Correlação da liberação do Nogo A com a formação da cicatriz da glia na lesão medular
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15688Palavras-chave:
Cicatrização; Neuroglia; Modelos animais; Modelos animais.Resumo
Diversos inibidores de crescimento axonal já foram identificados acompanhando a lesão medular, sendo as mais conhecidas as proteínas derivadas de mielina, como o Nogo-A. O presente trabalho teve como objetivo correlacionar a formação da cicatriz glial com o início da liberação do inibidor de crescimento axonal Nogo-A em ratos previamente submetidos à lesão medular compressiva. Para isso, 12 ratos Wistar, machos e fêmeas (250 ± 50g), foram divididos em 3 grupos de 4 animais cada, de acordo com o tempo de eutanásia dos animais após a lesão medular (G3 - três dias; G5 - cinco dias; G7 - sete dias). Foi realizada a indução das lesões medulares por meio de laminectomia dorsal da vértebra T10 e compressão epidural. A avaliação histopatológica e da imunorreatividade do inibidor de crescimento axonal Nogo-A foram realizadas. Foi observado que houve a liberação do inibidor axonal Nogo-A a partir de 24h após a ocorrência de lesão medular, e que cicatriz da glia deve ser mantida, nesse intervalo de tempo, para que garanta o reequilíbrio do meio pós-trauma. Dessa forma, sugere-se que a cicatriz glial deve ser mantida na fase aguda da lesão, garantindo seus inúmeros benefícios ao reequilíbrio do ambiente pós-lesionado e, após 24h, quando se inicia a liberação do inibidor de crescimento axonal estudado, esta deve ser removida.
Referências
Adams, K. L., & Gallo, V. (2018). The diversity and disparity of the glial scar. Nature neuroscience, 21(1), 9–15. https://doi.org/10.1038/s41593-017-0033-9
Alibardi L. (2020). NOGO-A immunolabeling is present in glial cells and some neurons of the recovering lumbar spinal cord in lizards. Journal of morphology, 281(10), 1260–1270. https://doi.org/10.1002/jmor.21245
Aslam, A. F., Aslam, A. K., Vasavada, B. C., & Khan, I. A. (2006). Cardiac effects of acute myelitis. International journal of cardiology, 111(1), 166–168. https://doi.org/10.1016/j.ijcard.2005.06.018
Carwardine, D., Prager, J., Neeves, J., Muir, E. M., Uney, J., Granger, N., & Wong, L. F. (2017). Transplantation of canine olfactory ensheathing cells producing chondroitinase ABC promotes chondroitin sulphate proteoglycan digestion and axonal sprouting following spinal cord injury. PloS one, 12(12), e0188967. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0188967
Gajic, O., & Manno, E. M. (2007). Neurogenic pulmonary edema: another multiple-hit model of acute lung injury. Critical care medicine, 35(8), 1979–1980. https://doi.org/10.1097/01.CCM.0000277254.12230.7D
Glass, E.N. & Kent, M. (2007) Neurologic System Emergencies. In A. Battaglia, Small Animal Emergency And Critical Care For Veterinary Technicians. Saunders, ed. 2.
Huang, L., Wu, Z. B., Zhuge, Q., Zheng, W., Shao, B., Wang, B., Sun, F., & Jin, K. (2014). Glial scar formation occurs in the human brain after ischemic stroke. International journal of medical sciences, 11(4), 344–348. https://doi.org/10.7150/ijms.8140
Huang, J. Y., Wang, Y. X., Gu, W. L., Fu, S. L., Li, Y., Huang, L. D., Zhao, Z., Hang, Q., Zhu, H. Q., & Lu, P. H. (2012). Expression and function of myelin-associated proteins and their common receptor NgR on oligodendrocyte progenitor cells. Brain research, 1437, 1–15. https://doi.org/10.1016/j.brainres.2011.12.008
Lee, B. B., Cripps, R. A., Fitzharris, M., & Wing, P. C. (2014). The global map for traumatic spinal cord injury epidemiology: update 2011, global incidence rate. Spinal cord, 52(2), 110–116. https://doi.org/10.1038/sc.2012.158
Li, Y., He, X., Kawaguchi, R., Zhang, Y., Wang, Q., Monavarfeshani, A., Yang, Z., Chen, B., Shi, Z., Meng, H., Zhou, S., Zhu, J., Jacobi, A., Swarup, V., Popovich, P. G., Geschwind, D. H., & He, Z. (2020). Microglia-organized scar-free spinal cord repair in neonatal mice. Nature, 587(7835), 613–618. https://doi.org/10.1038/s41586-020-2795-6
Meyer, F.; Vialle, L.R.; Vialle, E.N.; Bleggi-Torres, L.F.; Rasera, E.; Leonel, I.(2013) Alterações vesicais na lesão medular experimental em ratos. ActaCirurgicaBrasileira, 18(3), 112-119.
NATIONAL SPINAL CORD INJURY STATISTICAL CENTER, N.S.C.I.S. Annual report for the spinal cord injury model system, 2014.
Rolls, A., Shechter, R., & Schwartz, M. (2009). The bright side of the glial scar in CNS repair. Nature reviews. Neuroscience, 10(3), 235–241. https://doi.org/10.1038/nrn2591
Šedý, J., Zicha, J., Kunes, J., Jendelová, P., & Syková, E. (2009). Rapid but not slow spinal cord compression elicits neurogenic pulmonary edema in the rat. Physiological research, 58(2), 269–277. https://doi.org/10.33549/physiolres.931508
Sofroniew M. V. (2005). Reactive astrocytes in neural repair and protection. The Neuroscientist : a review journal bringing neurobiology, neurology and psychiatry, 11(5), 400–407. https://doi.org/10.1177/1073858405278321
Sun, X., Kong, Q., Sun, K., Huan, L., Xu, X., Sun, J., & Shi, J. (2020). Expression of Nogo-A in dorsal root ganglion in rats with cauda equina injury. Biochemical and biophysical research communications, 527(1), 131–137. https://doi.org/10.1016/j.bbrc.2020.04.094
Tang B. L. (2020). Nogo-A and the regulation of neurotransmitter receptors. Neural regeneration research, 15(11), 2037–2038. https://doi.org/10.4103/1673-5374.282250
Wang, J. W., Yang, J. F., Ma, Y., Hua, Z., Guo, Y., Gu, X. L., & Zhang, Y. F. (2015). Nogo-A expression dynamically varies after spinal cord injury. Neural regeneration research, 10(2), 225–229. https://doi.org/10.4103/1673-5374.152375
Yang, T., Dai, Y., Chen, G., & Cui, S. (2020). Corrigendum: Dissecting the Dual Role of the Glial Scar and Scar-Forming Astrocytes in Spinal Cord Injury. Frontiers in cellular neuroscience, 14, 270. https://doi.org/10.3389/fncel.2020.00270
Zhang, L., Lei, Z., Guo, Z., Pei, Z., Chen, Y., Zhang, F., Cai, A., Mok, G., Lee, G., Swaminathan, V., Wang, F., Bai, Y., & Chen, G. (2020). Development of Neuroregenerative Gene Therapy to Reverse Glial Scar Tissue Back to Neuron-Enriched Tissue. Frontiers in cellular neuroscience, 14, 594170. https://doi.org/10.3389/fncel.2020.594170
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Juliana Casanovas de Carvalho; César Augusto Abreu-Pereira; Lucas Cauê da Silva Assunção; Rosana Costa Casanovas; Ana Lucia Abreu-Silva; Matheus Levi Tajra Feitosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.