O conhecimento da anatomia versus a Odontologia Legal: Uma revisão integrativa sobre o processo de identificação humana
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16421Palavras-chave:
Anatomia; Odontologia legal; Antropologia forense.Resumo
Com o avanço da ciência forense, tornou-se perceptível o envolvimento da Odontologia Legal no sucesso da identificação humana. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os principais aspectos anatômicos para a identificação humana em Odontologia Legal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, cuja busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os “Anatomia” e “Odontologia Legal”, com auxílio do operador boleano “and”, obtendo-se inicialmente 178 resultados. Os critérios de elegibilidade foram os seguintes: artigos publicados em inglês, português e espanhol; publicações entre janeiro de 2015 e março de 2021; artigos que se adequem à temática. Resultados e Discussão: Todos os artigos selecionados apresentaram objetivo relacionado à identificação humana. A maioria dos estudos buscou analisar métodos de estimativa de idade e dimorfismo sexual (45%, n= 10). As estruturas anatômicas mais citadas nos artigos avaliados foram as rugas palatinas (36,4%, n= 8). Tais resultados podem ser corroborados através da nuvem de palavras formada através da análise dos artigos, onde observa-se que as palavras mais mencionadas foram respectivamente rugas palatinas, analisar, estimativa, idade, identificação forense e dimorfismo sexual. A Análise de Similitude demonstra quatro principais núcleos de palavras, a citar: “rugas palatinas”, “estimativa”, “analisar” e “dimorfismo sexual”. Considerações Finais: Há a prevalência de diversas características anatômicas presentes no sistema estomatognático, que são fundamentais para a pesquisa forense na identificação humana. Os resultados dessa revisão responderam à pergunta norteadora estabelecida na metodologia.
Referências
Andrade, R. N. M. et al. (2019). Reliability, of palatal rugoscopy for sexual dimorphism in forensic dentistry: A systematic literature review and meta-analysis. Archives of Oral Biology, 97: 25-34.
Babaji, P. et al. (2018). Evaluation of Palatal Rugae Pattern in Identification and Sex Determination in Indian Children. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clinica Integrada, 18(1):e3944.
Bing, L. et al. (2017a). Model analysis of anatomical morphology changes of palatal rugae before and after orthodontic treatment. International Journal of Morphology, 35(4):1224-1229.
Bing, L. et al. (2017b). Morphology and volume of maxillary canine pulp cavity for individual age estimation in forensic dentistry. International Journal of Morphology, 35(3):1058-1062.
Briem, S. et al. (2019). Diferencias por género a través del estudio de los tipos de huellas labiales en estudiantes. Revista Facultad de Odontología UBA, 34(78): 19-28.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). Tutorial para uso do software de análise textual IRAMUTEQ. Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina.
Capitaneanu, C.; Willems, G. & Thevissen, P. (2017). A systematic review of odontological sex estimation methods. Journal of Forensic Odonto-Stomatology, 35(2): 1-19.
Duangto, P. et al. (2018). New equations for age estimation using four permanent mandibular teeth in Thai children and adolescents. International Journal of Legal Medicine, 132(6):1743-1747.
Ferreira-Silva, R. et al. (2018). Skeletonized body identified by analysis of frontal sinus morphology and characteristics of osteosynthesis material: a forensic case report. Odontoestomatología, 20(31): 65-70.
Fonseca, G. M. et al. (2016). Desarrollo de la investigación sobre variación morfológica de poblaciones históricas Sudamericanas utilizando rasgos dentales no métricos. International Journal of Morphology, 34(1):116-126.
Franco, A. et al. (2015). The uniqueness of the human dentition as forensic evidence: a systematic review on the technological methodology. International Journal of Legal Medicine, 129: 1277-1283.
López-Lázaro, S. et al. (2016). Investigación de rasgos dentales no métricos en poblaciones sudamericanas actuales: estado de situación y contextualización forense. International Journal of Morphology, 34(2):580-592, 2016.
López-Lázaro S. et al. (2018). Sexual dimorphism of the first deciduous molar: A geometric morphometric approach. Forensic Science International, 290:94-102.
Mehta, S. et al. (2017). Evaluation of sexual dimorphism using permanent maxillary first molar in Sri Ganganagar population. Indian Journal of Dental Research, 28(5): 482-486.
Muhasilovic, S. et al. (2016). Analysis of palatal rugae in males and females of na average age of 35 in a population from Bosnia and Herzegovina. Journal of Forensic and Legal Medicine, 39: 147-150.
Neves, I. S. R. et al. (2021). Rugoscopia palatina e seus desafios na identificação humana: uma revisão
Integrativa. Research, Society and Development, 10(4): e23810414090.
Pinto, P. H. V. et al. (2017). Assessment of the opening diameter of the incisive foramen as a parameter for gender and age estimation. Journal Brazilian Dental Science, 20(4): 106-114.
Regalado, R. A.; Escalona, A. A. & Sánchez, C. S. (2017). Transparencia radicular y estimación de la edaden una población esquelética proveniente de un cementerio contemporáneo del estado de Hidalgo, México. Revista Associacíon Dental Mexicana, 74 (3): 127-132.
Rodrigues, C. T. et al. (2016). Prevalence and morphometric analysis of three-rooted mandibular first molars in a Brazilian subpopulation. Journal of Applied Oral Science, 24(5):535-542.
Rosa, G. A. A. et al. (2020). Computerized morphometry of the area of the hard palate and of palatal rugae: across-sectional study. Revista de Medicinal Legal da Costa Rica, 37(1): 154-161.
Sampaio, R. F. & Mancini, M. C. (2007). Systematic review studies: a guide for careful synthesis of the scientific evidence. Revista Brasileira de Fisioterapia, 11(1): 83-89.
Silva, R. F. et al. (2017). A história da Odontologia Legal no Brasil. Parte 1: origem enquanto técnica e ciência. Revista Brasileira de Odontologia Legal, 4(2):87-103.
Silva, R. F. et al. (2018). Identificação humana pela análise do seio frontal em radiografias anteroposteriores com incidência mento-naso em crânio humano – um relato de caso pericial. Revista Brasileira de Odontologia Legal, 6(1):62-66.
Souza, M. C.; Silva, M. D. & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: O que é e como fazer? Einstein, 8(1): 102-6.
Wu, X. P. et al. (2016). Application of palatal rugae morphology in forensic identification. International Journal of Morphology, 34(2):510-513.
Xiu-Ping, W. et al. (2017). Analysis of palatal rugae morphology before and after orthodontic treatment by a digital image recognition system. International Journal of Morphology, 35(2): 420-424.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Matheus Harllen Gonçalves Veríssimo; Matheus Andrade Rodrigues; Waleska Fernanda Souto Nóbrega; Danilo Vieira Barbosa; Osires de Medeiros Melo Neto; Brenno Anderson Santiago Dias; João Paulo Soares de Oliveira; Lucas Rodrigues dos Santos; José Eduardo Galdino da Silva; Jhulie Lorrany Mendes de Almeida ; Myllenna dos Santos Ferreira ; Priscylla Gabrielly Brasileiro de Melo; Tauany Maria da Rocha Borges Leal; Maria Alice Pereira Silva; Gustavo Correia Basto da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.