Apoio social, qualidade de vida e a percepção de mulheres praticantes de treinamento físico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1520

Palavras-chave:

Envelhecimento; Apoio Social; Qualidade de Vida Relacionada à Saúde; Mulheres; Atividade Física.

Resumo

A qualidade de vida e o apoio social podem contribuir para o envelhecimento saudável e na motivação para prática de atividades físicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o apoio social e a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) e compreender as experiências de mulheres participantes de um programa de treinamento físico. Estudo transversal, exploratório e de desenho misto. O apoio social foi avaliado pela Escala de Apoio Social para a Prática de Atividades Físicas em Adultos e a QVRS pelo questionário Medical Outcomes Study – Item Short-Form Health Survey, versão 1. A amostra foi composta por 17 mulheres, com média da idade de 59,8 anos. A avaliação da QVRS mostrou escore médio superior a 80, antes e depois do início do programa de treinamento. A avaliação do apoio social, mostrou que a maioria das mulheres respondeu que “nunca” ou “as vezes” recebeu apoio de familiares e amigos para a prática de atividades físicas. As experiências relatadas evidenciaram melhorias nos aspectos físicos, emocionais e sociais. Este estudo indica que as mulheres possuem pouco apoio social para a prática atividades físicas e não houve melhora na QVRS. Por outro lado, a fala das mulheres mostrou melhora em vários aspectos da vida cotidiana.

Referências

Alves J. E. D. (2016). As mulheres e o envelhecimento populacional no Brasil. Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais.

American College of Sports Medicine, Chodzko-Zajko, W. J., Proctor, D. N., Fiatarone Singh, M. A., Minson, C. T., Nigg, C. R., Salem, G. J., & Skinner, J. S. (2009). American College of Sports Medicine position stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc, 41(7): 1510-1530.

Amorim, T. C., Azevedo, M. R., & Hallal, P. C. (2010). Physical activity levels according to physical and social environmental factors in a sample of adults living in South Brazil. J Phys Act Health: 7(2), S204-212.

Anderson, E. S., Wojcik, J. R., Winett, R. A., & Williams, D. M. (2006). Social-cognitive determinants of physical activity: the influence of social support, self-efficacy, outcome expectations, and self-regulation among participants in a church-based health promotion study. Health Psychol, 25(4): 510-520.

Auad, M. A., Yogi, L. S., Simões, R. P., Deus, A. P., & Tuicci, C. L. (2007). Influência da atividade física na qualidade de vida de idosas portadoras de osteoporose. Fisioterapia em Movimento, 20(2): 25-31.

Bocchi, S. C. M., & Angelo, M. (2008). Entre a liberdade e a reclusão: o apoio social como componente da qualidade de vida do binômio cuidador familiar-pessoa dependente. Rev. Latino-Am. Enferm, 16(1), 15-23.

Böhm, A. W., Mielke, G. I., Cruz, M. F., Ramirez, V. V., & Wehrmesister, F. C. (2016). Social Support and Leisure-Time Physical Activity Among the Elderly: A Population-Based Study. J Phys Act Health, 13(6): 599-605.

Cheik, N. C., Reis, I. T., Heredia, R. A. G., Ventura, M. L., Tufik, S., Antunes, H. K. M., & Mello, M. T. (2003). Efeitos do exercício físico e da atividade física na depressão e ansiedade em indivíduos idosos. R. bras. Ci. e Mov., 11(3), 45-52.

Ciconelli, R. M., Ferraz, M. B., Santos, W., Meinão, I., & Quaresma, M. R. (1999). Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev. bras. Reumatol, 39(3): 143-150.

Bourdeaudhuij, I., Teixeira, P. J., Cardonn, G., & Deforche, B. (2005). Environmental and psychosocial correlates of physical activity in Portuguese and Belgian adults. Public Health Nutr, 8(7): 886-895.

Dumith, S. C., Hallal, P. C., Reis, R. S., & Kohl, H. W. (2011). Worldwide prevalence of physical inactivity and its association with human development index in 76 countries. Prev Med., 53(1-2): 24-28.

Freitas, R. P. A., Andrade, S. C., Spyrides, M. H. C., Micussi, M. T. A. B. C., & Sousa, M. B. C. (2017). Impacto do apoio social sobre os sintomas de mulheres brasileiras com fibromialgia. Rev. Bras. Reumatol., 57(3): 197-203.

Guedes, M. B. O. G., Lima, K. C., Caldas, C. P., & Veras, R. P. (2017). Apoio social e o cuidado integral à saúde do idoso. Physis., 27(4): 1185-1204.

Hesse-Biber, S. N., & Leavy, P. (2006). The practice of qualitative research. Thousand Oaks: Sage Publications.

Hobbs, W. R., Burke, M., Christakis, N. A., Fowler, J. H. (2016). Online social integration is associated with reduced mortality risk. Proc Natl Acad Sci USA, 113(46): 12980-12984.

Inoue, S., Yorifuji, T., Sugiyama, M,. Ohta, T., Ishikawa-Takata, K., Doi, H. (2013). Does habitual physical activity prevent insomnia? A cross-sectional and longitudinal study of elderly Japanese. J Aging Phys Act., 21(2): 119-139.

Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística (IBGE). (2018). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017.

Maia, C. M. L., Castro, F. V., Fonseca, A. M. G., & Fernández, M. I. R. (2016). Redes de apoio social e de suporte social e envelhecimento ativo. INFAD Rev Pscicol., 1(1): 293-303.

Mancini, R., Matsudo, S., & Matsudo, V. (2014). Cognitive function and functional capacity in women vower 50 years old. Journal of Aging & Inovation., 3(1): 15-25.

Meurer, S. T., Benedetti, T. R. B., & Mazo, G. Z. (2009). Aspectos da autoimagem e autoestima de idosos ativos. Motriz rev. educ. fís. (Impr.), 15(4): 788-796.

Miranda, J. S., Ferreira, M. L. S. M., & Corrente, J. E. (2014). Qualidade de vida em mulheres no climatério atendidas na Atenção Primária. Rev. bras. enferm., 67(5): 803-809.

Mori, M. E., & Coelho, V. L. D. (2004). Mulheres de corpo e alma: aspectos biopsicossociais da meia-idade feminina. Psicol. Reflex. Crit., 17(2): 177-187.

Pereira, R., Cardoso, B. S., Itaborahy, A. S., & Machado, M. (2011). Análise da força de preensão de mulheres idosas: Estudo comparativo entre faixas etárias. Acta Med Port., 24(4): 521-526.

Rabelo, D. F., & Neri, A. L. (2014). A complexidade emocional dos relacionamentos intergeracionais e a saúde mental dos idosos. Pensando fam., 18(1): 138-153.

Reis, M. S., Reis, R. S., & Hallal, P. C. (2011). Validade e fidedignidade de uma escala de avaliação do apoio social para a atividade física. Rev. Saúde Pública, 45(2): 294-301.

Seidl, E. M. F., & Zannon, C. M. L. C. (2004). Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública, 20(2): 580-588.

Silva Júnior, E. G., Eulálio, M. C., Souto, R. Q., Santos, K. L., Melo, R. L. P., & Lacerda, A. R. (2019). A capacidade de resiliência e suporte social em idosos urbanos. Ciênc. saúde coletiva., 24(1): 7-16.

Smith, G. L., Banting, L., Eime, R., O’Sullivan, G., van Uffelen, J. G. Z. (2017). The association between social support and physical activity in older adults: a systematic review. Int J Behav Nutr Phys Act., 14, 56.

Tibana, R. A., Nascimento, D. C., Sousa, N. M., Souza, V. C., Durigan, J., Vieira, A., Bottaro, M., Nóbrega, O. T., Almeida, J. A., Navalta, J. W., Franco, O. L., & Prestes, J. (2014). Enhancing of women functional status with metabolic syndrome by cardioprotective and anti-inflammatory effects of combined aerobic and resistance training. PLoS One, 9(11): 110-160.

World Health Organization (WHO). (2015). World Report on Ageing Health. World Health Organization: Geneva, Switzerland, 246p.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

AGOSTINHO, B. K.; SILVEIRA, L. M.; MATIOLI, M. R.; BERTAZONE, T. M. A.; MATIAS, V. D.; JÚNIOR, C. R. B.; STABILE, A. M. Apoio social, qualidade de vida e a percepção de mulheres praticantes de treinamento físico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 1, p. e03911520, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i1.1520. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1520. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde