“Acompanhante também precisa de acompanhante": Reflexões sobre a rotina das mães em uma Enfermaria Pediátrica Cardiológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16604Palavras-chave:
Cardiopatias; Hospitalização; Cuidador; Terapia ocupacional.Resumo
Objetivo: Compreender a rotina de atividades e as repercussões da hospitalização nas acompanhantes da enfermaria pediátrica em um hospital cardiológico. Métodos: Pesquisa descritiva, de corte transversal com análise qualitativa. A amostra foi de 7 mães que estavam com seus filhos internados. Os dados foram coletados em 3 momentos: questionário sociodemográfico, instrumento de análise de rotina hospitalar e entrevista semiestruturada. Discussão: A hospitalização envolve uma situação intensa às mães. Sentimentos como angústia, medo e sensação de abandono são comuns de surgirem. Apesar de tecerem elogios acerca da estrutura e dos profissionais do hospital, mostraram-se insatisfeitas com suas rotinas de atividades e cuidados. A mãe acompanhante se tornou fragilizada e sobrecarregada frente ao tratamento, sentindo-se vulnerável e, muitas vezes, abandonada, corroborando a necessidade de apoio, por parte dos familiares e dos profissionais de saúde. Conclusão: A hospitalização de uma criança afeta diretamente a vida de seus familiares. Em vista disso, esses profissionais precisam inserir a família em seus planos de cuidado, facilitando seu convívio e propiciando ações que considerem as singularidades da acompanhante, como escuta, respeito, construção de vínculo e acolhimento.
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