Uma breve análise da possibilidade do Unschooling enquanto proposta metodológica de educação integral para homeschooling no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15429Palavras-chave:
Unschooling; Ensino doméstico; Educação integral; Metodologia; Ensino.Resumo
Unschooling é uma metodologia homeschooling bastante conhecida nos Estados Unidos, mas pouco difundida em território brasileiro. O objetivo deste artigo é analisar a metodologia de unschooling e compará-la à descrição de educação integral de várias autoridades sobre o tema, e das cartilhas de educação integral do Ministério da Educação, e validá-la (ou não) como proposta de educação integral para ensino doméstico no Brasil. Para isso, na metodologia, foi analisada a obra base do fundador do método, John Holt (Holt & Farenga, 2017), dentre outras, na qual é explicado o que é o unschooling e sua prática, além de examinar e descrever os conceitos de educação integral, no contexto brasileiro, a fim de examinar não apenas a exequibilidade do referido método de ensino no lar, mas também sua eficácia no alcance integral do aluno, nas dimensões afetiva, cognitiva e psicomotora. Como resultado da pesquisa, constatou-se que o unschooling é uma metodologia homeschooling que alcança todas as dimensões do aluno, servindo plenamente como tipo de educação integral no Brasil.
Referências
Aldrich, Clarck. Unschooling rules. Austin, TX: Greenleaf Book Group Press, 2011.
Associação Nacional de Ensino Doméstico (ANED). Últimas notícias. Aprovado em primeira votação o PL 013/2021, a favor da educação domiciliar no ensino de Guaíra/PR. Recuperado em 24 de abril de 2021, de <https://www.aned.org.br/index.php/component/content/article/21-blog/conteudo-livre-blog/178-aprovacao-pl-013-2021?Itemid=137>.
Bluedorn, H. & B., L. (2016). Ensinando o Trivium. Volume 1: O Trivium teórico. Brasília: Monergismo.
Brandão, C. (2001). O que é educação. São Paulo: Brasiliense.
Brasil. MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. (2009). Educação integral: Texto referência para o debate nacional. Brasília: MEC, Secad.
MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parecer 34/2000. Recuperado em 05 de abril de 2021, de < http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pceb34_00.pdf >.
Câmara dos Deputados. Projeto de Lei 2401/2019. Dispõe sobre o exercício do direito à educação domiciliar, altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Recuperado em 01 de abril de 2021, de <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2198615 >.
Coelho, L. M. C. C. Portilho, D. B. (2009). Educação integral, tempo integral e políticas públicas: Reflexões sobre concepções e práticas. In: COELHO, Lígia Martha Coimbra da Costa (Org.). Educação integral em tempo integral: Estudos e experiências em processo. Rio de Janeiro: FAPERJ, p. 89-99.
Cortella, M. S.. (2018). Nós e a escola: Agonias e alegrias. Petrópolis: Vozes.
Gadotti, M. (2009). Educação integral no Brasil: Inovações em processo. São Paulo: Instituto Paulo Freire.
Gatti, B. A. (2020). Possível reconfiguração dos modelos educacionais pós-pandemia. Estud. av., São Paulo, v. 34, n. 100, p. 29-41, dez.
Gatto, J. T. (2019). Emburrecimento programado: O currículo oculto da escolarização obrigatória. Campinas: CEDET.
Gray, Peter; Riley, Gina. Journal of Unschooling and Alternative Learning. The Challenges and Benefits of Unschooling. According to 232 Families Who Have Chosen that Route, v. 7, edição 14, p. 1-27, 2013. Recuperado em 23 de Abril de 2021, de <https://cdn2.psychologytoday.com/assets/JUAL%202013%20Unschooling%20Survey%20art..pdf>.
Holt, J.; Farenga, P. (2017). Ensine do seu jeito: O livro de John Holt sobre educação domiciliar. Campinas: Kírion.
Illich, I. (1971). Deschooling Society: Today’s most controversial revolutionary gives his prescription for remoking schools to meet our human needs. Harrow books.
Ingst, E. (2019). Educação: Guia para perplexos. Campinas: CEDET.
Ingst, E. (2020). A boa e a má Educação: Exemplos internacionais. Campinas: CEDET.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio: Educação. Recuperado em 08 de abril de 2021, de <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao.html>.
Joseph, M. (2008). O Trivium: As artes liberais da lógica, da gramática e da retórica. São Paulo: É realizações.
Laricchia, P. (2012). Free to learn: Five Ideas for a Joyful Unschooling Life. Ontário: Living Joyfullt Enterprises.
Laricchia, P. (2013). Free to live: Create a Thriving Unschooling Home. Ontário: Living Joyfullt Enterprises.
Laricchia, P. (2014). Life through the lens of Unschooling: Ontário: Living Joyfullt Enterprises, 2014.
Laricchia, P. (2016). What is unschooling? Living and Learning without School. Ontário: Living Joyfullt Enterprises, 2016.
Lei no 6.759 de 16/12/2020. (LEGISWEB) Institui a educação domiciliar no Distrito Federal e dá outras providências. Recuperado em 01 de abril de 2021, de <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=406099#:~:text=Institui%20a%20educa%C3%A7%C3%A3o%20domiciliar%20no%20Distrito%20Federal%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,educa%C3%A7%C3%A3o%20domiciliar%20no%20Distrito%20Federal.&text=%C2%A7%203%C2%BA%20A%20educa%C3%A7%C3%A3o%20domiciliar,utilitarista%20ou%20por%20conveni%C3%AAncia%20circunstancial.>.
Lei no 7.160 de 25 de Setembro de 2020. Dispõe sobre educação domiciliar (homeschooling) no município de Cascavel e dá outras providências. Atos do Poder Legislativo de Cascavel. Recuperado em 01 de abril de 2021, de <http://www.cascavel.pr.gov.br/anexos/2020092817033302.pdf >.
Lei no 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Recuperado em 23 de abril de 2021, de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.
Maurício, L. V. (2009). Escritos, representações e pressupostos da escola pública de horário integral. In: MAURÍCIO, L. V. (Org.). Educação integral e tempo integral. Revista Em Aberto. Brasília: Ministério da Educação & INEP, v. 22, no. 80, p. 15-31, abril.Moreira, A. M. (2017). O direito à educação domiciliar. Brasília: Monergismo.
Paiva, R. S. P.; Azevedo, D. S. & Coelho, L. M. C. C. (2014). Concepções de Educação Integral em propostas de ampliação do tempo escolar. Juiz de Fora: UFJF, 2014, v. 16, no. 1. Instrumento: Revista de estudo e pesquisa em educação. Recuperado em 30 de março de 2021, de https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/18892.
Pasini, C. G. D.; Carvalho, E. & Almeida, L. H. C. (2020). A educação híbrida em tempos de pandemia: Algumas considerações. Santa Maria: Observatório Socioeconômico da COVID-19, projeto realizado pelo Grupo de Estudos em Administração Pública, Econômica e Financeira (GEAPEF) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 2020. Recuperado em 01 de abril de 2021, de < https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/820/2020/06/Textos-para-Discussao-09-Educacao-Hibrida-em-Tempos-de-Pandemia.pdf >.
Pestana, S. F. P. (2014). Afinal, o que é educação integral? Revista contemporânea de Educação, v. 9, no. 17, pp. 24-41.
Prodanov, C. C.; Freitas, E. C. (2013), Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª Ed. Novo Hamburgo: Universidade Feevale.
Rilery, G.; Gray, P. (Ano?). Grown Unschoolers’ Experiences with Higher Education and Employement: Report II on a Survey of 75 Unschooled Adults.
Riley, Gina. European Journal of alternative education studies. Unschooling: A direct educational application of Deci and Ryan’s (1985) self determination theory and cognitive evaluation theory, v. 3, n. 1, p. 54–62, 2018. Recuperado em 23 de abril de 2021, de https://www.researchgate.net/publication/323880246_UNSCHOOLING_A_DIRECT_EDUCATIONAL_APPLICATION_OF_DECI_AND_RYAN'S_1985_SELF_DETERMINATION_THEORY_AND_COGNITIVE_EVALUATION_THEORY/link/5ab10e21a6fdcc1bc0beeb21/download
Rosa, A. V. N. & Silva, Luisa Figueiredo do Amaral. Educação integral e(m) tempo integral: Diálogos sobre uma didática sobre uma didática para o pleno desenvolvimento do educando. Ceará: EdUECE. Livro 3 do Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (EdUECE). Didática e prática de ensino na relação com a Sociedade, 2014. Recuperado em: 03 de abril de 2021, de <http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro3/200%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20INTEGRAL%20E%20M%20TEMPO%20INTEGRAL%20DI%C3%81LOGOS%20SOBRE%20UMA%20DID%C3%81TICA%20PARA%20O%20PLENO%20DESENVOLVIMENTO%20DO%20EDUCANDO.pdf>.
Santos, A. L. (2019). Educação domiciliar ou lugar de criança é na escola? Uma análise sobre a proposta de homeschooling no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, 2019. Dissertação de Mestrado. Recuperado em 01 jul. 2020, de <https://ppge.educacao.ufrj.br/dissertacoes2019/dALINE%20LYRA%20DOS%20SANTOS.pdf>.
Santos, M. C.; Mororó, L. P. (2020). Homeschooling no Brasil: Rumo a uma possível regulamentação nacional? ANPED – Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação. XXV EPEN – Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste – Reunião Científica da ANPED. 04 a 07 de Novembro de 2020, Faculdade de Educação da UFBA. Recuperado em 02 abr. 2021, de <http://anais.anped.org.br/regionais/sites/default/files/trabalhos/20/8318-TEXTO_PROPOSTA_COMPLETO.pdf >.
Silva, R. S. (2013). Gestão de EaD: Educação a distância na era digital. São Paulo: Novatec.
Tardif, M. (2014). Saberes docentes e formação profissional. 17ª edição. Petrópolis: Vozes.
Sedlmayr, A. (2014). Livre para crescer: Sustentabilidade emocional, parentalidade com apego e Unschooling. [S.e.].
Zamboni, F. (2016). Contra a escola: Ensaio sobre literatura, ensino e educação liberal. São Paulo: Vide editorial.
Zamboni, F. (2020). A opção pelo homeschooling: Guia fácil para entender por que a educação domiciliar se tornou uma necessidade urgente em nossa época. Campinas: CEDET.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Henrique Ribeiro de Araujo; Edione Teixeira de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.