Tempo de colher, tempo de plantar: Alfabeletrar na e pela vivência no campo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16405Palavras-chave:
Alfabetização científica; Educação no Campo; Saberes locais.Resumo
Na sociedade brasileira, foi estabelecido um ideário de desvalorização das pessoas do campo, como se fossem indivíduos maltrapilhos e com pouca escolarização. Assim, compete as escolas do campo atender às demandas da comunidade camponesa e também desmitificar esse ideário carregado de pré-conceitos atribuídos aos trabalhadores e as pessoas que vivem no meio rural. O presente estudo relata uma experiência interdisciplinar desenvolvida com estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Roberval Costa Reis, situada no assentamento Porto Velho, município de Santa Terezinha/MT. A intervenção pedagógica teve por objetivo proporcionar a eles atividades e mediação que possibilitassem consolidar a alfabetização científica e dos signos, além do letramento para a vida, partindo do contexto local. A ação foi realizada durante o segundo semestre de 2018 e percorreu por seis etapas, nas quais foram trabalhadas atividades teóricas e práticas, voltadas para a produção de alimentos nas propriedades, estimulando aprendizagem da leitura e da escrita de conceitos matemáticos e das ciências a partir do conhecimento de mundo e da sua realidade. Durante as atividades propostas pode-se perceber que os estudantes ficaram mais motivados a participar das ações desenvolvidas em sala de aula, e, especialmente, quanto estas rompiam aquele quadrilátero, com alcance a espaços poucos utilizados para fins de promover aprendizagens escolares a exemplo do laboratório de informática, o pátio da escola e os quintais das casas existentes na comunidade escolar. Por fim, as ações possibilitaram-nos ampliar o universo de possibilidades de integração de saberes no tocante à alfabetização e letramentos destes sujeitos de direito.
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