Dores osteomusculares e o estresse percebido por docentes durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15447Palavras-chave:
COVID-19; Docentes; Dor osteomuscular; Estresse psicológico.Resumo
Objetivo: Analisar a presença de dores osteomusculares e de estresse percebido em docentes universitários em tempos de pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo transversal de análise quantitativa realizado com o corpo docente de uma instituição de ensino superior entre os meses de outubro de dezembro de 2020. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico e profissional, do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e da Escala de Percepção de Estresse-10 (PSS-10). Resultados: A maioria dos 51 participantes eram mulheres (64,7%); com idade entre 31 e 49 anos (59,6%); casados (66,7%) e com filhos (58,8%). Possuíam especialização e mestrado (41,2%); dois empregos (62,7%); carga horária total de mais 40 horas semanais (41,2%); com renda mensal entre quatro e seis salários mínimos (35,3%); e com tempo de trabalho na instituição de até cinco anos (58,8%). A principal queixa osteomuscular dos docentes foi na região das costas, inclusive gatilho para a procura por atendimentos de saúde. Apenas os problemas relacionados aos cotovelos não os impediram de realizar suas atividades normais no último ano. Conclusão: O período de atividade remota aponta uma percepção de estresse acima da média em 45,1%os participantes, estando diretamente relacionada à existência de distúrbios osteomusculares no pescoço e ombros nos últimos 12 meses.
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