LIBRAS em saúde: Avaliação na perspectiva de pacientes e de acadêmicos de medicina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16225Palavras-chave:
Libras; Saúde; Surdo; Ensino.Resumo
Objetivo: Investigar a ampliação do conhecimento sobre necessidade do acesso às pessoas com deficiência auditiva aos serviços de saúde. Metodologia: Estudo quantitativo com desenho de estudo descritivo e transversal e faz parte do projeto Libras em saúde da ONG International Federation of Medical Students Association of Brazil, comitê da Universidade Federal do Pará, cujo objetivo geral é investigar o atendimento à pessoa surda na área da saúde na perspectiva acadêmica e, também, do surdo. Resultados: O percentual de avaliações negativas do encontro com profissionais de saúde representou 51% dentre os bilíngues; e 78% no grupo de surdos que se comunicam. Foram entrevistados 56 acadêmicos dos terceiro e quarto anos de medicina da UFPA. O pré-teste evidenciou o desconhecimento dos alunos sobre a cultura surda e a língua de sinais. No pós-teste: os alunos conseguiram diferenciar o surdo da pessoa com deficiência auditiva pela inserção ou não na cultura surda. Conclusão: Pacientes surdos utilizam o sistema de saúde de modo diferente de pacientes ouvintes e relatam dificuldades representadas por medo, desconfiança e frustração. O estudo demonstra que os profissionais da saúde não se encontram preparados para lidar com o atendimento a pessoas com deficiência auditiva, referindo, ainda, a falta de intérpretes para o auxílio nestes atendimentos e a falta de paciência na condução dos procedimentos por meio dos profissionais. Assim, a inclusão do ensino de Libras como sendo disciplina do curso de medicina, se faz um importante instrumento de mudança na realidade social que o deficiente auditivo está incluído atualmente.
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