Condutividade hidráulica e difusividade de um Latossolo Vermelho cultivado com cana-de-açúcar fertirrigada com nitrogênio e potássio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15402Palavras-chave:
Saccharum spp.; Infiltração; Poros.Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da lâmina de irrigação e da fertirrigação (NK) na condutividade hidráulica e na difusividade de um Latossolo Vermelho distroférrico cultivado com cana-de-açúcar. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso analisado em esquema fatorial 5 × 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por cinco reposições hídricas (0, 25, 50, 75 e 100%), com e sem fertirrigação (NK). Foi cultivada a variedade RB 85-5453, em linha dupla (plantio “em W”), com 8 m de comprimento, 1,80 m entre linhas de gotejo, o espaçamento entre sulcos foi de 0,40 m, totalizando 52,8 m2 de área total. Para os tratamentos com reposição hídrica, o tubo gotejador foi enterrado a 0,20 m de profundidade da superfície do solo, no meio da linha dupla. O modelo de tubo gotejador (DRIPNET PC 16150) com parede delgada, pressão de serviço de 1 bar, vazão nominal de 1,0 L h-1 e espaçamento entre gotejadores de 0,50 m. O nitrogênio foi aplicado via fertirrigação, na dose de 100 kg ha-1, com intervalos de 30 dias, com 10 aplicações durante todo o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar. A adubação potássica foi realizada parcialmente no plantio, representando 30% do total, o restante foi aplicado via fertirrigação. O nitrogênio e potássio foram espalhados apenas no tratamento com reposição de água de 0%. Foi avaliado a condutividade hidráulica e a difusividade versus o logaritmo da carga de pressão, na profundidade de 10 cm, utilizando o software RETC. A difusividade hidráulica para a reposição hídrica de 25 e 50% com NK foi de 160,3 e 14,9 cm2 dia-1 para os menores valores do logaritmo da carga de pressão.
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