18(2), 330-337.

Scholze, A. R., Martins, J. T. & Galdino, M. Q. (2017). Ribeiro, R. P. Ambiente ocupacional e o consumo de substâncias psicoativas entre enfermeiros. Acta Paul. Enferm, 30(4), 404-411.

Souza, R. C., Silva, S. M. & Costa, M. L. A. S. (2018). Estresse ocupacional no ambiente hospitalar: revisão das estratégias de enfrentamento dos trabalhadores de Enfermagem. Rev. Bras. Med. Trab., 16(4), 493-502.

Yamamoto, J. K. & Landim, P. M. B. (2013). Geoestatística: conceitos e aplicações. Editora Oficina de Textos.

Downloads

Publicado

13/05/2021

Como Citar

OLIVEIRA, F. A. .; OLIVEIRA, L. A. F. .; MOURA, D. de J. M. .; ALMEIDA, A. N. S. de .; AFONSO, L. R. .; MENEZES, C. P. da S. R. .; CUSTODIO , L. L. .; VASCONCELOS, S. S. .; COSTA, D. C. C. O. .; MENDES, J. dos S. .; SANTOS, M. P. dos .; GOMES, I. L. V. . Enfermeiros intensivistas e não intensivistas e suas condutas de saúde diante do estresse profissional. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e45510515088, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.15088. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15088. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde