Melões ‘pele de sapo’ minimamente processados sob diferentes embalagens e recobrimentos comestíveis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15566Palavras-chave:
Cucumis melo L; Processamento; Biopolímeros; Embalagens.Resumo
O uso de recobrimentos comestíveis contribui na conservação de vegetais devido a sua capacidade de mudar a atmosfera, reduzindo os processos fisiológicos como respiração, degradação da parede celular, transpiração e, também, por restringir a ação microbiana, preservando assim a qualidade dos produtos vegetais, sendo também a embalagem um fator essencial na conservação de vegetais minimamente processados. O presente trabalho buscou estudar diferentes alternativas de conservação que possibilitem aumentar a vida útil de melões ‘Pele de Sapo’ minimamente processados. Os frutos foram minimamente processados em cubos, submetidos aos recobrimentos comestíveis por imersão em cloreto de cálcio, fécula de mandioca, quitosana, amido de inhame e amido de batata doce branca, armazenados em bandejas de poliestireno expandido recobertas com filme de cloreto de polivinila, foram também utilizados filme plásticos de polipropileno biorientado, e embalagens de tereftalato de polietileno, totalizando 7 tratamentos e armazenados a 3º C e analisados a cada 2 dias, durante 10 dias. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 7 × 6, com três repetições, totalizando 126 unidades experimentais. Os recobrimentos e embalagens associados à refrigeração conservaram a qualidade e integridade dos frutos durante o armazenamento, garantindo estabilidade dos compostos bioativos tais como: clorofilas, carotenoides e polifenóis extraíveis. Os tratamentos de Quitosana 2% (Trat.2) e a embalagem Tereftalato de Polietileno (Trat.6) auxiliaram de forma significativa na manutenção e conservação dos melões minimamente processados quanto a perda de massa e aparência dos frutos.
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