Alunos com deficiência intelectual: O trabalho pedagógico e o ensino das ciências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15337

Palavras-chave:

Educação especial; Ensino de ciências; Pessoa com deficiência.

Resumo

A Educação tem buscado adequar seu papel às atuais demandas da sociedade, dentre elas, a promoção de igualdade e oportunidades de aprendizagem. No sentido de iniciar uma compreensão desse processo, este trabalho buscou descrever e analisar concepções e práticas de algumas professoras, do município de Aracaju-SE, que ensinam ciências, sobre o processo de inclusão do aluno com deficiência intelectual (DI) nas salas de aula de ensino regular. A pesquisa foi realizada em seis escolas de Aracaju, a partir da aplicação de 16 questionários a professoras do Ensino Fundamental I e II. Os dados foram interpretados a partir do método da Análise de Conteúdo Bardin (2016). Os resultados revelaram que a intelectual é a mais expressiva das deficiências no município, no entanto, as professoras consultadas não se consideram capacitadas para atender os alunos DI em classes regulares, dado que este despreparo é advindo, segundo elas, tanto de deficiências na formação inicial quanto da formação continuada, o que requer modificações na atual conjuntura da educação e do currículo de formação dos professores de ciências. Para que a Educação Inclusiva seja potencializada sugere-se que os professores sejam capacitados a utilizarem metodologias focadas no estudante, de maneira que todos os alunos e alunas possam desenvolver seu potencial a partir da construção de um pensamento científico, baseado na curiosidade e na ação de interação com o meio a qual eles estão inseridos.

Referências

Arnal, L. S. P., & Mori, N. N. R. (2007, October). Educação escolar inclusiva: A prática pedagógica nas salas de recursos. In Congresso brasileiro multidisciplinar de educação especial (Vol. 4).

Bardin, L. 2016. Análise de conteúdo. Edições 70.

Barros, A. B., Silva, S. M. M., & Costa, M. D. P. R. (2015). Dificuldades no processo de inclusão escolar: percepções de professores e de alunos com deficiência visual em escolas públicas. Boletim Academia Paulista de Psicologia, 35(88), 145-163.

Belo, C., Caridade, H., Cabral, L., & Sousa, R. (2008). Deficiência intelectual: terminologia e conceptualização. Revista Diversidades, 22(6), 4-8.

Borges, A. C., Oliveira, E. C. B., Pereira, E. F. B. B., & Oliveira, M. D. D. (2013, December). Reflexões sobre a inclusão, a diversidade, o currículo e a formação de professores. In Anais Eletrônicos do Congresso Acadêmico Científico da UEG de Porangatu (Vol. 3, No. 1).

Brasil (2015). Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, 43.

Brasil, Constituição Federal. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF. Ministério das Comunicações.

Brasil, Ministério da Educação. (2008). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC.

Brasil. Ministério da Educação. (1996). Leis de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: MEC.

Brasil. Secretaria de Educação Especial. (2001). Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Secretaria de Educação Especial. Brasília, DF.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. (1998). Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília, DF: MEC.

Caiado, K. R. M., de Souza Martins, L., & Antonio, N. D. R. (2009). A Educação Especial em Escolas Regulares: tramas e dramas do cotidiano escolar. Revista Diálogo Educacional, 9(28), 621-632.

Camargo, E. P. D. (2017). Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Ciência & Educação (Bauru), 23(1), 1-6.

Carvalho, P. M. D. S., & Silva, F. A. R. (2014). Horta orgânica como ambiente de aprendizagem de educação ambiental para alunos com deficiência intelectual.

Ferlini, G. M. S., & Cavalari, N. (2010). Os benefícios da equoterapia no desenvolvimento da criança com deficiência física. Caderno multidisciplinar de pós-graduação da UCP, pitanga, 1(4), 1-14.

Ferreira, G. C., & Toman, A. (2020). Educação Especial e inclusão: o que mostram as iniciativas de formação continuada?. Revista Docência e Cibercultura, 367-386.

Miranda, T. G., & Galvão Filho, T. A. (2012). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA.

GIL, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. Editora Atlas SA

Gil-Pérez, D. G., Montoro, I. F., Alís, J. C., Cachapuz, A., & Praia, J. (2001). Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação (Bauru), 7(2), 125-153.

Glat, R., & de Lima Nogueira, M. L. (2003). Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. Comunicações, 134-142.

Kafrouni, R. M., & de Souza Pan, M. A. G. (2001). A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e os impasses frente à capacitação dos profissionais da educação básica: um estudo de caso. Interação em Psicologia, (Curitiba), 5(1).

Krasilchik, M. (2004). Prática de ensino de biologia. Edusp.

Linsingen, L. V. (2010). Metodologia de ensino de Ciências e Biologia. UFSC (Florianópolis), 122.

Mantoan, M. T. E. (2015). Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer?. Summus Editorial.

Montoan, M. T. E. (2006). Ensaios Pedagógicos. Brasília: Ministério da Educação.

Mendes, E. G. (2006). A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação, 11(33), 387-405.

Menezes, R. V. D. P., Nogueira, B. G. D. S. P., Gonçalves, G. M. P., & Costa, R. R. D. P. (2011). Congresso Nacional de Educação. X, Curitiba. O diagnóstico de conhecimentos de biologia dos alunos do ensino médio regular e especial. (Curitiba).

Michels, M. H. (2006). Gestão, formação docente e inclusão: eixos da reforma educacional brasileira que atribuem contornos à organização escolar. Revista Brasileira de Educação, 11(33), 406-423.

Minayo, M. C. D. S., & Sanches, O. (1993). Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade?. Cadernos de saúde pública, 237-248.

Nascimento, R. P. D. (2009). Preparando professores para promover a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Londrina. Governo do Paraná

Oliveira, R. Q. D., Oliveira, S. M. B. D., Oliveira, N. A. D., Trezza, M. C. S. F., Ramos, I. B., & Freitas, D. A. (2016). A inclusão de pessoas com necessidades especiais no ensino superior. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(2), 299-314.

Piva, S. F. A. (2015). O preconceito na inclusão de alunos com deficiência na escola pública do Distrito Federal.

Pletsch, M. D., & Glat, R. (2012). A escolarização de alunos com deficiência intelectual: uma análise da aplicação do Plano de Desenvolvimento Educacional Individualizado. Linhas Críticas, 18(35), 193-208

Prudêncio, C. A. V. (2013). Perspectiva CTS em estágios curriculares em espaços de divulgação científica: contributos para a formação inicial de professores de Ciências e Biologia. Universidade Federal de São Carlos.

Rodrigues, D., Krebs, R. J., & Freitas, S. N. (2005). Educação inclusiva e necessidades educacionais especiais. Editora UFSM.

Sant'Ana, I. M. (2005). Educação inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia em estudo, 10(2), 227-234.

SANTOS, B. D. S. (1995). Entrevista com Prof. Boaventura de Souza Santos.

Silva, A. P. M., & Arruda, A. L. M. M. (2014). O papel do professor diante da inclusão escolar.

Soares, J. L. (2000). Biologia: a célula, os tecidos, embriologia. Scipione.

Taquette, S. R., & Borges, L. (2020). Pesquisa qualitativa para todos. Editora Vozes.

Vieira, A. S., & de Sant'Anna, H. M. M. (2015). Orientação sexual: materiais didáticos para aprendizagem de alunos com deficiência intelectual. Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática: questões atuais, 1(1).

Zanini, F. (2007). Educação Inclusiva e o papel do professor especialista. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Ciências UNESP–Campus de Bauru). Bauru.

Downloads

Publicado

15/05/2021

Como Citar

ANDRADE, J. A. M. de .; SILVA, E. C. da .; PAGAN, A. A. . Alunos com deficiência intelectual: O trabalho pedagógico e o ensino das ciências. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e52410515337, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.15337. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15337. Acesso em: 4 ago. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais