Validação do constructo e reprodutibilidade intra-avaliador do teste de degrau de 6 minutos em crianças saudáveis de 7-11 anos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15289Palavras-chave:
Validação; Reprodutibilidade; Teste de Degrau; Tolerância ao Exercício; Teste de campo; Teste submáximo.Resumo
Objetivo: Validar o teste de degrau de seis minutos (TD6M) e avaliar sua reprodutibilidade para determinação da tolerância ao esforço em crianças saudáveis de 7-11 anos. Métodos: Foram incluídas na pesquisa 66 crianças saudáveis, com idade entre 7 e 11 anos completos. Os voluntários foram submetidos ao teste de caminhada de seis minutos (TC6M) e ao TD6M, em ordem aleatória e dias diferentes, com intervalo de no máximo sete dias. Resultados: Foi observada uma correlação positiva moderada entre a distância percorrida no TC6M e o número de subidas no TD6M (r=0,43; p<0,001). A reprodutibilidade das variáveis no TD6M foi considerada excelente em relação às variáveis desempenho (número de degraus) (r=0,92; IC=0,87 a 0,87; p<0,001), pressão arterial sistólica (PAS) imediatamente após (r=0,87; IC=0,79 a 0,92; p<0,001), PAS-1’recuperação (r=0,84; IC=0,74 a 0,90; p<0,001), frequência cardíaca (FC) máxima (r=0,90; IC=0,83 a 0,94; p<0,001), FC-imediatamente após (r=0,88; IC=0,81 a 0,93; p<0,001) e Fadiga de membros inferiores (MMII)-durante o teste (3o min) (0,86; IC=0,78 a 0,92; p<0,001). Apresentaram também uma reprodutibilidade muito boa a PAS-repouso (r=0,75; IC=0,59 a 0,84; p<0,001), PAS-5’recuperação (r=0,78; IC=0,56 a 0,83; p<0,001), PAD-repouso (r=0,74; IC=0,58 a 0,84; p<0,001), pressão arterial diastólica (PAD) imediatamente após (r=0,72; IC=0,55 a 0,83; p<0,001), PAD-1’recuperação (r=0,77; IC=0,63 a 0,86; p<0,001), PAD-5’recuperação (r=0,73; IC=0,56 a 0,83; p<0,001), FC-repouso (r=0,73; IC=0,60 a 0,86; p<0,001), Fadiga de MMII-imediatamente após (r=0,72; IC=0,54 a 0,83; p<0,001). Conclusão: O TD6M é seguro, válido e com boa reprodutibilidade intra-avaliador na avaliação da tolerância ao esforço em crianças saudáveis entre 7-11 anos.
Referências
Andrade, C. H. S. D., Cianci, R. G., Malaguti, C., & Dal Corso, S. (2012). The use of step tests for the assessment of exercise capacity in healthy subjects and in patients with chronic lung disease. Jornal brasileiro de pneumologia, 38(1), 116-124.
Arcuri, J. F., Borghi-Silva, A., Labadessa, I. G., Sentanin, A. C., Candolo, C., & Di Lorenzo, V. A. P. (2016). Validity and reliability of the 6-minute step test in healthy individuals: a cross-sectional study. Clinical journal of sport medicine, 26(1), 69-75.
ATS Committee on Proficiency Standards for Clinical Pulmonary Function Laboratories. (2002). ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir crit care med, 166, 111-117.
Baptista, J. T., Ferreira, S. T. B. P., Bernardino, M. E. C., Silva Magalhães, M. G., Bezerra, P., & Jaguaribe de Lima, A. M. (2020). The three‐minute step test showed good construct validity and intra‐rater reliability in healthy children aged 7‐11 years. Acta paediatrica, 109(11), 2354-2355.
Bohannon, R. W., Bubela, D. J., Wang, Y. C., Magasi, S. S., & Gershon, R. C. (2015). Six-minute walk test versus three-minute step test for measuring functional endurance (Alternative Measures of Functional Endurance). Journal of strength and conditioning research/national strength & conditioning association, 29(11), 3240.
Bongers, B. C., Hulzebos, E. H., Van Brussel, M., & Takken, T. (2012). Pediatric norms for cardiopulmonary exercise testing. Uitgeverij BOXPress, s’-Hertogenbosch, 2(3), 30-34.
Borg, G. A. Psychophysical bases of perceived exertion (1982). Journal of medicine & Science in sports & Exercise, 14 (5), 377-381.
Cacau, L. D. A. P., Carvalho, V. O., dos Santos Pin, A., Daniel, C. R. A., Ykeda, D. S., de Carvalho, E. M., ... & de Santana-Filho, V. J. (2017). Reference Values for the 6-min Walk Distance (6MWT) in Healthy Children Aged 7 to 12 Years in Brazil: Main Results of the TC6minBRASIL Multi-Center Study. Respiratory Care.
Carson, V., Lee, E. Y., Hewitt, L., Jennings, C., Hunter, S., Kuzik, N., ... & Tremblay, M. S. (2017). Systematic review of the relationships between physical activity and health indicators in the early years (0-4 years). BMC public health, 17(5), 33-63.
Da Costa, C. H., da Silva, K. M., Maiworm, A., Raphael, Y., Parnayba, J., Da Cal, M., ... & Rufino, R. (2017). Can we use the 6-minute step test instead of the 6-minute walking test? An observational study. Physiotherapy, 103(1), 48-52.
da Costa, J. N., Arcuri, J. F., Gonçalves, I. L., Davi, S. F., Pessoa, B. V., Jamami, M., & Di Lorenzo, V. A. (2014). Reproducibility of cadence-free 6-minute step test in subjects with COPD. Respiratory care, 59(4), 538-542.
Evans, H. J., Ferrar, K. E., Smith, A. E., Parfitt, G., & Eston, R. G. (2015). A systematic review of methods to predict maximal oxygen uptake from submaximal, open circuit spirometry in healthy adults. Journal of science and medicine in sport, 18(2), 183-188.
Grosbois, J. M., Riquier, C., Chehere, B., Coquart, J., Béhal, H., Bart, F., ... & Chenivesse, C. (2016). Six-minute stepper test: a valid clinical exercise tolerance test for COPD patients. International journal of chronic obstructive pulmonary disease, 11, 657.
Lee, H. T., Roh, H. L., & Kim, Y. S. (2016). Cardiorespiratory endurance evaluation using heart rate analysis during ski simulator exercise and the Harvard step test in elementary school students. Journal of physical therapy science, 28(2), 641-645.
Machado, F. A., & Denadai, B. S. (2011). Validade das equações preditivas da frequência cardíaca máxima para crianças e adolescentes. Arquivos brasileiros de cardiologia, 97(2), 136-140.
Magalhães, M. G. S., Teixeira, J. B., Santos, A. M. B., Clímaco, D. C. S., Silva, T. N. S., & Lima, A. M. J. D. (2020). Construct validity and reproducibility of the six-minute step test in subjects with obstructive sleep apnea treated with continuous positive airway pressure. Jornal brasileiro de pneumologia, 46(3).
Maggio, A. B., Vuistiner, P., Crettenand, A., Tabin, R., Martin, X. E., Beghetti, M., ... & Deriaz, O. (2017). Adapting the" Chester step test" to predict peak oxygen uptake in children. Swiss medical weekly, 147, w14435.
Mänttäri, A., Suni, J., Sievänen, H., Husu, P., Vähä‐Ypyä, H., Valkeinen, H., ... & Vasankari, T. (2018). Six‐minute walk test: a tool for predicting maximal aerobic power (VO 2 max) in healthy adults. Clinical physiology and functional imaging, 38(6), 1038-1045.
Martins R., Gonçalves R.M., Mayer A.F., Schivinsk C.I.S. (2014). Confiabilidade e reprodutibilidade do teste de caminhada de seis minutos em crianças saudáveis. Fisioterapia & pesquisa, 21(3), 279-284.
Matsudo, S., Araújo, T., Marsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., & Braggion, G. (2001). Questinário internacional de atividade f1sica (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista brasileira de atividade física e saúde, 05-18.
Morales-Blanhir, J. E., Palafox Vidal, C. D., Rosas Romero, M. D. J., García Castro, M. M., Londoño Villegas, A., & Zamboni, M. (2011). Six-minute walk test: a valuable tool for assessing pulmonary impairment. Jornal brasileiro de pneumologia, 37(1), 110-117.
Mylius, C. F., Paap, D., & Takken, T. (2016). Reference value for the 6-minute walk test in children and adolescents: a systematic review. Expert review of respiratory medicine, 10(12), 1335-1352.
Pessoa, B. V., Arcuri, J. F., Labadessa, I. G., Costa, J. N., Sentanin, A. C., & Di Lorenzo, V. A. P. (2014). Validity of the six-minute step test of free cadence in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Brazilian journal of physical therapy, 18(3), 228-236.
Pianosi, P. T., Liem, R. I., McMurray, R. G., Cerny, F. J., Falk, B., & Kemper, H. C. (2017). Pediatric exercise testing: value and implications of peak oxygen uptake. Children, 4(1), 6.
Reychler, G., Audag, N., Dewulf, S., Mestre, N. M., & Caty, G. (2018). Validation of 6 min step test and 4-m gait speed in children: A randomized cross-over study. Gait & posture, 61, 19-24.
Rodrigues, S. L., Mendes, H. F., & Viegas, C. A. D. A. (2004). Teste de caminhada de seis minutos: estudo do efeito do aprendizado em portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal brasileiro de pneumologia, 30(2), 121-125.
Souza, A. C. D., Alexandre, N. M. C., & Guirardello, E. D. B. (2017). Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabilidade e da validade. Epidemiologia e serviços de saúde, 26, 649-659.
Takken, T., Bongers, B. C., Van Brussel, M., Haapala, E. A., & Hulzebos, E. H. (2017). Cardiopulmonary exercise testing in pediatrics. Annals of the american thoracic Society, 14(Supplement 1), S123-S128.
Tanaka, H., Monahan, K. D., & Seals, D. R. (2001). Age-predicted maximal heart rate revisited. Journal of the american college of cardiology, 37(1), 153-156.
Weir, J. P. (2005). Quantifying test-retest reliability using the intraclass correlation coefficient and the SEM. The Journal of Strength & Conditioning Research, 19(1), 231-240.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Pedro Paulo Simões de Siqueira; Juliana Baptista Teixeira; Sulyvan Ítalo Daher Chaves; Anna Myrna Jaguaribe de Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
