A Óptica Geométrica e as atividades experimentais: entre a formação e a regência
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i2.151Palavras-chave:
Óptica Geométrica; Atividades Experimentais; Formação de Professores de FísicaResumo
Este trabalho de natureza qualitativa investigou, em escolas públicas de Ensino Médio de uma Superintendência Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais, as relações, na visão dos docentes, entre sua formação inicial e sua atuação enquanto professores da educação básica no que concerne aos conteúdos de Óptica Geométrica e à realização de atividades experimentais. Foram selecionados dez professores de seis escolas em cinco cidades, de um universo de 29 professores de 22 escolas em 16 municípios que compunham a jurisdição da referida Superindência. Os dados foram obtidos através de questionários com perguntas fechadas e abertas, que em uma primeira parte caracterizavam o perfil dos respondentes, e em uma segunda parte inter-relacionada à óptica geométrica e a formação e atuação docente. Os resultados indicam que no grupo de professores investigados, a maioria não teve acesso a esse conteúdo formalmente nos cursos de formação inicial e também não realizou atividades experimentais. Ainda assim, os docentes atribuem grande importância ao estudo da Óptica Geométrica para estudantes do Ensino Médio.
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