Ensino do tema tabela periódica na educação básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1657

Palavras-chave:

História da Ciência; Química; Recursos Didáticos.

Resumo

O ensino da tabela periódica da educação básica está presente de forma introdutória no 9º ano do Ensino Fundamental e de forma mais aprofundada no 1º ano do Ensino Médio. Independente do nível de abordagem, seu ensino ainda ocorre de forma tradicional em muitas instituições de ensino, pautando-se na memorização exaustiva da estrutura de organização e das propriedades dos elementos. Esse processo de ensino torna a tabela periódica um conteúdo de pouco interesse e despreza o processo histórico de sua construção. Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo discutir e incentivar a adoção de uma abordagem envolvendo a história da ciência de forma contextualizada, além da adoção de outros recursos didáticos, e não apenas a tabela impressa. Para tal, apresenta-se uma breve revisão bibliográfica sobre a história da tabela periódica e sua abordagem em sala de aula. Sugere-se ainda  o uso de diferentes metodologias para o ensino do  tema na educação básica.

Referências

Allchin, D. (2014). From Science Studies to Scientific Literacy: A View from the Classroom. Science & Education, v. 23, n. 9, p. 1911-1932.

Barreto, G. S. N.; Xavier, J. L.; Santos, J. D.; Porto, M. D.; Mesquita, N. A. S. (2017). A percepção do software educativo químico pelo professor da Educação Básica. ESPACIOS (CARACAS), v. 38, p. 16-24.

Barros Filho, D. A.; Imbernom, R. A. L.; Netto, S. M. (2014). Distribuição eletrônica e tabela periódica dos elementos. Revista Energia, v. 6, n. 6p, p. 7s.

Barros, I. C. L.; Santos, V. O. (2009). Oficina de Química: experimentos de Química inorgânica para alunos do Ensino Médio. In: 32ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (32ª RASBQ), 2009, Águas de Lindoia. Anais... Águas de Lindoia, SP. Disponível em: <http://sec.sbq.org.br/cdrom/32ra/resumos/T1628-1.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2019.

Brasil. (1998). Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais (3º e 4º ciclos): Ciências Naturais. Brasília.

Brasil. (2017b). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Ensino Médio. Brasília. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc-etapa-ensino-medio>. Acesso em: 01 set. 2019.

Brasil. (2017a). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (versão final). Brasília. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 01 set. 2019.

Brasil. (2006). Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologia. V.2. Brasília: Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Básica. 2006.

Brasil. (2002). Ministério da Educação. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação – MEC, Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC. Brasília: MEC/SEMTEC. 141 p.

Carreira, W. (2010). “Química em geral” a partir de uma tabela periódica no microsoft excel: uma estratégia de ensino de química na educação básica. Dissertação (mestrado em Ensino de Ciências na Educação Básica), Universidade do Grande Rio, Escola de Educação, Ciências, Letras, Artes e Humanidades, 2010. 142p.

Castro, C. A. A. A.; Dias, M. M.; Cabral, W. A. (2018). A intertextualidade no gênero textual jornalístico produzido em aulas de Química no Ensino Médio: compreendendo as diferentes relações intertextuais. Educação Básica Revista, v. 4, n. 2, p. 301-310.

Cavalcanti, J. A.; Freitas, J. C. R. de; Melo, A. C. N. de; Freitas Filho, J. R. (2010). Agrotóxicos: Uma Temática para o Ensino de Química. Química Nova na Escola (Impresso), v. 32, n. 1, p. 31-36.

Chassot, A. I. (2003). Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Ed. Unijuí.

Chassot, A. I. (1993). Catalisando transformações na educação. Ijuí: Ed. Unijuí.

Dallacosta, A.; Fernandes, A. M. da R.; Bastos, R C. (1998). Desenvolvimento de um software educacional para o ensino de química relativo à tabela periódica. In: IV Congresso da Rede Iberoamericana de Informática Educativa (IV RIBIE), Brasília. Anais... Brasília, DF. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/niee/eventos/RIBIE/1998/pdf/com_pos_dem/160.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2019.

Eichler, M. L.; Del Pino, J. C. D. P. C. (2000). Computadores em Educação Química: Estrutura Atômica e Tabela Periódica. Química Nova, v. 6, n. 23, p. 835-840.

Feltre, R. (2004). Química Geral. v.1, 6. ed. São Paulo: Moderna.

Ferreira, L. H.; Hartwig, D. R.; Oliviera, R. C. (2010). Ensino experimental de Química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, v. 32, n. 2, p. 101-106.

Ferreira, M. L.; Gonzaga, G. R.; Miranda, J. C. (2018). Avaliação do jogo didático Super Trunfo - Tabela Periódica como ferramenta para o ensino de Química. In: Chinelli, M. V. et al. (Org.). Experiência e Ensino: formação de professores no encontro universidade-escolas. 1.ed. Curitiba: Editora CRV, v. 1, p. 79-90.

Ferreira, T. V.; Cleophas, M. das G. (2019). Concepções dos professores de Química acerca da estratégia mobile learning: um estudo de caso. Revista Debates em Ensino de Química, v. 4, n. 2 (esp), p. 32-48.

Fialho, N. N. (2005). Jogos pedagógicos como ferramentas de ensino. XIV Congresso nacional de educação (XIV EDUCERE). Curitiba, Paraná, Brasil, p. 12298- 12306. Disponível em: <http://quimimoreira.net/Jogos%20Pedagogicos.pdf >. Acesso em: 17 ago. 2019.

Forato, T. C. M.; Pietrocola, M.; Martins, R. A. (2011). Historiografia e natureza da ciência na sala de aula. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 28, n. 1, p. 27-59.

Gil, A. C. (2002). Como classificar as pesquisas. Como elaborar projetos de pesquisa, 4, 44-45.

Gonzalez, F. G.; Paleari, L. M. (2006). O ensino da digestão: nutrição na era das refeições rápidas e do culto ao corpo. Ciência & Educação, v. 12, n. 1, p. 13-24.

Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J. (2001). Fundamentos de Física. v. 4, 6.ed. Tradução: José Paulo Soares de Azevedo. Rio de Janeiro: LTC.

Laburú, C. E.; Barros, M. A.; Kanbach, B. G. (2016). A relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da implementação de atividades experimentais no ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, v. 12, n. 3, p. 305-320.

Leão, M. F.; Costa, M. M. O. D. J.; Oliveira, E. C.; Del Pino, J. C. D. P. C. (2014). O desenvolvimento de práticas musicais no ensino da química para a Educação de Jovens e Adultos. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 4, n. 1, p. 75-85.

Leão, M. F.; Alves, A. C. T.; Lopes, T. B.; Dutra, M. M. (2018). Utilização de paródias como estratégia de ensino em aulas de química geral na formação inicial de professores. Revista Kiri-Kerê, v. 4, p. 195-214.

Leite, B. S. (2019). O ano internacional da tabela periódica e o ensino de química: das cartas ao digital. Química Nova, v. 42, n. 6, p. 702-710.

Martins, A. F. P. (2007). História e Filosofia da Ciência no ensino: Há muitas pedras nesse caminho. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1, p. 112-131.

Martins, R. de A. (1998). A descoberta dos Raios X: o primeiro comunicado de Röntgen. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 20, n. 4, p. 373-391.

Mendonça, M. L. T. G.; Cruz, R. P. (2008). As dificuldades na aprendizagem da disciplina de química pela visão dos alunos do ensino médio. In: 31ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (31ª RASBQ). Águas de Lindóia. Resumos... São Paulo: Sociedade Brasileira de Química.

Milaré, T.; Marcondes, M. E. R.; Rezende, D.B. (2010). Química no Ensino Fundamental: discutindo possíveis obstáculos através da análise de um caderno escolar. In: XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ), Brasília. Anais... Brasília, DF. Disponível em: http://www.sbq.org.br/eneq/xv/resumos/R0622-2.pdf Acesso em: 17 ago. 2019.

Mortimer, E. F. (1997). Para além das fronteiras da Química: relações entre Filosofia, Psicologia e Ensino de Química. Química Nova, v. 20, n. 2, p. 200-207.

Mortimer, E. F; Machado, A. H; Romanelli, L. I. (2000). A proposta curricular de Química do Estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova, v. 23, n. 2, p. 273-283.

Narciso JR, J.; Jordão, M. (2000). Tabela Periódica: não decore isso. São Paulo: Do Brasil.

Nova, A. C. F. V.; Almeida, D. P. G.; Almeida, M. A. V. (2009). Marcos históricos da construção da tabela periódica e seu aprimoramento. In: IX Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão e Semana Nacional de Ciências e Tecnologia (IX JEPEX), Recife. Anais... Recife/ PE. Disponível: http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/r0249-3.pdf Acesso em: 17 ago. 2019.

Oliveira, L. M. S.; Silva, O. G.; Ferreira, U. V. S. (2010). Desenvolvendo Jogos Didáticos para o Ensino de Química. Holos (Natal. Online), v. 5, p. 166-175.

Resende, E. F.; Gomides, J. N. (2012). Jogos Lúdicos: uma proposta de mudança do ensino tradicional de química. Revista Brasileira de Ensino de Química, v. 7, n. 2, p. 69-80.

Santana, E. M.; Rezende, D. B. (2007). A influência de Jogos e atividades lúdicas no Ensino e Aprendizagem de Química. In: VI Encontro de Pesquisa em Ensino de Ciências (VI ENPEC), Florianópolis, Brasil. Anais... Florianópolis, SC. Disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/31ra/resumos/T0702-2.pdf Acesso em: 17 ago. 2019.

Santos, J. S.; Silva, D. M.; Silva, A. F. C.; Oliveira, J. J. S.; Silva, A. B. (2012). Aplicação de um Jogo Didático (Ludo) Explorando o Conteúdo da Tabela Periódica no Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Química, v. 7, n. 2, p. 61-68.

Schnetzler, R. P. (2002). A pesquisa em Ensino de Química no Brasil: Conquistas e Perspectivas. Química Nova, v. 25, n. supl 1, p. 14-24.

Targino, A. R. L.; Giordan, M. (2015). Textos literários de divulgação científica no ensino da lei periódica: potencialidades e limitações. In: do X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (X ENPEC), Águas de Lindóia, Brasil. Anais... Águas de Lindóia, SP. Disponível em: <http://www.abrapecnet.org.br/enpec/x-enpec/anais2015/resumos/R0565-1.PDF>. Acesso em: 25 ago.2019.

Tolentino, M.; Rocha-Filho, R. C.; Chagas, A. P. (1997). Alguns Aspectos Históricos da Classificação Periódica dos Elementos Químicos. Química Nova, v. 20, n. 1, p. 103-117.

Trassi, R. C. M.; Castellani, A. M.; Gonçalves, J. E.; Toledo, E. A. (2001). Tabela periódica interactiva: um estímulo à compreensão. Acta Scientiarum, v. 23, n. 6, p. 1335-1339.

Trindade, L. S.; Rodrigues, S. P.; Saito, F.; Beltran, M. H. R. (2010). História da Ciência e Ensino: alguns desafios. In: Beltran, M. H. R.; Saito, F.; Trindade, L. S. (Orgs.) História da Ciência: Tópicos Atuais. São Paulo: Livraria da Física, Capes. p. 119-132.

Trombley, L. (2000). Mastering The Periodic Table. Maine: Walch.

Usberco, J; Salvador, E. (2002). Química. Volume único. 5.ed. São Paulo: Saraiva.

Xavier, A. M.; Lima, A. G.; Vigna, C. R. M.; Verbi, F. M.; Bortoleto, K. G.; Collins, C. H.; Bueno, M. I. M. S. (2007). Marcos da história da radioatividade e tendências atuais. Química Nova. v. 30, n. 1, p. 83-91.

Xavier, A. R.; Fialho, L. M. F.; Lima, V. F. (2019). Tecnologias digitais e o ensino de Química: o uso de softwares livres como ferramentas metodológicas. Foro de Educación, v. 17, n. 27, p. 289-308.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

GONZAGA, G. R.; MIRANDA, J. C.; FERREIRA, M. L. Ensino do tema tabela periódica na educação básica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 1, p. e97911657, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i1.1657. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1657. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão